Translate

sábado, 28 de fevereiro de 2015

O curioso insulto


O filho das colônias, na qualidade de universitário, viajou a pátria dos ancestrais. A turnê, em função de cursos, estendeu-se aos principais pontos turísticos. As cidades, recém bombardeadas (Segunda Grande Guerra), advinham na pronta e rápida reconstrução.
Os destroços, nas deficiências, viam-se elegidos e revirados nos materiais utilizáveis. O curioso, na adversidade, ligou-se aos feridos e mutilados. Um natural, ex-combatente (Front), chamou deveras atenção e clemência. O cidadão, nas pelejas, perdera as mãos e perna.
O peregrino, na consternação, ofertou dinheiro. A esmola mirava abrandar aflição e miséria. A ação, no instante, assumiu vulto de furor e insulto. O corpo, no exclusivo e singular membro, exprimiu habilidade à faina. O suor, na bravura, admitia contrair o habitual pão.
A pessoa, entre boca e dedões (pé), assentava o pincel. As telas eram armadas e pintadas na via. O artigo oferecido aos turistas. As vendas, em peças, sucediam no ganho. A preocupação social, na feição de encargo e mendigo, perpassa na ciência de chupim e vexame.
O sujeito, na competência, encontra algum meio de subsistência. O ser útil, no apego e filosofia, perpassa no juízo colonial. Qualquer ação, na extensão de certa e justa, vê-se digna e fecunda. A riqueza, no cultivo do ofício, depende da diligência e valor peculiar.
O oportuno suor, no atributo e equilíbrio, aumenta o sabor dos provimentos. A esmola e rogação, na maldição de berço, acabam no achaque e incitação a indigência.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: https://chicomiranda.wordpress.com

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

O saliente embate


Os cidadãos, na atmosfera urbana, sobrevêm nos ambientes artificiais. A vivência, no interno das edificações, advém na parca insolação. O clima, na refrigeração, cria os espaços arejados e frescos. O bem estar, no impregnado calor, sobrevém no asfalto e concreto.
As agruras, nos lugares adversos e saturados, sobrevêm nas lembranças e relatos de outrora. As férias, no sabor do verão, aconchegam-se no desfecho e virada de ano. As levas humanas, no princípio dos bronzeados e repousos, tomam a direção das águas e praias.
O alvedrio, banho e sol, na fartura água, areia e maresia, advêm na alta conferência. O tostado, na proteção de cremes, cai no gasto e precisão. A dificuldade, no choque dos climas, calha no despreparo. A pele, desabituada ao embate, processa-se queimada e violentada.
A exposição, na cavalar incidência, deriva em carcinoma. Indivíduos, nos ambientes artificiais, confrontam-se no supetão das realidades naturais. A precipitação, na sucessão do tempo, faz a alegria da seção serviços. As despesas escoam na direção de curas e reparos.
O indivíduo, nos parcos dias, processa desígnios e idiotismos. A precaução precisa direcionar os caminhos da alongada sobrevivência. A saúde sucede no mais precioso bem. O corpo incide na condição de santuário. O destino, na cautela, norteia direções e resultados.
A beleza, na efemeridade, requer exacerbadas expensas e sacrifícios. Os longos dias, no singular dos desígnios, incidem nos acertados anseios e exercícios.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: https://pmmnac.wordpress.com

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

A excepcional caçada


O filho das colônias, nos inícios da ocupação dos domínios, acabou alojado no conjunto da selva. A Floresta Pluvial Subtropical, na exuberância, caiu no dilema da destruição. O lote necessitou ser tomado no decurso dos metros. A assaz faina, no contínuo, constituiu diferença.
O cultivo, na agricultura familiar (subsistência), requeria faina e solo. O choque de civilizações, no avanço da europeia (em confronto da aborígine), assumiu feitio na América Meridional. Os autóctones, no juízo de empecilho social, foram arredados e subjugados.
Os animais, na extensão de trato (grãos e pastos), caíam na produção. A tarefa, no progressivo dos tempos, acontecia na derrubada da vegetação. A módica morada, na liga de madeiras e palmas, calhava no improvisado abrigo. A audácia e eficácia ocorreram na vivência.
O pormenor, na dificuldade maior, acoplou-se a associação. A mulher, na ausência e esparsa presença, necessitou ser arranjada. A caçada, no interno da floresta, adotou figura na colônia. Uma nativa, no cerceamento e força, acabou fisgada e impelida no quinhão.
A união, na mútua anuência, ocorreu no posterior refúgio. A mistura, no colonizador e debelado, ocorreu na junção. Os híbridos, no social, sucederam no contíguo. O caso, na conquista colonial, averiguou-se insólito. A prole lembra: “A matriarca fora caçada no mato”.
Os relatos orais, nos parcos registros literários, circulam e resistem no conjunto das linhagens. As improvisações e soluções ajustam-se as circunstâncias dos ambientes e conjuntos.


Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://pensareexpressar.blogspot.com.br/

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

O filho de Deus


A idosa senhora, nos setenta anos, caminhava aborrecida e apressada. A beirada, no tranquilo tráfico, caía na principal rodovia. A desesperança, no fatigado e padecido corpo, acontecia nos iniciais quilômetros. A meia hora, na progressiva pernada, tinha transcorrido.
Os três mil metros, no total de avaliados nove, tinham sido percorridos. A meditação, na ativa fé, achou-se direcionada: “- Nenhum filho de Deus para dar uma simples carona”. O costume, no outrora banal, fora largado. O egoísmo, no privado carro, assistiu-se atuante.
Alguns passos aconteceram na direção. Um conhecido, na feição da ingerência da divina mão, parou no acostamento. O chamado, na carona, emanou no milagre. O sujeito, na dó, apontou-se anjo. A módica condução, no auxílio, foi alocada na acomodação e utilidade.
O caminho, na alegre e boa conversa, adveio no conforto e pressa. O bem privado, na ajuda e suprimento (de outrém), vira-se disponível e doado. A distinção, na admiração e consideração, caiu na gratidão. Os simples afagos e agrados disseminam apreciação e renome.
O sujeito, nas probabilidades, deve ser instrumento da ação e afeição. O pouco, no apinhado, faz singular diferença. A assistência, na compreensão, entende-se na proporção de ter precisado. Amigos são prezados e locais devem ser valorizados.
O indivíduo, no cultivo da doação e retidão, perpassa como peculiar filho de Deus. A mão divina, nas leis da física, atua e perpassa de maneira invisível e sútil na natureza.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://ievradical.blogspot.com.br/

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

O modesto artifício


O evento, no coração do lugarejo, atraiu o conjugado de moradores. Crianças, jovens e velhos empenharam-se no sucesso. A vaga diversão, no interior, explicava o afluxo. As promessas, aos moços, caíam no chamego. Os casais brincavam na destreza do bailado.
A prestigiada bandinha foi acordada na animação. A data, assaz anunciada, achegou-se no anoitecer do sábado. O salão privado, no local usual, viu-se oportuno. As bebidas, nos tempos partidos, eram geladas no viço do porão. A refrigeração incidia na falta da ciência.
A bebedeira assumiu vulto no embalo dos amigos e festança. Os excessos, nos abusados, geriram discórdia. Velhas concorrências, nas rixas, foram desgavetadas e tratadas. O sujeito, na classe de intruso, acabou afrontado. O caso, na agressão, conduziu a expulsão.
A cólera, na supressão, induziu a mexer no singular. Os marimbondos, nas cachopas (do forro do salão), auferiram implicação. As sacodidas, no cabo de vassoura, ocasionou o revertério. A afluência, na direção da luz, assistiu-se no instinto. As ferroadas calharam nos presentes.
O ataque, no baque, findou o evento. A cessação, na genérica evasão, abotoou no prejuízo do patrocinador. O posto policial, na ocasião, sucedia na distância. O ressarcimento, no barnabé, caía na abstrusa cobrança. O episódio recomendou alterações na segurança.
A exclusão e punição injuriam a decência humana. A agressão induz na equivalência da violência.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://escolaekz.blogspot.com.br/2012/04/maravilhas-da-natureza.html

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

O assaz achado


O moço, no vício, incorreu na precoce idade. A bebedeira assumiu a essência das apreensões e ofícios. A vida, na meia idade, acabou apressada na desgraça. Os parceiros foram muitos no comércio e consumo. Parcos amigos caíram no ensaio da ajuda e assistência.
A receita calhou aos produtores da cachaça. O corpo, nas combinações impróprias, acabou corroído e implodido na imundície. O achaque, nas precisões, justapõe-se ao bom senso e cura. A família, na inflexível embriaguez, incorreu na agonia e dificuldade.
O curioso, nos tempos, ligou-se ao assaz achado. As garrafas, no cerne dos matos, advinham nas centenas nos domínios. Os rejeites, nos frascos, ocorriam na dimensão da ingestão. A escassa faina advinha no chapado. O suor direcionou-se ao auto-extermínio.
Os filhos, na branda idade, caíam na qualidade de órfãos. Os instrumentos, no fabrico e venda, desapareciam das compensações e encargos do infortúnio. O livre-arbítrio, na justificativa, entrou no pleito resposta. A qualidade, no artigo, deveu na avaliação e exame.
As colônias, na tradição, registraram biografias casuais (nos excessos da caninha). A desestruturação familiar perpetrou nas ocorrências. A dificuldade consistiu em achar curas na moléstia. A bebida, no geral, aponta superfúgio as ascendentes dificuldades e patologias.
Os beberrões, na longevidade, incorrem costumeiramente na escassa sorte. Os indivíduos, nalguma obsessão, adoram acelerar a agonia da extinção.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.sebraemercados.com.br/

