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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

A valorização do alheio

Moedas de Ouro Wallpaper
Uma dupla, a uns bons anos, trabalham como colegas. Estes, dentro das possibilidades, prestam favores mútuos.  “Ninguém pode ser uma ilha neste mundo”. O trabalhador, para o parceiro, pediu a consideração de fazer a gentilezas duma compra. O pedinte, no momento, não poderia ir ao comércio e, portanto, solicitou o favor da aquisição dum artigo.
O cidadão, com dinheiro antecipado, aceitou o desafio.  Nada de primeiro pagar do seu bolso e depois esperar o ressarcimento alheio. Sem dinheiro não haveria gentileza! O dinheiro dá as coordenadas dos comportamentos e relações. Sem grana nada de maiores conversas. Uma sociedade dominada entre o ter ou não ter. As diferenças sociais residem neste princípio.
O camarada chamou atenção como consumidor. Este, apesar da singela encomenda, deu-se o trabalho de pesquisar preço. Pediu valores em bazares e farmácias. Uns modestos chás como mercadorias. Uma acentuada diferença de preço verificou. O valor de dois, nas farmácias, dava para comprar três nos bazares. Acabou, sem maior dúvida, comprando nalgum último. O interessante relacionou-se ao procedimento. O cidadão deve a maior consideração pelo dinheiro: “valorizou o alheio como fosse o seu”. Poucas pessoas, nestes dias agitados e de ganância, ainda procedem dessa maneira (gentil e sábia). Encontram-se, apesar dos muitos relatos de histórias e tragédias, “gente boa neste mundo”.
Outro item chamativo relacionou-se aos custos de produção. Os encargos e lucros, de qualquer maneira, precisam sair do bolso dos consumidores. Eles são usuários dos serviços, portanto, precisam custeá-los nas compras. Chama atenção uma realidade: uns conseguem oferecer/produzir bem mais barato os serviços que outros. Quem mantém encargos sob controle, oferece preços mais em conta. Outras lojas, com estruturas amplas e localização central, obrigam-se a repassar os custos maiores. Consumidores, em outras realidades, pouco caso fazem da pesquisa. Compram na primeira oportunidade e carecem de desperdiçar tempo. O luxo e ostentação oneram a produção. Cada qual precisa saber das suas necessidades e “até onde a coberta alcança”.
O indivíduo, no cotidiano da vida, obriga-se a entender de economia e a ser economista. Conhecer as estratégias dos negócios é sinônimo de conhecimento e sabedoria. O “pão duro/mão de vaca” faz render e valer o seu suado dinheiro. Quem valoriza o pouco, o muito costuma acumular. A economia, num artigo, permite comprar algo mais (como gratificação).

Guido Lang
“Singelas Histórias do Cotidiano da Economia”

Crédito da imagem:http://www.downloadswallpapers.com/papel-de-parede/moedas-de-ouro-18768.htm 

Prefácio - Gibran

Vim para dizer uma palavra e devo dizê-la agora. Mas se a morte me impedir, ela será dita pelo amanhã, porque o amanhã nunca deixa segredos no livro da Eternidade. Vim para viver na glória do Amor e na luz da Beleza, que são reflexos de Deus.
Estou aqui, vivendo, e não me podem extrair o usufruto da vida porque, através da minha palavra atuante, sobreviverei mesmo após a morte. Vim aqui para ser por todos e com todos, e o que faço hoje na minha solidão ecoará amanhã entre todos os homens.
O que digo hoje com apenas meu coração será dito amanhã por milhares de corações.

Kahlil Gibran (1883-1931)

Crédito da imagem: http://saude21.blogspot.com.br/2011/10/khalil-gibran-o-profeta.html