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quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Os preceitos sociais


A senhora moça, na tarimba da essência, sobrevém na gama de amizades. Os conhecidos, nas várias entidades, disseminaram-se em eventos e lugares. As referências, nos comentários comunitários, mostram-se agradáveis e propícias. As palavras, no cotidiano das informalidades, acontecem na acentuada reflexão. O teor, em conselhos e querelas, verifica-se avaliado e ponderado. A realidade, nas décadas de vivências, ensinou preceito nas relações sociais. O dito-cujo, no desejo do bem querido, obriga-se a “engolir graúdos e muitos sapos”. As pessoas, na dimensão das conveniências e regalias, distorcem afirmações e fatos. As indiscrições, nos avisos pessoais, adotam-se relembradas. O apropriado, na manha dos distintos, versa em falar pouco e escutar muito. O indivíduo, no espírito crítico, avoluma conjugado de veladas antipatias. “Quem diz que pensa, escuta que rejeita”. As escolhas, na discrição, descrevem ciência. Deus, na falta de maldades, cintila atitudes e caminhos.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.baudesentimentos.com.br/

História da Escola Municipal Andrade Neves


O educandário, no situado do núcleo colonial do encontro da estrada geral da Boa Vista Fundos/Teutônia/RS – acesso às linhas Catarina, Germana (Fundos) e Boa Vista (Meio), integra biografia de centenas de evadidos e residentes. O ensino-aprendizagem, no decurso das décadas, exteriorizou arrojo e ciência dos habitantes. O registro, na classe de ex-aluno (1966-1972), visa eternizar memória comunitária.
A história, nas ocorrências relevantes, minuta passagens. O preceito de mutirão, na crônica das Memórias de Jacob Lang Filho, edificou módica sala. A paragem, na época Picada Catharina (na conexão dos fundos da Picada Boa Vista), foi colonizada em 1872. Os pioneiros, na nota do Livro da Colonização, foram Jacob Lang, Friedrich Kussler, Adolph Eggers, Jacob Dockhorn, Adam Eckert, Peter Hatje, Heinrich Damann, Claus Damann, Nicolaus Nielsen, Heinrich Hatje, Wilhelm Jung, Mikael Behrs, Heinrich Week, August von Scheren/Schewen... A escolinha, no centro colonial, viu-se edificada no ano de 1874. O colono e morador August von Scheren, na laia de antigo capitão de navio e instruído na língua nata, foi instituído docente.
Os professores, na subsequência, foram August von Scheren (1874-....), Gustav von Grafen (....-....), Heinrich Friedrich Wilhelm Sommer (1909-1917), Heinrich Dreyer (1918-1927), August Krützmann (1928-1930), Reinhold Antoni (1931-1938), Raimundo Brackmann (1939-1940), Werno Dreyer (1941-1942), Helmuth Kilpp (1943-1949), Erno Driemeyer/professor auxiliar (1948-1949), Edgar Wiebusch (1949-1970), Rejane Maria da Silva (1971), Leunira e Renata Morchbacher (1972), Maria Noemi Dietrich Blömker (1973-1985), Maribel Bayer Althaus (1986-2015).
Outras referências, na história, alistam-se no primeiro prédio de madeira e no segundo que foram edificados em pedra de arenito. O construtor, na casta de morador, foi Jacob Kettermann. O educandário viu-se escola particular (1874-1965) e municipal (1966-2015). A administração Elton Klepker/Silvério Lüersen ampliou prédio e investiu em telefonia. A Internet, na onda globalização, adveio em 2005... O ensino, no idioma em português (em avaria do alemão), implantou-se em 1939 (período da nacionalização e perseguição do Estado Novo).
A designação original fora Escola Particular da Linha Catharina (razão de confusão na idêntica na Linha Catarina). A denominação, na nacionalização, mudou para o patrono Andrade Neves (referência ao brasileiro ilustre José Joaquim Andrade Neves – militar e herói da Guerra do Paraguai). A instituição mantenedora, por bons anos, via-se a Sociedade Escolar Evangélica Três de Julho. Os conteúdos, no período de 1874-1936, eram na base dos cálculos (práticos), leitura e escrita.
As disciplinas, em boletim/ano letivo de 1944, incidiam em comportamento, atenção, aplicação, ordem, contas, leitura, português, gramática, civismo, geografia, caligrafia, ortografia, desenho, canto, ginástico e redação. A avaliação, em boletim/1971, era comportamento, aplicação, ordem, linguagem, matemática, estudos sociais, ciências naturais, religião, educação moral e cívica. Os castigos corporais, na força da palmatória, reguada e sovo, foram abolidos na prática educativa na mestra Rejane Maria da Silva (1971).
A escola, no mérito, educou o conjunto dos membros das jovens gerações. Os alunos, nas iniciais décadas, abarrotavam a sala. A realidade, na queda da taxa de natalidade das famílias e migração campo-cidade, ostenta-se exclusiva dezena de colegiais. O evento anual, na máxima expressão, mantém-se no Pinheiro de Natal. Os educandos, na ocasião exclusiva, conseguem reunir o conjunto de residentes (em torna das apresentações teatrais). Segue, na odisseia da linha, gloriosa sina Escola Municipal Andrade Neves.

(Guido LangFragmentos da História Colonial, novembro/2015).

Crédito da imagem: http://saiadopilotoautomatico.com.br/