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domingo, 10 de agosto de 2014

A continuada exigência


O estudante, após difícil resenha na disciplina universitária, procurou algum alívio e pausa. Os dias e noites, semanados, foram passados diante do computador!
As necessidades fisiológicas, em tempos, chegavam a ser atropeladas. A preocupação, na aguçada centralização, consistia em atender as obrigações!
O moço, na conversa informal, buscou angariar alguma recreação. A confabulação, no convívio familiar, iniciou mal nas ciências. O celular deu sinal de chamado!
Novas requisições burocráticas decretaram o “voltar à máquina”. A necessidade sucedia no contato com o mestre coordenador. As afinidades averiguaram-se duráveis!
A era online carece de dar férias. Os indivíduos renunciam ao simples para atender o telemandado. O sossego, em ocasiões, convive nos sobressaltos das ligações!
O convívio humano, entre pais e rebentos, perdeu sabor. A satisfação, entre jovens, consiste em estar interligado. Os bate-papos, nos banais achaques, ocorre na abjeta conta!
As cargas e tolices, nos contínuos instantes, fluem nas redes de informações. A dissimulada sujeição ostenta aparência de singular conquista!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.hc.edu/

O peixe miúdo


O cidadão, concursado e estável no serviço público, convive décadas nas querelas. O ambiente de trabalho, volta e meia, vê-se abalado por “buchichos” de cargos e salários!
Os graúdos, no ganho e mando, degladiam-se em melindroso círculo. Sujeitos, nas análogas ambições em comandos, empregam artifícios conchavados e maquiavélicos!
O desígnio incide em apear uns e colocar outros (si próprios). O servidor, técnico na essência, previne-se na retaguarda. Este escuta muito e fala pouco nos “rádio corredores”!
Os aumentos, em cargos de confiança e funções gratificadas, sobrevêm na mínima conta. A apreensão versa em escapar no turbilhão. Afiançar o sensato nas mutações!
O princípio, no particular, assevera o pouco no certo do que o muito no arriscado. O aumento excessivo, na saliência, esperta a pretensão. A política lê-se minado campo!
A chave, na gerência pessoal, consiste em gastar bem os ganhos. O dinheiro multiplicar em dividendos e racionalizações. Os peixes miúdos, em cair na rede, incidem na menor conta!
A manha reza em viver muitos e longos dias neste novo e velho mundo. O soldado, cercado por contrários, sujeita-se a assimilar os enigmas da sobrevivência!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://meandros.wordpress.com/2007/03/23/peixe-pequeno-peixe-grande/