Translate

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

A extrema satisfação


O habitante, no cortiço e favela da periferia, nasceu, cresceu e viveu os dias. As carências e improvisações saltavam aos olhos. Aromas impróprios difundiam-se no ambiente!
O amontoado de prédios esqueceu-se das áreas de distração e lazer. Educação e segurança verificaram-se em baixa conta. O ente público ostentou-se na extrema deficiência!
O local, em resumo, habituou-se a realidade de milhões. O instituto de pesquisa, de autarquia/órgão estatal, achegou-se a residência. O pesquisador interrogou o constituído!
A enquete, a domicílio, tornou-se fonte de caráter oficial. A dúvida, do questionário, perguntava: O morador adora ou desagrada em morar naquele ambiente urbano?
O residente, desconhecedor de aprimoradas realidades, afirmou: “gostar ao extremo”. As deficiências, de toda ordem, faziam imperceptível diferença na essência das vivências!
O consultado, na fonte, via-se de baixa conta. A realidade reforçou: A confiança das pesquisas anda em baixa conta. Os dados retratam interesses de coberturas e patrocinadores!
As pessoas, em geral, amam os ambientes de subsistência. O indivíduo reflete as satisfações dos lugares de experiências. Pesquisas são representações parciais e relativas!
Os ambicionados resultados definem os subsídios. “Ninguém ama o desconhecido e ignorado”!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: www.panoramatricolor.com