domingo, 22 de fevereiro de 2015

A especial riqueza


O ancião, nos noventa anos, circula na analogia de guri. O indivíduo mantém-se ativo e tomado. O desgaste, no tempo, mostrou-se deveras brioso. O exterior recai no senhor dos estimados setenta. Os amigos e notórios, nas conversas, admiram-se da disposição e estar.
A dúvida derradeira, no contíguo, acontece no transcurso da coexistência. Qual o mistério de tamanha saúde? Os próximos, na infância e vizinhança, partiram no bom tempo. O sicrano, no exemplo e semente, resiste firme e forte. A sobrevida sobrevém no donativo.
A elucidação sucede na prevenção. A distância manteve-se nos variados achaques. A bebida e fumo, nas décadas, abstiveram no costume. Os venenos, no interno do corpo, procedem na corrosão e patologia. As caminhadas, no usual, sobrevêm na ativa ação e mão.
A performance, na consorte, contribuiu à sobrevida. A variedade, nos pratos, induziu equilíbrio e qualidade. Os excessos acabaram repreendidos na adequada homilia. A companhia, no consórcio, adveio na ajuda e elegância. As peças finalizaram-se na união.
Os jovens, na agilidade e lucidez, caem na admiração e consideração. O templo, no benzido corpo, exige cuidados e exercícios. A saúde sobrevém na riqueza singular. As virtudes sucedem no equilíbrio e sabedoria. A alegria e ciência convivem no íntegro e sensato.
A velhice reside na renúncia às causas dos prematuros males. A prudência norteia o caminho na subsistência.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://not1.xpg.uol.com.br/

sábado, 21 de fevereiro de 2015

As indevidas fragrâncias


A baixada, no achegado ao charco, via-se deveras conhecida. Os relatos advinham em grande costume e memória. Os antigos, na linhagem, alertavam da precisão de cuidado e proteção. O cerrado, na categoria de brejos e daninhas, caía no domínio da paisagem.
A insolação, no desdobrado das tardes (mormente no estio), aguçava desejo e preferência. O ambiente, no calor de rachar, assumia-se propício às cobras. O habitat, em décadas, recaía nas habituais sortes. Os sauros, no universal, veneram tomar banho de sol.
Os humanos, na ânsia do lucro, estenderam plantações. A introdução, em venenos, processou revolução. Os herbicidas, na limpeza, foram aplicados no estrago das gramíneas. O meio exacerbou na deformação. A minúcia vinculou-se a completa e singular migração.
As serpentes, em função das impróprias fragrâncias, adentraram na debandada. Os ambientes originais foram esquadrinhados. A morada, no consecutivo, procedeu-se no interior dos matos. Os remotos ambientes, no interior das encostas e florestas, auferiu primazia.
A distância extrema, nos inconvenientes tóxicos, revelou-se o procedimento.  A realidade, na precaução da vida, sinaliza o impulso da supervivência. A extrema sensibilidade, no dom da espécie, sobrevém de ciência. Os ditos racionais caem no balanço e diligência.
Os humanos precisam acautelar os excessos. O uso emotivo processa-se no interior das criações e plantações. Os efeitos imediatos, no imperativo de ações e ganhos, norteiam os ofícios. O autoextermínio, na impulsiva aplicação, sobrevém na mutação genética.
Os venenos, na decorrência, recaem na condição de faina e repelente. A sensibilidade animal, no cerne da ação, detecta as anomalias e indevidos naturais.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://dosbichos.blogspot.com.br/

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

O singular cortejo



O colonial, alojado na encosta do morro, conviveu no conjunto da mata. O acesso averiguou-se restrito na estreita trilha. A destreza, no companheiro da natureza, caiu na criação de porcos. Os suínos, na precisão de banha e carne, auferiam expressão no domínio.
O início, na conquista (idos de 1824-1890), advém nas faltas e problemas de toda ordem. O colonial, na engorda de vinte e oito peças, inovou na ciência e proeza. A vara, na base da batata, mandioca e milho, assumiam os aproximados cento e oitenta quilos (unidade).
A charada, no ensejo do negócio, iniciou na carga e transporte. Um trajeto, nos estimados duzentos metros (cerro acima), caiu na atração. A picada, no cortejo singular, auferiu direção e romaria. A ocorrência, digna da epopeia no cinema, inscreveu-se na história.
Sete possantes homens mantinham singelo artifício. Os recipientes, contendo lavagem e leite, antecipavam-se ao conjunto de brutos. A animália, livre e solta, saía regida no arrojo e manha. Os humanos, na correria e encalço, eram seguidos no alarido e tropilha.
Os bichos, na armadilha, conduziam-se como estúpidas criaturas. O recurso da inteligência comprova-se no problema. As saídas atiladas, aos desafios, abonam o fidedigno quociente de inteligência (QI). Os pontos fracos norteiam a opressão e vantagem humana.
O homem atinado, nas variáveis situações, vislumbra oportunidade nas diferenças e dificuldades. A sorte, na riqueza, acompanha aos arrojados e astutos.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://pulanito.blogspot.com.br/

