Translate

quinta-feira, 18 de junho de 2015

A velha profecia


O vento norte, nos atributos das aparências de agosto, achegou-se nos dias atrozes da invernia. O veranico, no ímpar calor (em junho), aflorou alentos e fados. A seiva, na moléstia e ponderação, advém no ativo exercício. Algum morador, nos três dias persistidos, abonou a encanecida predição. O sujeito, no irrefletido, assumiu a via do auto sacrifício. O derradeiro alívio, na sofrida essência, incidiu no bojo e desejo. A depressão, na angústia e neurose, induziu ao drástico artifício. Os pessoais, no incógnito das raízes, ficaram chocados e imóveis. Algum filho das colônias, na atmosfera camponesa, ratificou apregoada fábula. A achegada, na aura norte, prediz velha profecia. O suicídio, na forca ou sufoco, sucede na solução definida e final. Os ventos, na oscilação da natureza dos entes, mexem no cerne. O sujeito, no incerto do íntimo, afeiçoa-se no desígnio e divino. A pessoa, no perecer, basta estar vivo.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.guiky.com.br/