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sábado, 31 de outubro de 2015

O flagelo natural


São Pedro, na aura das estações, apareceu desumano nos humores. O tempo, nos intensos torós, encheu córregos e valos. O clima, na desdita dos granizos, raios e ventos, auferia época propícia aos sapos (na avaria dos humanos). As estradas, no chão alquebrado e batido (linhas), sofreram os desgastes. As intempéries externaram problemas nas corrosões e luxações das conduções. O fato, na má sorte dos residentes, revelou-se alegria dos prestadores. Os apadrinhados, no exemplo, ligaram-se aos borracheiros, maquinistas (retros), mecânicos, transportadores (saibro)... Os profissionais, na cancha e destreza, celebraram ganhos nos ofícios. Os afazeres, nos restauros, permitiram extras nos horários e salários. O quadro, na manha da capitalização, retrata: “a adversidade de uns incide na prosperidade de outros”. A roda, na economia, circula em quaisquer circunstâncias. As receitas, na dor dos afetados, pedem serviços. O ente (público), no divulgado das assistências, careceu dos abatimentos dos artigos aos reparos. A sabedoria instrui: Faça que eu digo, porém não faça que faço.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.influx.com.br/blog/2011/05/30/como-se-diz-granizo-em-ingles/

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

A evidenciada afeição


O ancião, no machucado da mão, achegou-se agitado e apressado no hospital. A solicitação, no unido, incidiu em requerer atendimento. A auxiliar, em função da primazia da terceira idade, tratou de encaminhar no serviço. O doutor, na bisbilhotice, quis saber razão de tamanha afobação e pressa. As pessoas, na aposentadoria e idade, careciam seguramente de paciência e tempo. O velho, no contexto, mostrou-se persuasivo: “A minha esposa, no mal de Alzheimer, achar-se acometida. Eu preciso cuidar dela (embora careça de reconhecer o marido). Esta, em anos de coexistência, comprovou efetivo amor. Os cuidados, na casa, filhos e marido, assumiram prioridade nas décadas de essência”. O médico, no exemplo de vínculo, tratou de atender e liberar o paciente. Uns lutam na existência com razão de ganhar a atenção e estima na velhice. A pessoa, no compasso da existência, tem abrigado à adversidade. A distinção de espírito, na dimensão dos atos e crenças, distingue os indivíduos.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://arqrio.org/

Registros de Casamento


Os registros, no anterior da instalação da República (1889), consistiam no manuscrito. O religioso, no ato do casamento (costumeiramente na casa dos pais de um dos noivos), efetuava as cerimônias. O documento, na elaboração, nutria validade civil e religiosa. A República, no fim do padroado, separa os poderes do Estado da ação da Igreja Católica (instituição oficial).
Procurou-se, na função da curiosidade histórica, descrever algum documento protestante. O registro religioso, na Comunidade Zion (na época picadas Franck e Schmidt/atual Westfália/RS), fora oficializado pelo professor, pastor e regente Heinrich Beckmann. O pseudo-pastor, entre 1872 a 1911, mantinha empecilhos de toda ordem na ampliação da confessionalidade (nas disseminadas famílias das linhas).
O documento registra no conteúdo:

“Registro de Casamento de Carlos Henrique Strate com Maria Lisette Schröer. Aos sete dias do mês de junho do ano de mil oitocentos e oitenta e seis (1886), nesta freguesia, me foi apresentado para ser registrado extrato de casamento do nexo seguinte: ‘Extrato do registro dos casamentos do culto Evangélico, existente na freguesia Teutônia, no município de Santo Antônio de Estrela, Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, Império do Brasil, no livro respectivo Vol.1, fls.5, n/2. No ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, de mil oitocentos e oitenta e seis (1886), aos vinte e oito dias (28) do mês de maio, feitas as denunciações sem se descobrir impedimentos, se casarão na Teutônia, conforme os ritos e cerimônias do Culto Evangélico, Carlos Henrique Strate, evangélico, colono da idade de vinte e seis anos (26), nascido em Atter, círculo Osnabrück na Hannover da Prússia e morando na Teutônia, filho legítimo de Carlos Henrique Strate, natural de Leppa Detmold e de sua mulher Maria Elisa Staalkamp, natural do Atter, círculo de Osnabrück na Hannover da Prússia, com Maria Lisette Schröer, evangélica, da idade de vinte e três anos (23), nascida em Ladbergen na Westfália da Prússia e morando na Teutônia, filha legítima de Germano Henrique Schröer (defunto), natural de Ladbergen na Westfália da Prússia e de sua mulher Maria Christina nascida Kohnhorst, natural de Ladbergen na Westfália da Prússia e morando na Teutônia. Foram testemunhas: Henrique Schröer e Ernesto Schröer’. Extraído do próprio original a quem me reporto. Freguesia Teutônia, cinco de junho (5) de 1886. Henrique Beckmann, Pastor do Culto Evangélico”.
O documento continha estampilha de duzentos réis inutilizados na forma da lei. E para constar fins este registro que assino. “Eu, João de Deus Menna Barreto, secretário da Câmara escrevi e assino. Secretaria da Vila de Santo Antônio da Estrela, sete de junho (7) de 1886. João de Deus Menna Marreto – Secretário”.