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

A peculiar petição



O indivíduo, na pacata localidade, viveu os dias mágicos. O curso terreno convergiu na condição de bênção. A subsistência, na faina rural, sorveu o tempo. A seiva da terra, na fertilidade do solo, produziu esplêndidos frutos. Os cultivos de sustento caíram no domínio.
A tarefa comunitária, na entidade religiosa, adveio na edificação do templo, guarida ao cemitério e puxação (puxador) do sino. O serviço, no ganho, entrou na cota do trabalho voluntário. A remuneração, em receita, careceu inclusive de cobrir os ônus das anuidades.
O senil, nos noventa anos, exteriorizou a derradeira e peculiar petição. O desejo, no epílogo, versou em perecer na paragem. O tributo, no cenário colonial, seria em direcionar o rosto na aparição da igreja. Aclives e baixadas, no pano de fundo, seriam eternas oferendas.
A gratidão, na alegria, adveio das ricas bênçãos. O abrigo, alimento, vestuário, no torrão, caíam na abundância. Os luxos, no genérico, eram modestos. A sobrevivência ocorria na facilidade e felicidade. O tempo, na benzida vivência, decorreu na relação dum piscar de olhos.
O generoso filho enaltece e engrandece o lugar de nascença. As obras, nas edificações e realizações, deixam exemplos e rastros. Os relatos, nas narrativas e reminiscências, inscrevem os simples feitos na obra do gracejo humano. Ações úteis beneficiam milhares.
A velhice, na ciência e vivência, ensina respeito e sensatez. Os alongados e briosos dias, aos corretos e justos, ecoem como graça e mimo.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.panoramio.com/photo/27003414
Foto de Maurício Antônio Weber

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

A incumbência comunitária


A anciã, em décadas, caía na afeição e delegação comunitária. A filha, na proporção do crescimento e instrução, auxiliava na função. A capina manual, no cemitério comunitário, acontecia na singular missão. O prêmio, no espontâneo, ocorria na alegria em ser benéfico.
A restauração, no imperativo do amparo e asseio das lápides, caía na organização e respeito. A extenuação, no tempo, delegou a tarefa. A filha, na dificuldade da genitora, auferiu a incumbência. A residência, no contíguo da necrópole, facilitou o amparo e cuidado.
O espólio, no cargo, via-se delegado na consonância dos naturais. O brejo e mato, nas várias dezenas de jazigos, escasseavam em crescer. A própria filha, neta da predecessora, iniciou na ajuda e companhia na tenra idade. A faina, no seio de famílias, nutria-se ilesa na sucessão.
O curioso, no ínterim do conserto, ornamento e restauração, acoplou-se as conversas e relatos. Histórias, em múltiplos fenecidos, cometiam na memória. A biografia via-se sublime para uns e trágica para outros. Os exemplos convinham de aula a própria continuação.
A odisseia comunitária, no contíguo dos precursores, conserva-se abrigada nas colunas e lembranças. Linhagens, em gerações, enterravam seus entes neste chão. Os dizeres e insígnias, encravados nas pedras, exteriorizavam as crenças. A ação delineia o brio e ciência.
Certas obrigações advêm na procuração de júbilo e realização. A faina comunitária, nas pacatas localidades, incide na condição de ministério e vocação.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.ehow.com.br/

