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domingo, 24 de julho de 2016

A onerosa leitura


O jovem, morador das colônias, caía no atraente e instrutivo legado. A leitura, na bisbilhotice inapta das ciências e ocorrências, advinha no amor e distração. O tempo, nas folgas, acabava absorvido na apreciação das escritas. Os livros e jornais, na variedade de matérias, incidiam na “ativa reverência”. O comportamento, no enclaustrado (em eventos), originaria atraso no chamego. O namoro, na falta de procura (associação), ocorria na demora e descaso. O desfecho, na posterior união, acorreu no apelo ao “matrimônio arranjado”. A tia, em “arrumadora de xodó”, interferiu no “arranjo de senhora”. O moço e moça, na certa ocasião, acudiram na aproximação, conversa e união. A associação, no “recíproco encalhado”, transcorreu em criação de família. A vida, na manha, ordena equilíbrio nos amores e atitudes. As facilidades, no habitual, acodem em uns e sobrevém, em dificuldades, de outros. O conveniente, nas ocasiões, incide em vivenciar as distrações e obrigações das idades.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://blog.ciadoslivros.com.br/

A imprudente ação


O sujeito, no conjunto das vivências, contempla multiplicidade das ações e interpretações.  A estupidez, na “praga da sina humana”, decorre nas atitudes e crenças. As práticas, na atenta análise, acorrem nas atividades e palavras. O residente, no exemplo usual, efetuou faxina do espaço frontal da morada. A varredura, no amontoado de folhas (manga), aconteceu no encargo. O indiscreto, na destinação do material, assombrou bolso e olhos. Os dejetos, na saliente quantidade e tamanho, auferiram destinação inadequada. A “boca de lobo”, na tubulação (da rua), conheceu inserção das sobras. O entupimento, na dimensão das águas (chuvas), sobrevirá na imaginável decorrência. A inundação, no logradouro público, derivará em atropelos e danos em moradas. O município, no desperdício de verbas, acorrerá na empreitada da obstrução (canal). O dinheiro, na inconsideração, acaba literalmente jogado no ralo. Os contribuintes, na ignorância ou inocência, atiram “tiro no próprio pé”.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: https://pt.dreamstime.com

A impregnada bactéria


O agricultor, na condição de pai de família, acorreu no biscate e ganho pela vizinhança. A tarefa, na demolição e reforma de antiga casa rural, acudiu em auxiliar. As madeiras e pedras, na centenária residência, exigiam arrancadas e reformulações de estruturas. O sujeito, no imperioso da grana, aceitou temporária contratação. Os bons dias, na intensa e pesada jornada, assistiram-se absorvidos e gastos na edificação. O impensável, na circunstância da poeira, aconteceu no armazenado e repassado germe. A bactéria, no enfermiço de antigo ente, nutria-se encravada e resguardada nos materiais. O tifo, na patologia do impregnado (de décadas), conservou-se ativo e tapado (entre argamassas e fendas). A inspiração, no ar empoleirado, originou imediato contágio. O agente, em parcos dias, sobreveio na doença. A saída, no oneroso tratamento, acorreu na precisão. O cuidado, no “manejo de velharia”, redobra-se na atenção e cuidado. A morte, nalgum item frágil, inicia ação e missão.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.princesapop.com/

A aborrível conduta


Os políticos, na achegada das eleições, “alocam cara na rua”. Os eventos, na “caça aos votos”, acorrem no exagero de candidatos. Os aspirantes, no desespero, “prometem mundos e fundos” nas propostas. A realidade, no pós-jubilação, transcorre em esconder-se “nos cantos e recantos” (salas dos prédios). O interesse, em auferir “gordo salário”, cai na essência do mandato. O artifício, na certa campanha, rompeu normalidade. Os candidatos, no achegado ao centro comunitário, depararam-se no acobertado protesto. Os naturais, na aversão aos oportunistas, externaram indiscreta altitude. O costume, no banal, incidia no aperto de mão e saudação. Os eleitores, na espécie de acertado, “distendiam costas aos pedintes”. A má gerência, na “alastrada roubalheira”, decorria na desonra dos profissionais. Os aventureiros, em escassos minutos, safaram do ambiente e circunstância. O ostracismo, na afronta, atingia e denegria imagem. A manha versa: “Quem anda na chuva costuma molhar-se”.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Político”

Crédito da imagem: https://www.iped.com.br