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quinta-feira, 27 de agosto de 2015

A ardente esperteza


O dito-cujo, nos anos idos, cultivara outro caso extraconjugal. A peripécia, no clima da diminuta e quieta cidade, caía na informação e surpresa dos amigos. O residente, no passeio ao bar e mercearia, caía na aparência do atrapalhado e descuidado. O traje, na condição de estriada veste, advinha no cargo e estilo. A esposa, na frequência, reclamara da repetência no jeito e uso. A minúcia, nos passeios (direção da segunda esposa), sucedia na permuta da vestimenta. A fatiota, no elevado cômputo, advinha na beleza e magnitude. A permuta, no prédio do cúmplice, caía cuidada e retida. O fim, no despiste, carecia de ferir emoções da cara metade. As habituais roupagens, no regresso, incorriam no carácter e vestida. O curioso, na afinidade da associação, faltou da notícia e suspeita. A mutação, na biografia pessoal, tornou-se exemplo de astúcia e falsidade. Sensatos jeitos, nos relatos orais, perpetuam-se nos contos e lorotas. O indivíduo, nos artifícios e peripécias, pensa distinguir pessoais. O atraiçoado, no comum, acostuma ser último a acreditar e saber dos episódios.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://radardecoracao.com.br/