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

O dissimulado crédito



O estrangeiro, na remota cidade, achega-se a taberna. O natural, na qualidade de esperto e residido, adequou distinto embuste. A ideia existia em driblar o bucólico viajante. O relato, no ajustado, aconteceu ao parceiro do drinque. A narração assistiu-se na novidade.
A alocução, na analogia do churrasco, consistiria em assar o fruto no espeto. A batata-inglesa, na ampla ingestão e plantação, auferiria distinto prato. O cardápio, no assado, cairia na analogia da carne. O arranjo, no consumo e prática, incorre no descomunal torrado.
O estranho, no ardil, disfarçou crer na calúnia. O misto, espanto e surpresa, estendeu-se na fisionomia. A interrogação, no feitio do arranjo, seguiu o dissimulado crédito. O natural chegou a acreditar na assimilação da inverdade. A acobertada gargalhada viu-se na atmosfera.
A réplica, na ímpar acuidade, sobreveio no assado da raiz de aipim. As unidades, na semelhança do assado de carne, sucederiam no singular gosto. O consumo, na gozação, adviria na semelhança do sacolé. A equivalência, no disfarce, embutiu confiar no esclarecido.
O intricado incide na tramoia dos entendidos. A destreza ocorre em patentear calúnias coerentes. O regozijo, ao contador, versa em fazer acreditar o imbecil. O repasse, na notícia, sucede na veridicidade da confiança. As mentiras incorrem na casta de pernas curtas.
Os botequins, em criar e reforçar embustes, revestem-se de locais favoráveis. As notícias, na nova e variedade, circulam e rodam o mundo.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.baressp.com.br/

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

A primazia das tarefas


O camarada, no título de cortesia, resolveu inovar no capricho e dedicação. O domínio, no solo da beira da estrada geral (junto ao vizinho), incidiu no arranjo e ocupação. A floreira, na afirmação da admiração dos andantes, sobrevinha no intento e resultado.
O custoso tempo, na limpeza do charco e mato, incidiu na devastação e remoção. Os dispêndios, em adubos e sementes, advieram do bolso. As ferramentas, no meio da vizinhança, foram solicitadas na cedência. Sangue e suor, no ardente sol, fluíram na carcaça.
O abelhudo, nas floreiras próprias (na casa e pátio), calhou no descaso e desleixo. Os discriminados artefatos, jogados aqui e acolá, advinham na desarrumação e desperdício. O exemplo retrata a realidade da psique. Alguns, na casta de afortunados, necessitam da estima.
A terra, nas redondezas, sobrava aos efetivos plantios. Os inços e matos, na abundância de solos, caíam no reflorestamento. A adubação e genética, no plantio, dispensaram valiosos espaços da produção. A fartura e variedade disseminam-se nos domínios coloniais.
A consideração, no próprio proveito, incorre na primazia das tarefas. O produtor, na iniciativa particular, ganha na proporção do capricho e dedicação ao trabalho. As férias, no total, descrevem parcos tempos. A fartura e fortuna são destinadas aos ativos e esmerados.
O camarada, na sabedoria dos antigos, pode ser atravessado e tolo, porém deve incorrer jamais no exagero. O capricho, na aparência do próprio bem, acontece no exemplo da melhor exposição e referência.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://troncoseraizes.blogspot.com.br/

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Os módicos proveitos


O ancião, na conjuntura do próprio plantio, caiu no anseio de derrubar três pinheiros. Os troncos adviriam na fabricação de guias e tábuas. Os consertos, na conservação das instalações, ocorreriam no necessário rural. Os alojamentos falecem em durar no constante.
O morador, na aspiração do licenciamento (ambiental), deslocou-se em três oportunidades à cidade. O problema adveio em deparar e discorrer com o responsável. O deslocamento, em achegados dez quilômetros (no total sessenta), sorveu dinheiro e tempo.
A interrogação, na conversa com o profissional, incidiu da localização das árvores. A aclaração foi na baixada, no interior do potreiro e próximo ao riacho. A resposta foi no sentido da impossibilidade do alvará. A legislação vigente aprontaria na violação das normas.
O pacato residente, na instrução, solicitou ordem para restituir a interrogação. Ela tratou: “- Quê vai ocorrer caso derrubar e arrastar as árvores no mato?” A réplica foi: “- A princípio nada. A multa sobrevirá caso acontecer denúncia. A inquirição será imprescindível”.
O resumo, no fato, delineia do dono manter os direitos dos encargos da conservação. O mando, no exercício da chefia, sucede aos funcionários do Estado. O poder acontece no empenho da execução da legislação. O exemplo desestimula as iniciativas e investimentos.
A devastação precisa ocorrer no corretivo. Os módicos proveitos deveriam calhar no direito. A dificuldade da legislação mora nas peculiaridades. O resultado sobrevém na abstinência do plantio. O bom senso necessita trilhar os caminhos da exploração rural.
As demasias, na legislação, calham na inadimplência e transgressão. O velado socialismo, nos excessos do Estado (no conjunto da ineficiência), transcorre na legislação.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://nucleoaprende.com.br/