(Fonte: Guido Lang, O informativo de Teutônia, número 74, dia 28.11.1990, pág. 02).

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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

A invasão do meio


O vizinho, na divisa dos domínios, processou ação e ceifa. O mato natural, na dimensão de estimado metro de propriedade do vizinho, entrou terras adentro. O achegado, no amigo das recíprocas partes, advertiu do decorrido. As árvores, na farta madeira de lei e nobreza das espécies, acabaram abatidas e colhidas. O fruto, na lenha, acabou aproveitado ao carvão (em fornos). O dinheiro, na receita, reverteu no acrescimento do cortador e invasor. O lesado, na justa conta, solicitou aclaração e indenização. O argumento, na imputação de autoria, foi do autor lavrar denúncia do proprietário (no órgão competente da inspeção ambiental). O causador, na década posterior, faleceu na precoce doença. A ambição, na afeição ao dinheiro, floresceu no magro cálculo. O Ricardão, no carro novo, circula nas benesses da fortuna da consorte. As querelas, nas relações entre vizinhanças, averíguam-se casos banais. A correção, no unido das atuações e confissões, incide na melhor decisão e riqueza.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

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quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Os penosos segundos


O morador, no aclive, laborou e instalou edificações. O aviário, no principal investimento, incidiu no avanço e produção. A ventania, na natureza de tornado, demoliu instalação. O entulho, no conjunto de madeiras e telhas, avolumou-se no espaço. As aves, no parcial das unidades, acabaram remanejadas no criatório do vizinho. A esposa, no interior dos escombros, encontrou-se no enfurnada e soterrada. O cônjuge, na afobação e sorte, tratou de socorrer na anomalia. A fortuna, no desfecho sem mortes, ajudou a evitar dores e pesares. As aflições, no alternado do corpo, foram às exclusivas aberrações e agonias. O trabalho, numa vida, pode ir aos ares nos segundos. O socorro, na circunvizinhança, caiu na correria e diligência. Os estragos, em porvindouros tempos, averíguam-se apreensão e ocupação. Algum auxílio, em materiais e tarefas, advirá certamente de entidades e sociedades. Os patrimônios, na qualidade de proprietário, sobrevêm em consumidos e inquietações.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

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terça-feira, 27 de outubro de 2015

A lacuna dos registros


As entidades, disseminadas no interior das linhas, vivem no dilema da falta dos registros anuais. Os acervos, em cadernos de atas e livros caixas, sumiram no ciclo das diretorias. A deficiência, na bibliografia, ocorre na lacuna dos registros. A ocorrência, no banal, inclui agregações esportivas, entes religiosos, sociedades de cantores... A nacionalização, na permuta do idioma (alemão ao português), tem sido apologia e evasiva. A nacionalização (1939) e Segunda Grande Guerra (1939-1945), nas medidas de coação, tem acirrado as desculpas. A charada, na essência, liga-se a honradez e nitidez. As diretorias, no fraquejo dos números (entradas e saídas), cometiam no intento do extravio e sumiço. As crônicas, no empenho de componentes das gestões, esvaneciam nas trocas das administrações. Parcas associações, na perfeição, orgulham-se das totalidades dos legados e métodos. As pessoas, nos subterfúgios, justificam-se das dúbias atuações e correções. A afeição, no dinheiro, induz nos desacordos e mutações.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.agnusdeiloja.com.br/

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

O imaturo chamego



O acanhado lavrador, na casta de peão, definiu adiantar namoro. A lavra, na afamada junta de bois, adveio na aturada lida. Os dias e horas, na sofrida batente, estiveram alongados nos chãos do sogro (em possível). A roça, no aferro e amizade, acabou lavrada entre aclives e baixada. O negócio, nas belas expiadas e olhares da menina moça, moveram alento e miragem. O chamego, na dimensão da estadia (propriedade), pintava em acirrar o fogo da paixão. A circunstância, na cortesia da ação e lida trivial, arrastou-se no decurso da safra. O moço, na ausência de iniciativa, deixou de assistir namoro. O curioso, no epílogo do conto, procedeu na troca. A jovem, no meado do caminho, enamorou-se pelo moço dos arrabaldes. O operoso, na desilusão, viu-se relegado nas aspirações. A afeição requer aquela química da recíproca atração. As pessoas, na desgraça e proveito, abusam das ocasiões e situações. As meninas moças, nas colônias, verificam-se itens custosos e pleiteados.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://provaescrita.blogspot.com.br/

