Translate

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

O capão de mato


A antiga pedreira, berço da extração de pedras grês às instalações, encontrava-se no descaso. As espinheiras, de variadas espécies, habitavam o propício ambiente!
O bicharedo peçonhento, nas aranhas, cobras e lagartos, habitava o lugar. O refúgio, entre espinhos e pedras, via-se peculiar proteção. Obstáculos à circulação eram comuns!
A planta, na confiança dos aguçados espinhos, vira-se encravada entre rochas. O lugar, aproximados duzentos metros, vislumbrou-se desperdício e prejuízo na módica propriedade!
A situação, por gerações, encontrava-se no abandono e descaso. O novo proprietário, nas férias e folga, colocou mãos a obra. A seleção tornou-se uma paixão!
O trabalhador, as espinheiras, ceifou por completo. As espécies, de madeiras nobres, ganharam alento e atenção! A braçal força, na base da manual foice, fez diferença!
As amoras, angicos, batingas, cabriúvas, canelas, cerejas, gabirovas, pitangas, viram-se na proteção. O mato, como refúgio da nativa fauna, ganhou elegância e exuberância!
As madeiras, no uso racional, despontaram reservas. O capão, no bioma, resguardara exemplares para sementes. O esterco, no reforço de solo, enobreceu a majestosa bênção!
O centímetro, bem explorado, presta-se a produzir admiráveis frutos. Os aproveitamentos dos solos refletem o grau de conhecimento agrícola dos donos!
Trabalhos desprezados, nalgum momento, precisam da materialização. A minúcia, no embelezamento, merece arrumação e precaução!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.blogjurereinternacional.com.br/