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quarta-feira, 9 de julho de 2014

A troca colonial


O filho das colônias demonstra-se idealizado economista. O monetário orienta a multiplicação de artigos e ofícios. O dinheiro, nas migalhas, avulta nas dezenas e centenas!
O morador, na chácara, cria e cultiva. A fartura alimentar, em frutas e verduras, soma acentuados desperdícios. As aquisições, no mercado, restringem-se as básicas necessidades!
O cidadão, na proporção das idas e vindas à cidade maior, aproveita o ensejo. O deslocamento, nas necessidades de trabalho urbano, complementa-se nos escambos!
Os artigos, na economia informal, ganham expressão. Os produtos, nas conservas, frangos, frutas, mel, ovos, encontram troca na fruteira. Encomendas sobrevém de amigos!
Os gastos, no encargo da condução, conferem alívio. O somatório, no aqui e acolá, implica em singular diferença nas despesas. O pouco, no tempo, traduz-se no muito!
Os adicionais ganhos permitem comprar mimos e satisfazer desejos. A abundância induz aos desperdícios e exageros. A consorciação, afável e benéfico, delineia bom senso!
O desprezo do insignificante, nas entrelinhas, significa desamparar o considerável. As oportunidades, nas dificuldades e restrições, necessitam ser divisadas!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://karahayara.blogspot.com.br/2011/05/entao-retirando-se-os-fariseus.html