Translate

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

A obsessão eletrônica


       O microempresário, alojado na esquina central (na cidade regional), peleja na afluência. As contas, na viração de mês, obrigam a cobertura. O comércio, nas divisas de caixa, coagem a depósitos e sobras. As vendas, nas agitações econômicas, precisam fluir na loja.
            A faina, no recinto, forçou a contratação. A aprendiza recebeu peculiar chance. O amparo, no ensaio e ensino, saiu no ganho e ocasião. A jovem, na dilatada jornada, fazia aparência e inquietação. O empregador, na atuação e retorno, avaliava custo e efetivação.
            O acolhimento, na presença do chefe, atendia no contento. O dono, na virada das costas, caía no pouco caso da função. O manejo, no celular, advinha no apreço e desejo. Os dedos, na extrema destreza e presteza do aparelho, sabiam exatas funções e localizações.
            O patrão, na singular ligeireza, apreciou as postagens. O Facebook, no dia e horário, acabou conferido. A mensagem, no sinal de vida, acabou enviada. O contrato, no espirrado, induziu a dispensa. Os afazeres, na ação e afeição, ordenam concessão.
            Os jovens, na agilidade e facilidade eletrônica, subestimam as ciências e treinos dos antigos. A doação e produção, na precisão de lucro, sucedem na obrigação e racionalização.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.midiatix.com.br/