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segunda-feira, 9 de setembro de 2019

O momento sagrado

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Guido Lang

A sensata vovó, em vivente das colônias, convive no dilema dos filhos e netos. Estes, nas excepcionais reuniões familiares, assentam na mesa (em almoços e jantas). Os sucessores, no imediato, improvisam acaloradas discussões. Os manos (irmãos) e primos, no possível, tentam ajustar arestas naquela inconveniente hora/ocasião. Os demais, no horário, pipocam pelos espaços ou dedicam tempo aos utensílios virtuais. As divergências, em tamanhas, conduziram na supressão das confraternizações. Cada qual, no rumo da vida, segue sua sina de interesses e oportunidades. O instante, na bênção da mesa farta, acorre em momentos sagrado. A boa digestão, na degustação dos alimentos, requer serenidade e silêncio. O convívio, na falta de limites, conduziu na libertinagem e respeito em baixa.

Coleção: Ciência dos Antigos


Crédito da imagem: http://blogdomagno.com.br

O procedimento rural

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Guido Lang


O velho colono, no seu Lothário, sobrevinha num ente talhado na labuta braçal. A propriedade familiar, em ares de ermos de linha (localidade), assistia-se no espaço da “extração do pão”. As atividades, em criações e plantações, ensinavam manhas aos filhos. Estes, na tenra idade, sobrevinham em auxiliares dos pais. Pequenas tarefas, no generalizado e progressivo, eram atribuídas aos filhos (na incumbência de ensinar o apego e valor do trabalho). Uma lição básica, na circulação pelos ambientes agrícolas, sucedia em absorver/ocupar as mãos. O trabalhador, no retorno às instalações, precisaria sobrevir carregado em frutos da terra. Os exemplos, nos diversos, poderiam ser em forragens, frutas, lenhas... As mãos, no retorno em vazias, sinalizavam desapego ao ofício. O trabalho, em “formiguinha”, abreviava caminhos e ganhava tempo. Cada ente vê-se perito no seu “ganha pão”. Aquele que aufere sustento na vocação ganha-o nos ares de brincadeira.

Coleção: Ciência dos Antigos

Crédito da imagem: https://pt.wikipedia.org/wiki/Propriedade_rural

A progressiva tratoração

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Guido Lang

A mecanização, nas encostas e morros, avança a passos largos. O arado de boi, no definitivo, cedeu espaço a gradeação das lavouras. As pequenas propriedades, em estreitas e compridas (fruto dos sucessivos espólios), acorrem no massivo aplainamento das modestas áreas. As pedras e tocos, nas retroescavadeiras e tratores de esteira, costumam ser extraídas e removidas ao "escanteio" como obstáculos a mecanização. A tratoração, no plantio direto, supre outrora trabalho animal/braçal. Os produtores, no ceio das melhorias, inspiram-se na introdução de inovações. O intento, na dimensão das disponibilidades financeiras, é não ficar atrasado na evolução. Os espaços íngremes, em toda safra, auferem redução e conhecem acréscimos de plantios. A revolução agrícola, nas outrora antigas colônias, processa-se acelerada nos muitos interiores. As propriedades, em subsistência, acorrem em aparências de empresas familiares. O lema subsiste em abolir/reduzir o esforço braçal e pouquíssimos agricultores produzirem no adoidado.

Coleção: Ciência dos Antigos 

Crédito da imagem: https://pt.depositphotos.com