sábado, 14 de fevereiro de 2015

As expensas do jogo


O cara, na fantasia do jogo, enveredou em arriscar a sorte. As apostas sucediam na miragem da riqueza e “vida frouxa”. A abastança, no casual ganho, aboliria as indigências. O sujeito, no sonho, poderia gastar “sem ficar contando as parcas cédulas e moedas”.
O dito cujo, na capitalização, abocanhou um bucólico prêmio. O valor, no acuado na dívida, adveio na alegria e bênção. O saldo findou no depósito na conta. A minúcia, no epílogo, ligou-se ao excessivo abatimento. O rateio, na tributação, brotou em migalhas do produto.
O negócio efetivo adveio ao benefício do estabelecimento e receita. O banco, no resultado, depositou módica importância. Os dispendidos, ao sortudo, acabavam nos descomunais abatimentos. Os apregoados, na mídia, sobrevinham na “persuasão dos tolos”.
As meias verdades, na aturada propaganda, incidiam nas ladainhas. O objetivo, no real lucro, denegria os empenhos do apostador. O sortudo, no real fruto, jazia no nível acessório. O parco retorno, na ocasional sorte, careceu de cobrir os prejuízos das apostas e tempo.
O artifício, na cavalar diferença, calhou na negação dos jogos. O dinheiro, na natureza do dispêndio, foi designado aos afagos singulares. Clubes, cines, livrarias, lojas, restaurantes, viagens auferiram clientela e lucro. A indevida ciência afugenta confianças e tolhe comércios.
A melhoria e sucesso, na doação divina, sobrevêm na retidão. A sorte, ao beneficiário, acompanha na dimensão da invenção do ensejo. O jogo limpo, na clara ciência, advém na beleza e nobreza do gênero humano. A pessoa sucede em ser arquiteto do próprio destino.
As meias verdades, no engano dos ingênuos, conduzem ao esquivo dos afeiçoados. “Melhor um passarinho na mão do que milhares a voar nas alheias mãos”.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://reconciliacioncuantica.com/ 

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

A desatenta carona


A tradição oral descreve uma odisseia dos bichos. As espécies, na vocação musical, ganharam convite especial. O evento, nas incumbências dos céus, sucederia ímpar animação. Os músicos, na improvisada orquestra, seriam os cantadores e instrumentistas da natureza.
O corvo, na qualidade de violeiro, contava os minutos do magistral acontecimento. O pormenor, na invocação de obséquio, atrelou-se a rã (das moitas). O sauro, na carência de asas, caía na aberração da ausência. A petição, na carona, externou-se na gentileza da ave.
O pássaro, no argumento peso, resignou-se do favor. A agudeza, no paliativo, mostrou-se em ocultar no interior do instrumento. A admiração, na presença, adveio no conjunto da animação. O insignificante réptil, na magia da balada, exteriorizou concorrência e encanto.
O regresso, no análogo subterfúgio, andou no achado do artifício. O enciumado violeiro, na altitude, descobriu o estratagema. O infeliz viajante, nas alturas, acabou achado e movido do esconderijo. O resultado, no arremesso ao ar, versou em espatifar no solo.
A concorrência, em quaisquer contextos, incide nos ciúmes e rixas. Os favores incidem nos custos e incômodos. O indivíduo, nas extremas necessidades, depender de terceiros sobrevém na cantilena. O livre-arbítrio denota marchar com as oportunas pernas.  
O alheio favor, na ausência de custo, cai no desgosto e rejeite. Os cínicos convivem disseminados nos muitos e variados ambientes.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://viajeaqui.abril.com.br/

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Os velhos amigos


O cidadão, na luta pela sobrevivência, vivia atucanado. A adolescência caía na busca das ocasiões e sucessos. A consorciação, estudo e trabalho, diluía o tempo. O cansaço, nas prolongadas jornadas, sucedia no diário dos afazeres. As folgas ficaram no plano secundário.
A vida pessoal, nos tempos, ficava no acessório. Os familiares sobrevinham na parca visita. A aguçada velhice, na idolatrada tia (classe de secundária mãe), aconteceu no inicial ensejo. A paisagem incorreu na parca mudança. O tempo parecia corroer apenas os entes.
Os cinco anos, na última estadia, haviam transcorrido “na feição de piscar de olhos”. A achegada, na outrora habitual morada, marcou caso curioso. O envelhecido cão, no idêntico instante, distinguiu o encanecido amigo. O cheiro e feição delatou o companheiro.
As brincadeiras, no decorrido, existiam vivas nas memórias. O fato retrata o vigor das habituais reminiscências. As ocasiões permanecem registradas na alegoria e retina. Os sinceros amigos recordam os experimentos e sucedidos. A sorte acompanha os nobres de coração.
Os cães revelam-se os guardas dos pátios. O procedimento retrata o espírito dos donos. Os amigáveis, nos contíguos, incidem na consideração. Os hostis, na suspeita, pintam banimento. O altivo número, no parco fruto, cai no inútil dispêndio e mau trato.
As adequadas sociedades, na curta e rápida estada terrena, incidem na bênção divina. A confiança mútua, na afeição e convívio, proporciona encanto e fortuna.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.caesmania.com/

