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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

A alma consumista


O médico, na ideia do consultório (ambulante), comprou suntuosa caminhoneta. A profissão, na condição de elite financeira e intelectual, demandou categoria e conceito!
O primo, no abonado empresário, procurou fazer frente. O sujeito, na concorrência, procurou desfazer-se do usado veículo. A aquisição, na luxuosa e máxima, incidiu no artifício!
O desígnio, no meio do clã, consistiu na reverência e ufania. Os iguais, na condição de desfortunados, caíram nas cobiças e ciúmes. Os comentários advieram no seio comunitário!
O gasto alheio atiça os próprios sonhos de consumo. A concorrência, na fartura, institui distanciamentos e isolamentos. A afronta, na bonança, atrai a escassa sorte!
A felicidade, na falácia, reside na ostentação. O sucesso pessoal, no coletivo, lê-se fartura material. Uns, na condição de comerciantes, obrigam-se a induzir consumos!
Os patrimônios, no descomunal, atraem cobiça e insegurança. A modéstia e singeleza verificam-se acoplados a despreocupação. O sujeito vive senhor do próprio e valioso tempo!
A vida reserva ocorrências e surpresas. Alguma peça, no “frigir dos ovos”, sucede ao sujeito. A manha e prudência residem em não aborrecer e brincar com a riqueza do destino!
Os exageros externam acobertadas e desnecessárias provocações. O ter, comparado ao ser, sobrepõem-se na sociedade materialista!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.sparealife.org/