As sociedades de cantores


Os imigrantes teutos introduziram sensatos legados. Os herdados, na contemporaneidade, integram a cultura e tradição brasileira. Cita-se, nos modelos, escolas comunitárias, festas de quermesses, entidades de bolão e tiro, prática de enfeitar o pinheirinho de Natal, ninho de Páscoa, entidades de cantores...
Os povoadores, recém-instalados nas picadas (linhas), conviveram perdidos e isolados pelo ente público. A saída, entre dificuldades, versou em descobrir meios de supervivência. Os desbravadores, na maneira particular de organização, aventaram de arquitetar entidades comunitárias (cemitério, escola e igreja). Os clubes de cantores sugiram paulatinamente em alteradas linhas. As agremiações foram maneiras de aglomerar residentes.
Os corais tiveram o objetivo de cultivar a cantoria, aliviar as agruras da conquista da selva, encorajar ânimo (diante do dilema das adversidades, doenças, intempéries...). As encenações, semanais ou quinzenais, convinham como reencontros. Os momentos eram propícios às trocas de exames das fainas e vivências. As ocorrências, no seio da circunvizinhança, eram contadas e pesquisadas.
O objetivo, no explícito dos coros, era o cultivo do canto coral. As origens, na divulgação e recreação dos povoadores, advêm da Europa Central. O objetivo, no genérico, era concorrer ao incremento do nível artístico, cultural e social das identidades, assim como fazer atendimento no serviço de assistência (em momentos fúnebres e religiosos).
Os recursos financeiros eram obtidos através dos subsídios dos membros associados, dividendos de promoções (bailados e festanças), subvenções públicas (municipais)... As despesas pagavam serviços de regência, material de canto, deslocamento de cantores (em apresentações), jantas em banquete de bailes... As apresentações ocorriam em festejos locais, festanças de sociedades coirmãs, enterros, aniversários, ofícios religiosos... A administração e coordenação verificam-se independentes (das entidades da linha). O coro, nas probabilidades, coopera nas demais associações comunitárias (na construção e manutenção de centro comunitário).
Os critérios, na filiação, costumaram ser na conduta exemplar, estar em pleno gozo das liberdades civis, carecer de apresentar débitos nas entidades, possuir idade superior aos catorze anos... O membro cantor precisa apresentar aptidão e interesse em participar no canto, assim como ser abnegado, disciplinado e pontual. O cantor (a) tem a vantagem de aprimorar seu dom musical, aprender e cantar os hinos (pátrios, populares e religiosos), assim como desenvolver aprendizagem das línguas (alemão e português), compartilhar dos eventos das diversas sociedades, expandir círculo de amigos e conhecidos, tornar-se pessoa valorizada...
Os cantores carecem de serem profissionais e desempenham um ofício na própria comunidade: encaram o canto como uma atividade de cultivo e orgulho das tradições. Os coros, no símbolo da agregação, possuem estandartes. As flâmulas acompanham a sociedade nos excepcionais encontros e episódios. A classificação incide entre coros de homens, senhoras e mistos. O canto é praticado em três a quatro vozes.
As dificuldades de sobrevivência estão relacionadas ao êxodo rural, formação de regentes, criação de novos hinos, elevada despesas e desinteresse das novas gerações em continuar na tradição. Os jovens contraíram nova mentalidade. Esta valoriza pouco os valores da cultura local. Os consumismos e passividades verificam-se repassados nos meios de comunicação de massa. O fácil consiste em escutar em vez de cultuar o canto.
A juventude é coagida a abdicar do meio rural, porque seu trabalho significa pouca valorização pelos intermediários; migram aos centros urbanos na procura de formas de sobrevivência e acabam desinteressados (em função de outras maneiras de interesses e recreação). Acrescentam-se as dificuldades de material específico de canto; predomínio dos interesses particulares (em prejuízo, na ausência do retorno monetário, do bem coletivo).
As sociedades sofrerem consequências da Segunda Grande Guerra (1939-1945). O material, em alemão, viu-se assolado no dilema da nacionalização (impressos foram confundidos como promoção política). As melodias e dialetos (em alemão) versaram em serem tolhidas.
As sociedades de cantores, no cerne das linhas, continuam a associar na vida social de inúmeras comunidades. As associações, na cultura das paragens, caminham paralelas as entidades escolares, esportivas e religiosas. A participação, nas diretorias das entidades, advém na qualidade de confiança e prestígio das habilidades intelectuais. A filiação, na instituição, significa ponto de honra à integração na identidade. O coro mantém-se ativo na preservação e valorização das raízes germânicas.  Os denodos comunitários, na atuação de membro e morador, se expressa em consideração e respeito.


(Guido Lang, Anuário Evangélico, Ano 1991, pág. 105 – 106. Texto reescrito.)



domingo, 25 de outubro de 2015

A excêntrica encomenda



O próximo, na laia de amigo, aplicou artifício e experimento. O armado, na fritada da carne do lagarto, caiu no ardil do conto. O encurtado pedaço, no exterior de peixe, serviu de amostra e manjar. O ultrajado, no demorado do mordido, saboreou alimento e aroma. O gosto, no extravagante, pintava alegórico e exclusivo. A feita, na parca ocasião, conduziu a acirrada caça. O colonial, em cultivos, largos e matos, acossou os exemplares. Os répteis, na dimensão da carne, eram abatidos e carneados. A ingestão, na excepcional ocasião, acontecia no reservado da união familiar. A chicha branca, na esporádica deglutição, parecia contagiar os apreciadores. Os habitantes, no interior das remotas linhas e tocas, descrevem singulares aventuras e obras. A curiosidade, nas astúcias e proezas, inscreve ações e narrações. O ingrediente, na adequada preparação, calha no anseio e gosto. Os residentes, no recinto do boteco, soltam afazeres e andanças. Os relatos, em trocas, advêm em doutrinas e espertezas.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

