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terça-feira, 5 de maio de 2015

O habitual trato


O produtor, na destreza do tambo, advinha no cuidado e manejo das vacas. O leite, na produção, incidia no principal do domínio. As escassas terras, na pequena propriedade, incluíam ao intenso aproveitamento. Os recursos sucediam na massiva exploração e racionalização.
O comércio, na venda do leite, admitia custear as obrigações do mantimento. Água, encargo (impostos), energia e mercado caíam na essência dos passivos. A boa direção, nas parcas divisas, induziu ao custeio e manutenção na atividade da agricultura familiar.
O problema, na exacerbada produção do lácteo, incidia na ausência de mercado. A recessão, na economia, advinha na falta de compradores. A corrosão, no poder aquisitivo, calhava nas dificuldades das compras. O consumo, nas cidades, ocorria na redução.
A empresa de laticínios advinha no dilema da colocação no mercado consumidor. A baixa remuneração, na contenção de encargos, levou a racionalização do trato. A cana velha, na trituração, incorreu no acréscimo das rações e silagens. O resultado caiu na análise do fruto.
O laboratório, no sistemático, marcou álcool no leite. A inspeção acorreu na investigação da alteração. A lembrança apontou o reflexo da velha plantação. A nutrição, na ingestão, reflete o efeito na obra. A supressão, nos anãos, advém na era da superprodução.
A seleção, na ganância financeira, apadrinha os atualizados e graúdos. A pessoa, na probabilidade da copiosa mesa, escasseia de comportar-se como miserável.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://beneficiosnaturais.com.br/