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quarta-feira, 8 de julho de 2015

O prenúncio da plantação


O agricultor, filho das colônias, visualizou horizontes e probabilidades. Os antigos, na observância cautelosa da progenitora natureza, conceberam ciência. O jerivá, no decurso dos veranicos (na essência da invernia), deu as caras do admirável florido. Os produtores, no aquecimento do solo, vislumbraram expectativa da produção. O milho, na plantação, incorria nos iniciais sinais do propício. A estação, no calendário (gregoriano), descreve somente época de junho. O inverno, no rigor, parece suceder no desfecho de julho (Hemisfério Sul). O fato, na zona subtropical, reforça a envelhecida dúvida. O natural, nos humores de São Pedro, caminha desajustado na direção e função. O aquecimento, na baixa compleição da friagem, incide na ocasião. Culturas tropicais, outrora ceifadas nas geadas das caídas, sobrevivem no ativo das baixadas. As espécies e técnicas, na lavoura, sobrevêm na avaliação dos roceiros. O sujeito, na condição de mentiroso, precisa apenas falar na mutação do tempo.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://brasil.cicloviajando.com.br/