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sábado, 24 de outubro de 2015

A perspicaz feição


A menina moça, no exato da expressão, encontra-se “arrepiante e encalhada”. O tempo, na falta de associação, decorre na afobação e inquietação. A época, na mocidade, perpassa na abstinência das pretensões. Os colegas e pessoais, na análoga faixa etária, encaminharam-se aos namoros e uniões. A família, na exibição de cartão postal, toma atitude e comércio. A menina moça, na massiva caça, encontra-se nos anseios e planos da oferta. O argumento, na demora, acerta na justificativa do estudo e formação. Os pais, na direção dos olhares, cederam suntuosa camioneta (na condução). A donzela, no avalizado, improvisa atenções e chamarisco. O enxerido, na propriedade do veículo, sobrevém na avó e sogra. As pessoas, nos negócios afetivos, comercializam aparências e ilusões. Qualquer ente, nalgum feitio, exterioriza excepcional carisma e disposição. A aliança, no consórcio, confere a essência dos câmbios. Os pares, na anuência social, apreciam os conjuntos das detenções e riquezas.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

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sexta-feira, 23 de outubro de 2015

A perspicaz esperteza


O filho das colônias, no estacionamento urbano, valeu-se da astúcia e assistência. A pilhagem, em conduções, achara-se alastrada na cidade grande. O interesse, na subtração aos alheios, move profissão e sistema. As empresas, no molde de lojas, mecânicas, seguradoras, vigilâncias, faturam no clima de incerteza e receio. A bandidagem, no roubo de patrimônios, sobrevive no descanso do lavor. O ócio, em ofícios, onera no comum dos entes. O condutor, na atmosfera da tranquila e vigiada rua, estacionou no arrojo. O trajeto, na via (pública), caía no cuidado das câmeras e vigilâncias. Os trapaceiros, na invasão do meio dos abonados, incidiam avisados e enxotados. Os incorretos, no desafio da sobrevivência, servem de inço (na amolação dos pacatos). Os ladrões ofuscam-se na fácil e rápida da riqueza, porém esquecem-se da acelerada e dolorida biografia. O “pão duro” (indivíduo econômico), no artifício da reserva, concilia o afável ao útil. Alguns arriscam o muito com razão de arrecadar o pouco.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

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quinta-feira, 22 de outubro de 2015

A lida silenciosa



As pessoas, na atmosfera das afinidades, explanam ocorrências e procedimentos. Os planos, nas ações do diário, decorrem aferidos e referidos. Os achegados, na inocência, repassam informações e vivenciados. O sujeito, no saldo, incorre no fraquejo e tropeço. As ideações, no exteriorizado prévio, acabam na desistência e frustração. As energias negativas, na oculta inveja, intervêm em humores e sequelas. Os fulanos, no idêntico, advêm nas ações e anseios. Distintos, na real, miram cátedras do invejado. As ações, na ciência da existência, solicitam cautelas e mistérios. Os afazeres, na calada, caem nos artifícios e serviços. Os comentos, no prematuro, inspiram azarão e concurso. As obras, no andamento, induziram na efetivação e imponência. A surpresa, no encoberto dos procedidos, acontece nos meios. Os indivíduos, na sociedade de consumo, concorrem no acirrado das detenções e ostentações. A discrição, no ambiente da conjuntura da incerteza, sucede em sabedoria e supervivência.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

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quarta-feira, 21 de outubro de 2015

O imaginário popular


Os residentes, nos pacatos interiores, costumam desenvolver um tentame próprio. A experiência, nas vivências, liga-se aos variados ambientes e feitios. A manha versa: “A voz do povo ostenta-se o clamor divino”. O empírico, na ciência e trabalho, orienta famílias no interior das linhas. O conhecimento, na sucessão das gerações, forma história e tradição. Uma informação curiosa, nas remotas paragens, liga-se ao item filhos. A sabedoria popular, no informal da natalidade, versa: “A família, em sequência, obtiver sete filhos homens, o final resulta em lobisomem. As estirpes, na sucessão, impetrar sete filhas, a última verificam-se bruxa”. O alívio, no paliativo, seria irmão e irmã mais velhos (as) batizar mano (a). O sete, no contexto dos algarismos, esconde uma cátedra singular. O inicial filho, no passado dos esposos, calhava no receado broto do beato. Resquícios, fruto da idade das trevas, sobrevivem no imaginário popular. As crendices, no usual, ocultam um fundo de verdade.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.aprovincia.com.br/

terça-feira, 20 de outubro de 2015

O desleixo das precauções


As intensas chuvas, no fluxo das estações (inverno-primavera), advieram no avanço das frentes. As elevadas precipitações, no parco tempo, encheram córregos e rios. Os cursos fluviais, no leito maior, alagaram no percurso usual. O volume, em cheias, delineia o problema social. Casas e ruas, nas baixadas e vales, completaram atingidas e submergidas. A defesa civil, nos muitos chamados, sobreveio na ajuda e socorro. A realidade, no banal dos dilúvios, delineia ocorrência. Os residentes, na alegação da falta financeira, alegam inviabilidade das providências. As edificações, no altivo de pavimentos, advêm no desapego do acúmulo e prevenção. Os escassos ganhos, nas distrações de consumo, acertam no amplo investimento (conduções, festanças, jogos...). A circunstância, no ditado popular, descreve: “Os crentes, na dimensão das chuvas, relâmpagos e trovejos, recordam-se da Santa Bárbara”. A pessoa, na severidade da pobreza, obriga-se a direcionar capitalizações e sobejos.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://noticias.r7.com/