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

A extravagante ocorrência


O forasteiro, carregado de gente, achega-se de supetão ao alheio domínio. A admirável caminhoneta, no vidro fumê, advém no fausto e riqueza. A placa, na longínqua cidade, calha na observância e procedência. A tática consiste em impressionar o distraído e reservado.
O proprietário, modesto filho das colônias, assusta-se na extravagante ocorrência. O horário oportuno, no expediente do ofício bancário, fecha-se no decurso. O receio advém na lembrança dos incômodos e temidos fiscais de banco. As penhoras caem nas reminiscências.
Os agentes, no endividado conjunto social, adotariam o rumo da averiguação e requisição. As acomodações e maquinários, em graúdas iniciativas, solicitariam pagamento. Os juros e taxas, na exorbitância, assumem aparência de agressão e extorsão na liquidação.
A identificação, no amigo e parceiro, “tira o receio do coração” A condição exótica cunha a aparência de cilada. Débitos sucedem nas dificuldades de compensação. A estrela da prudência deve nortear os mercados. “Gato escaldado tem medo de água fria”.
Admiráveis empresas, no meio rural, criaram-se nos velhos rincões. Os abrigos, em aviários, pocilgas e tambos, aguçaram produções. Os créditos, na queda das cotações, caem no dilema da cobertura e negociação. Os avanços ajustam-se aos acasos dos mercados.
O segredo reside em jamais dar um passo maior que as pernas. Dívidas incidem no flagelo das ansiedades e insônias.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.der.mg.gov.br/

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

A bizarra penitência


O moço, na baixa instrução, guia-se no exame dos estranhos. O sincretismo místico, na variedade de religiões, advém como norte. As confusões, na diversidade das aclarações e avaliações, regeram no peculiar. A lorota, no “emprego de arapuca”, assumiu exercício.
O sujeito, no itinerário de aproximados quinze quilômetros, caminha carregado na estrada. A marcha, nas costas, acontece na singular carga. Os estimados trinta quilos, no saco branco, sobrevém num terço do peso do corpo. A demasia, no esforço, acomete os olhares.
O carregador, na fadiga e suor, acaba parado no meio do trajeto. A vizinha, na exagerada curiosidade, estranha as lamúrias e transpirações. A substância apresenta-se verificada. O espanto e surpresa, no inesperado, sobrevêm no carregamento de pedras.
Um religioso, metido na ciência do verbo divino, impingiu a penitência. As iniquidades, no diário e variado dos ambíguos, sucederiam diluídas (na dor e esforço). Os seixos, na marcha e peso, induziriam meditação e pagamento. As árduas forças direcionadas aos parcos fins.
O trabalho espontâneo, no benefício ao carente e próximo, acabaria seguramente em melhor efeito e obra. O bom senso necessita decorrer na gama de atividades e obrigações. Uns procedem no rumo de estonteados. A tolice, na abjeta formação e reflexão, carece de limites.
A inteligência e nobreza transluzem no preceito dos artifícios. A prudência necessita ser abonação e direção.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://gruporuah.com/

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

A reserva americana


O cidadão, no abalo econômico, desconfia da economia nacional. O excessivo gasto e má gerência, no dinheiro do ente, incidem na “roubalheira inflacionária”. O arrocho salarial, na ambição fiscal, sobrevém na cédula nacional. A capacidade de compra flui na redução.
A manipulação de referência, na desconfiança das estatísticas (oficiais), levou ao indevido artifício. O detrimento, no mantimento do valor monetário, advém na precaução. O dinheiro, no ensejo do caminho seguro, direciona a técnica do investimento em dólares.
A suada capitalização, em contínuos anos, acaba paulatinamente protegida. A poupança, na condição de reservatório, carece da previsão de gasto. Alguma viagem, no futuro, persegue no interesse. A aspiração liga-se na turnê pelas paragens dos ancestrais.
O receio, no infortúnio da velhice, sobrevém na precaução. Os investimentos, em bens de família, advêm na descomunal tributação e dispêndios de manutenção. A diversificação financeira, na avançada idade, calha no juízo e processo. O abrigo incide na inquietação.
As narrativas, na depreciação da moeda, mostram-se comuns nas linhagens. Anciãos, na confiança nas notas, avultaram significativas somas. O valor, no parco tempo, apontou diluído na inflação. A míngua ocorreu no rumo. A pessoa obriga-se a agir certo no próprio pão.
A fortuna, no emprego e manobro, apadrinha os aguerridos e arrojados. O animal xucro, no maligno experimento, verifica-se complexo de atrelar no tablado.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://veja.abril.com.br/

