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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Os indiscretos latidos


O criador, filho das colônias, encontra-se cansado e dolorido da jornada. A subsistência impunha obrigações e trabalhos. A fadiga domava o velho corpo. A cama era o remédio!
O cidadão, na possibilidade de descanso, encontrava-se feliz. O leito, nas noturnas horas, trazia especial aconchego e alento. O amparo, no suado dia, delineava-se no organismo!
A letargia via-se como bálsamo no revigoramento. O cochilo entendia-se como soneira. O beneficiário, na viagem pela profundeza do íntimo, desatou do mundo!
A algazarra no exterior, de aferrados latidos, rompeu o encanto e silêncio. A cachorrada, no ininterrupto, inferniza o ambiente. A letargia assiste-se censurável!
O jeito, no incômodo, consistiu em tomar atitude. O foque (lanterna) foi contraído com razão de apurar a ocasião. Os caninos, de guardas, haviam enfurnado o gambá!
O animal, na altura da árvore, encontrava-se entocado. O alvejado, na luta pela sobrevivência, dirigia-se ao galinheiro. A probabilidade de caça viu-se irrealizável!
O proprietário, nas auroras, obriga-se a zelar pelas criações e instalações. Os cães, no impulso de selvagens nos pátios, acostumaram-se a detectar aberrações e impróprios!
As visitas inconvenientes fazem parte dos ocorridos. Os despossuídos abdicam unicamente de cuidados. As dificuldades verificam-se em quaisquer atividades!
A sobrevivência, na luta pelo alimento, vê-se um duradouro duelo. Animais domésticos, pelos responsáveis, exigem contínuos reparos e tratos!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.achetudoeregiao.com.br/animais/cao_policial.htm