Grafen e Beckmann - Pseudopastores na Colônia Teutônia


Teutônia, localizada a 120 km de Porto Alegre/RS, foi fundada, numa iniciativa particular, pelo comerciante atacadista Carlos Schilling. O empreendedor, em 1858, adquiriu quatro léguas quadradas de terras devolutas, quando, em 1861, constituiu a “Empresa Colonizadora Carlos Schilling, Lothar de la Rue, Jacob Rech e Guilherme Kopp e Companhia” (responsável pela colonização). A ocupação, em 1862, prosperou com a afluência de povoadores protestantes (luteranos), que vieram, sobretudo da "Colônia Alemã de São Leopoldo" e regiões do Hunsrück, Pomerânia e Wesfália (atual Alemanha). Os colonos, após instalados nos lotes, buscavam conservar estradas/picadas de entrada, constituir campos-santos, edificar escolas/igrejas, formar associações de canto...
O acolhimento pastoral, em 1866, iniciou com Johann Wilhelm Kleingünther. O religioso, a partir de Porto Alegre e em duas ocasiões anuais, fazia "atendimento espiritual". O professor Ernst Janfrüchte, de 1869 à 1873, substituía-o nas ausências. O mestre escola tornou-se o primeiro professor da Colônia (em "Glück-auf" – atual Canabarro/Teutônia/RS), quando movimentou os residentes para edificar, ao lado de Karl Arnt, a escola-igreja. Ferdinand Häuser, em 1873, sucedeu Kleingünther no serviço pastoral. Wilhelm Hasenack (1890-1911) sobreveio depois de Häuser. O afluxo constante de famílias e a alta taxa de natalidade alargaram os imperativos de ministros formados, que eram “peças raras”. Os habitantes, ante às circunstâncias, apelaram aos educadores leigos Gustav Adolf von Grafen e Heinrich Beckmann. Os dois, no passar do tempo, acabaram destacados como "prelados ativos".
O místico Grafen, conforme o "Livro de Batismos e Casamentos" (1873-1907), atuou em diversas picadas. As linhas, entre outras, eram as da "Boa Vista, Katharina (Catarina), Schmidt, Arroio da Seca, Berlim, Bismarck, Novo Paraíso, Estrela, Conventos (Lajeado) e Colônias de Brochier e Maratá". Este, no total, realizou 148 consórcios e 2.500 batizados; os dados, de funerais, foram extraviados.
A sua biografia registra: nasceu em 09/10/1836 em Halle/Saale, como filho de Theodor e Maria Henriette von Salden; imigrou aos Estados Unidos da América, lutou na Guerra da Secessão (1860-1865) e chegou ao posto de oficial. Transferiu-se por volta de 1868 ao Brasil. Instalou-se inicialmente em Lomba Grande/Colônia Alemã de São Leopoldo. Casou em 11/11/1872 com Catharina Dickel. Migrou em 1870 para a Colônia Teutônia. Iniciou em 12/08/1873 no pastorado com o batizado do próprio filho Adolf Gustav. Faleceu em 28/09/1908 em Teutônia/Estrela/RS. Foi sepultado no Cemitério da Picada Neuhaus/Teutônia Várzea e depois transferido ao cemitério da Picada Welp.
Heinrich Beckmann, conforme os "livros de batismos, casamentos e óbitos das Comunidades Evangélicas Bethânia/Boa Vista e Sião/Frank", iniciou no pastorado no batismo de Heinrich Friedrich Wessel. Exercia primeiramente o ofício de agricultor, professor e regente (de coro).
A deficiência de pastores formados, na demasia de afazeres de Kleingünther e Häuser, levou a substituí-los. Beckmann trabalhou nos locais: "Colônia Teutônia, Santos Pinto, Santa Manuela, São Pedro de Maratá, Poço das Antas e sedes de Estrela e Taquari". O profissional, entre 1884 e 1911, atingiu um total de 402 enterros, 422 casamentos e 3.074 batizados. As citações biográficas narram nascimento em 12/12/1852 em Gaste/Osnabrück/Hannover (Alemanha), filho de Kaspar Heinrich Beckmann e Dorothea Juliane Johanne Surkamp. Imigrou em 1871 no Brasil com a família. Casou em 10/02/1880 com Catharina Wilhelmine Wiebusch. Instalou-se como povoador na Boa Vista. Tornou-se professor da Escola Comunitária da Boa Vista (atual "Escola Municipal Bento Gonçalves") e regente do "Coral Frohsinn" (da Boa Vista). Faleceu em 04/07/1911 e descansa (sem maiores menções ao serviço) no Cemitério Evangélico da Boa Vista. Beckmann, como curiosidade histórica, tornou-se avô de Ernesto Geisel (Ex-Presidente da República). A filha Lydia casou-se com Augusto Geisel (pai do mandatário).
Os pastores Grafen e Beckmann careceram de achar "barreiras geográficas" no Vale do Taquari. Deslocavam-se, em lombo de cavalo e em meio aos atoleiros das estradas/trilhas de mato (picadas), na razão de "objetivar atendimento, consolo espiritual e satisfazer bradado do Senhor". O trabalho pastoral tornou-se auxílio imprescindível aos precursores.
Os pioneiros viviam isolados na selva. Confrontavam-se com achaques, feras, insetos, répteis... Os ministros foram ferramentas da “Palavra do Senhor”, lançando os alicerces, a partir da Colônia Teutônia, de diversas comunidades livres (no exemplo da "Boa Vista, Franck, Arroio da Seca, Novo Paraíso, Estrela, Brochier, Maratá"...). As respectivas comunidades ligaram-se ao Sínodo Riograndense e, na união dos quatro sínodos, tornaram-se partes da IECLB.
Grafen e Beckmann, como pacatos colonos-professores, foram destacadas lideranças, que, "por meio do Espírito Santo", serviram como "guias e portadores divinos". Eles souberam cumprir com zelo "a árdua tarefa de difundir a mensagem cristã e espalhar as 'sementes' de várias entidades evangélico-luteranas".