domingo, 8 de fevereiro de 2015

A clássica cortesia


O estranho, na condição de moço e motoqueiro, aconchega-se ao interior. O espaço ermo, na remota paragem, advinha na situação. A finura, no trato, carecia na essência das atenções e preocupações. A cultura e modo, nos naturais, incidiam no descaso e desleixo.
O residente, na beira da picada geral, ocupava-se no emprego de herbicida. O esmero, no acesso ao domínio, ocorria na tarefa. O andante, na dissimulada observação, adveio na reserva. A apatia inicial, na ausência da saudação, adveio na expressão e impressão.
A clássica fineza, no bom dia ou boa tarde, aboliu na amnésia e marasmo. O forasteiro, na compleição exclusiva (entre os dois entes), calhou na precisão da posterior informação. O endereço, na exata propriedade, incidia na busca e localização. A petição ocorreu na alcunha.
O natural, “sem travas na língua”, externou: “- Estranho! Careço de conhecê-lo. O bom cumprimento, na astúcia, sobrevém na polidez. A pedida, no acessório, acontece na criteriosa elegância. O artifício, na manha da ciência, acolhe e promove afinidades e negócios”.
O andante, no assombro e reflexão, arregalou os olhares. A súplica, na boa iniciação, fora exteriorizada. A instrução, no início, acontece no brio dos pais. O apreço, em quaisquer ambientes e situações, sobrevém no acentuado denoto e reverência ao idêntico.
Certeiros ocorridos, no fraquejo do tempo, perpassam na condição de exemplares e inesquecíveis. A aclaração, no aviso e lição, sobrevém em agradecimentos e sugestões.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://sp.quebarato.com.br/

sábado, 7 de fevereiro de 2015

O singular choro


O filho das colônias, ancião no pacato interior, advinha na singular conversa e lamúria. A constante insistência, em função do excessivo aborrecimento e frustração, acontecia nas relações sociais. Os desígnios, no exercício das atividades primárias, pareciam tenebrosos.
Os próximos, na extensão do convívio (na mercearia e templo), sabiam do enfadonho procedimento. As causas, no mau governo, advinham na ganância fiscal e impróprio dos impostos. O contribuinte, na compreensão particular, advinha despojado e roubado nos domínios.
O alto encargo (tributário), na condição de simples empreendedor, induziria no dano e extermínio da livre iniciativa. A socialização, no acuado e dissimulado das administrações, brotaria no assalto ao erário e ineficiência produtiva. O horror, na esquerda, caía firme e forte.
As estirpes, no banal, têm sensatas primazias partidárias. Os abonados e arrojados inclinam-se nas facções da direita. Os endividados e pobres simpatizam nas tendências de esquerda. A diferença incide nos discursos. A apreensão comum calha em “ganhar o cocho”.
Os vizinhos, na atração e regalia da ocasião, versaram em suprimir visitas. As falas, nas idas e vindas (casa), incidiam no peculiar achaque e tema. Os objetivos, nos passeios, ocorriam no anseio de aliviar ideias e esquecer problemas. Maledicências, nas falas, enxotam chegados.
O bom senso deve prevalecer em quaisquer analogias e aspectos. As localidades, no conjunto dos naturais, convivem nas disputas e intrigas singulares.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: https://cooperativadeletras.wordpress.com

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

O sutil prenúncio


A amizade, na analogia e conversa, tomou forma no convívio comunitário e encontros de família. O idoso e moço viram-se bons amigos e parceiros. A afeição acirrou-se no estudo das genealogias e histórias. Os acidentais encontros resultaram em enraizadas falações.
Os amigos, outrora alheios, nutriram tópicos inesgotáveis. A estima, nos encontros e eventos, mantinha-se recíproca. A idade, na sucessão, pesou na extensa e fecunda existência. O pressentimento, no “sexto sentido”, anunciava a atenuação das forças e desfecho da jornada.
A vivência, na corrosão da estrutura, advinha no epílogo. A visitação, na ocasião inesperada, ocorreu no domicílio do (velho) companheiro. Os parcos instantes, no teor das afinidades, advieram na bênção. O bom senso, no presságio, adivinhou o indesejável.
A repentina morte, nas posteriores semanas, zelou irreparável dano. O esgotamento, sem despedida do derradeiro amigo, parecia dificílima partida. A missão cumprida, na tranquila morte, adveio na ausência de dor e receio. O diário colocou ardis e surpresas.
As pessoas, na pirraça final, apreendem a aflição e extinção. As obras e atos incidem na direção dos arremates e conclusões. A matéria regressa a concepção original. A angústia, na sã e tranquila consciência, advém no alívio e bênção. O sujeito, no aqui e agora, presta contas.
Os bons e grandiosos gestos descrevem a nobreza de espírito. A vida, na odisseia terrena e sucessão das linhagens, oculta enigmas e propósitos maiores.


Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.elhombre.com.br/