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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

O oásis colonial


O cidadão, na tenra idade, foi criado nas colônias. Este, depois de décadas de trabalho na construção civil, aposentou-se da dura sina. O destino, para velhice, foi residir numa praia!
Há algumas centenas de metros instalou-se do mar. A família adquiriu alguma inóspita área. As melhorias, em poucos meses, transformaram o adverso cenário dos terrenos!
Um ocupado com moradia, jardim e pomar! Outro no cultivo das plantas. Os naturais, em função da comum maresia e estéril solo, diziam ser perda de tempo insistir em plantações!
O construtor, com singelo muro, improvisou proteção. O solo arenoso, com reforço em matéria orgânica, viu-se vigorado. As culturas, num oásis, passaram a crescer e frutificar!
Abóbora, aipim, batata, cebola, chuchu, melancia, pimentão, tomate, temperos, vargem produziam de forma abundante. O milagre instalou-se no modesto balneário!
Os visitantes, na milagrosa lavoura, admiravam-se da abundância e variedades de espécies. O exemplo mostrou-se ensaio para outros ousados empreendedores e inovadores!
O conhecimento e trabalho, através das milagrosas mãos, instalaram a revolução! O consumo, de artigos alheios aos agrotóxicos, “ganharam coragem e sabor na degustação”!
O indivíduo, em terras brasileiras, “plantando sempre dá”. A natureza ostenta-se generosa e milagrosa para quem dispensa atenção e trabalho!
                                                                                 
Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.meuanjo.com.br

O singelo ticket


A cidadã, como profissional da limpeza, ganhou determinado ticket. Este, em função do especial evento, permitiu almoçar no restaurante nobre da cidade!
Os amigos e conhecidos, como colegas do prédio, faziam parceria no almoço. Os assuntos variados viam-se comentados no ínterim dos comes e bebes!
O momentâneo tumulto, na hora do pique, levou ao ocasional engano. O recolhimento do comprovante acabou relegado pelo responsável da função!
As companhias foi pedida a entrega. A fulana ficou no esquecimento. Ela, durante o expediente, comentou o descuido. As colegas, no geral, recomendaram deixar por isso!
A trabalhadora, noutra ocasião, poderia almoçar pelo ticket. O prejuízo, pelo consumo dobrado, seria do restaurante. O funcionário, no cuidado, fraquejou no controle!
A cliente, com alguma explicação, entregou o comprovante. Esta deixou de valer-se da esperteza. A consciência inibiu de extrair vantagem do alheio equívoco!
A correção, junto à turma, levou a aumentar a consideração e respeito! O exemplo de retidão partiu de quem muito batalha no trabalho e precisa da grana para sobreviver!
A honestidade e justiça permitem serenos sonos na companhia do travesseiro. Quê não queres para ti, carece de fazer aos outros!

                                                                      Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.lostbhoys.com