(Guido Lang, Anuário Evangélico - Ano 1995, pág.119 a 121).

Crédito da imagem: http://www.calendariobr.com.br/


segunda-feira, 19 de outubro de 2015

O segredo da fartura


O rural, no encravado do aclive e roça, externou ação e informação. O cultivo, no roçado, advém na fácil e farta produção. O aipim, no cardápio, cai no alicerce da nutrição. Animais e humanos, no baixo custo, subsistem nos cernes das localidades. A centena de mudas, na plantação da rama, institui abundância e reserva. O enigma, na vasta fabricação, calha no espaçamento. As mudas, no interno da lavoura, demandam circulação (ar) e insolação. A distância, no propício, ocorre no metro de largo e um e meio na extensão. A carpida, na mexida e remexida do chão, sobreviria em três modestos ensejos. A terra, no apinhado nas raízes, faria alegria e diferença nas unidades. O produto, em duas unidades, daria satisfatório ao consumo semanal (familiar). O acessório, no feijão, molho e saladas, ajustaria abastança alimentar. As compras, no encorpado dos comércios, cairiam no abjeto valor e volume. O barato, na autoprodução, inibe a engrenagem das tributações e trocas.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://hortas.info/como-plantar-mandioca

domingo, 18 de outubro de 2015

A insensata afronta


O caboclo, no anexo do ambiente rural, idealizou artifício e tocaia. O cachorro, no famélico ser, invadia abrigos e domínios. A besta, na deglutição dos ovos (em ninhos das galinhas), ocorria na elementar distração. O vizinho, na laia de desleixado patrão, fraquejava no cuidado e trato. O cão, no interno do cubículo do galpão, acabou enfurnado e prendido. A surpresa, no medido em tempos, incidiu na aplicação e serventia. A lição, no amontoado de panos, foi atada no rabo. O fogo, no ensopado em inflamável, viu-se acendido. O bicho, na corrida e espanto (soltura), cortou pátio e potreiro. O asilo, na autoproteção, calhou no interior do taquaral. O quebra-vento, na adjacência dos abrigos, acabou ardido. A chama, no baque, alastrou-se no sítio. A correria, na peleja, tomou conta no azarão. A tarefa, no sufoco da tragédia, foi combater calamidade. A solução, no leva água, sucedeu no cansaço e correria. As indevidas brincadeiras, na afronta, caem nos azados achaques e contratempos.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

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sábado, 17 de outubro de 2015

A proposital falta


As descendências, em prestigiadas ascendências, promovem os habituais encontros de família. Os lugares, na ativa instalação da sucessão, costumam ser indicados e realizados. Uma comissão, na fortuita eleição, assume encargo do festejo e reunião. O aparentado, no dia agendado, aflui à festa. O enxerido, na frequência em numerosos eventos, averiguou modo dos “medalhões”. As afamadas figuras, no cartaz do sobrenome, incidem na ausência e descaso. Os personagens, na alegação dos problemas profissionais, incidem na clássica falta. O receio, em custos e requeridos, sucede na desconfiança e suspeição. Uns, na dimensão do progresso e sucesso, rejeitam no oculto os humildes e pacatos. A pessoa, na divulgação de alongada antecedência, cai na dificuldade da justificação: falas advêm na esfarrapada desculpa. A pessoa, na variedade da estirpe, encontra os aforados, remediados e perdidos. O ser humano, na questão dinheiro e parente, vê-se melindroso e sensível.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

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sexta-feira, 16 de outubro de 2015

A essência das inquietações



A esposa, no alojado do interior da residência, nutria constante necessidade e preocupação. Os sonhos de consumo, na ideia da dignidade e qualidade de vida, aconteciam na insatisfação do espírito. As conversas, no diálogo do casal e lar, incidiam na “deficiência disso e daquilo”. Os dispêndios, no vício do consumo, ocorriam nas demasias e desperdícios. O esposo, na classe de assalariado, sucedia nas jornadas e poupanças. Os juízos, no inicial dos projetos, sobrevinham no angariar do dinheiro. Quaisquer tarefas, na ânsia do salário, ocorriam nas atenções e ocupações. O fato descreve: “Quem prioriza os frutos, carece do tempo aos dispêndios”. A boa associação, na aliança, cai no recíproco domínio de gastos e sobras. A esperteza financeira, nas receitas, prioriza destreza e tempo. Os consumidos, no inferior, sobrepõem os lucros. O cônjuge, no intenso trabalho, carece de ajuntar na extensão da consorte (no sombrio) desperdiçar no domicílio.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

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quinta-feira, 15 de outubro de 2015

A peculiar sabedoria


A idosa senhora, curtida na experiência do tempo, alimentava alienação e paixão. A atitude, na tenra idade, fora assimilada e repassada às gerações. O costume, na execução do cotidiano, assumia exercício e renovação das energias e forças. Os filhos e netos, no semelhante, acabaram instruídos e orientados na percepção. O fato, no banal, incorria em direcionar olhares. O horizonte, no longínquo, advinha na adivinhação e admiração. O afastado, em exemplos, consistia em admirar o nascer/pôr do sol, apreciar as águas/nuvens no oceano, vislumbrar altura/distância das elevações... A significação, no corriqueiro, havia em avigorar e restaurar o milagre da vida. O alento, na ampliação do número de dias, externava-se nos cuidados e vigores do bem-estar. A existência, nas concepções e planos, ganhava ares e presságios. As acanhadas expressões, na brevidade ou longevidade da passagem terrena, projetam aromas e sabores.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

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quarta-feira, 14 de outubro de 2015

A acobertada constatação

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O acomodado colonial, na essência da propriedade, foi labutar na lavoura. A aração, na força animal e braçal, tomou endereço e execução. A mecanização, no irregular chão e restritos solos, caía no problema. O plantio, no intensivo, decorria na exploração. Os bois, na tradição familiar, ruíam no barato e largo serviço. O interessante, no inconsiderado, ocorreu na natureza. As nuvens negras, no calor e forte evaporação da primavera, avolumaram-se no horizonte. O aguaceiro, na anomalia, ocorreu na surpresa e súbito. Os raios e trovões, no feitio de desfecho do mundo, aconteceram na ativa vista. O rural, no pelo eriçado (braços e pernas), detectou vista. A alastrada eletricidade, na atmosfera, achara-se aguda e risco. A cautela, no campo limpo, versou em abrigar-se em improvisada acomodação (na carroça). Os animais, na liberação, trataram de achar abrigo. A minúcia, na astúcia da supervivência, comporta em elevar dias. Os humanos, na força da natureza, dobram-se às intenções e venerações.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

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terça-feira, 13 de outubro de 2015

A singular petição


As pessoas, na sociedade de consumo, externam habituais pedidos e sonhos. As rezas, na paz dos ambientes, calham no adereço do Todo Poderoso. O Criador, nos modelos usuais, deveria assessorar na aquisição do carro, edificação da casa, junção da riqueza... O beltrano, na fortuna de nascença, caiu na benzida existência. Os ancestrais, no acúmulo e labuta, tinham legado fazendas e negócios. A casa, dinheiro e imóveis, em frutos, foram avolumados e herdados. A sociedade, na esposa, adveio na analogia e sorte. Os filhos, na perfeição, achegaram no amor e número. A grana fluía na facilidade e fartura... O sujeito, na escassa ressalva, ocorria no singular petição. O Supremo, na rogação, deveria manter angariado e usufruído. A energia mental, na homília, incorria na ciência e prudência. Os fervorosos, na primazia, recorrem aos exigidos e negócios. O coeso, nas muitas bênçãos, incide em absorver-se nos agradecimentos. A vida, na acaso da seleção, assume maior brinde e doação.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

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segunda-feira, 12 de outubro de 2015

O receoso contratempo


O agricultor, no diário da propriedade, aposentou literalmente arado e enxada. A tecnologia, na capina e lavração (mecânica), caem no emprego e produção. As daninhas, na arte das sementes (transgênicas), falecem nos plantios. As roças, nos inços, ocorrem na despreocupação e expurgação. As plantas, no milho e soja, apreciam inseridos fermentos. O produtor, na usual lida, seguia as indicações e proteções. Botas, luvas, máscaras e trajes, no “ar de marciano”, ocorriam no pronto uso. O detalhe, na distração, incidiu no excepcional. O rural, na introdução do líquido, fraquejou no manobro. O desleixo, na súbita coceira, induziu no esfrega com o dedo que fora colocado na solução química. A pele, na ativa penugem, foi alcançada e contagiada. O veneno, na sucessão, completou introduzido. A raiz, no forte pelo, acabou suprimida. A marca, no estrago (fio), caiu no local da barba. O tóxico, na específica ocasião, causou sinal. A pessoa, no consecutivo manejo dos artefatos da morte, cai no igual aniquilamento.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

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domingo, 11 de outubro de 2015

Os sinais da tecnologia


As árduas chuvas, no corriqueiro das primaveras, advieram nas colônias. Os residentes, nas lidas das propriedades, caíram na dificuldade dos afazeres e serviços. Os excessos, na umidade, criaram encharcados solos e valos. As atividades, na essência das lavouras, pintaram no ensopado e inexecutável. Os abrigos depararam ajustados e arranjados. As ferramentas assumiram-se afiadas e armadas. As lenhas averiguaram-se abrigadas e cortadas... Os antigos, no outrora, doaram-se na função da erradicação. As guaxumas, no decurso das ocasiões, sobrevinham no simples ajusta e arranca. A lida manual, no inço disseminado aos quadrantes, auferia fácil extração. O mister, no fraquejo das raízes, decorria no intervalo das precipitações. O ofício, no advento dos herbicidas, advém no conto e deboche. Os jovens, na obra, gozam do método e tempo. As tecnologias, no universal, extinguiram atribuições e profissões. A faina manual, na era das ciências e técnicas, ocorre na visão de arcaico e excedido.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

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sábado, 10 de outubro de 2015

O histórico fora


O esporte amador, nos idos de 1950 a 1980, contraía evidência e paixão. As folgas, na distração, alastraram prática. As agremiações, em ressalvas, caíam no conjugado das linhas. Apontadas famílias, na ampla cifra de filhos, poderiam instituir equipes. Os moços, na alta natalidade, sobravam nos times. A memória oral, nas distintas narrações, abriga caso das iniciais transmissões. O Zeno, no bem-conceituado arqueiro (Grêmio Catarinense e Boa Vista), rejeitou fraca bola. O frango, na casualidade, incidiu no acanhado arremesso. O locutor, na rádio (Alto Taquari/Estrela/RS), anunciou: “A bola de couro, no chute fraco, advém na goleira. Agarra Zeno!”. O Zeno, na extraordinária curiosidade, ousara escutar a narração. A lisa bola, na bobeada e escorregada, atravessou goleira. O narrador, no baque, refez urro: “Oba! A bolota decorreu entre pernas do Zeno! Gooool!”. O estrondoso disparate, no histórico fora, transpôs em relatos. A expressão, no “agarra Zeno”, imortalizou-se no desporto colonial. A vida, no ente, consagra artifícios e surpresas.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

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sexta-feira, 9 de outubro de 2015

O súbito paliativo


O colonial, no fecho do mês, achou-se no dilema do dinheiro. O problema, no instantâneo, caía na lenha. A grossura, no amontoado de madeiras, acontecia na indigesta combustão. O corte, na contratação de cortador, incidia na despesa e tempo. O dono, no disperso, achou economia e recurso. O conjunto, em gravetos e troncos (em decomposição), auferiram junção e proveito. As unidades, na abastança da mata, viram-se avultadas e trazidas. Os insetos, no abrigo e refúgio, calharam na falta e moradia. O proprietário, na dedicação e disposição, sucedeu no conhecimento e solução. Os recursos e saídas, no banal, acham-se dispersos e próximos. O conveniente, na abstenção das resididas (ratos), consiste em angariar na quantia das necessidades. A pessoa, nas deficiências, precisa saber amparar-se nas circunstâncias. As singelas soluções, no fator sorte e sucesso, multiplicam abastanças e proveitos. Os estorvos, na ciência e visão, sucedem em oportunidades e utilidades.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

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quinta-feira, 8 de outubro de 2015

A inaceitável lamúria


O ancião e o moço, na classe de filhos e vizinhos das colônias, depararam-se na venda. A conversa, na permuta de ciências e juízos, assumiu curso no convívio. O descanso, na distração, apontou consumido no esboço e exame agrário. O assunto, nas condições e viabilidade da agricultura familiar de subsistência, adentraram no debate e ponderação. O baixo preço, na venda da produção, sugeria instituir falência. As propriedades minifundiárias, na aquisição da produção pelos intermediários, aconteciam na qualidade de insustentáveis. Os colonos, no arado e braço, ralavam no esforço e prejuízo. As sobras, na receita, caíam inexpressivas (aos centavos). O jovem, no desalento do ofício, incidia na abdicação ou temor da bulimia. O senil, na ampla sabedoria, apontou dedo no adereço da mão e mente. O sentido, na mímica, apregoara: “Quem labuta e pensa carece de perpassar fome”. O laborioso, em qualquer ambiente e recinto, achega-se em apropriada e operosa hora.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

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quarta-feira, 7 de outubro de 2015

A excêntrica solicitação

Bombus terrestris

A pacata esposa moça, no acompanhado do acidentado cônjuge, caiu na imaginação e petição. A filha das colônias, no exagero de lisura e inquietação, vacilou na alocução e esperteza. O conluiado, no acidente de trabalho, acabou amolado e cuidado. A mamangava (marimbondo), no alérgico do organismo, entocou-se no abrigado e censurável lugar. O ferrão, no impróprio da ferramenta e órgão (masculino), acertou na incursão. O ardente inchaço, na requisição médica, tornou-se imprescindível e ordenada saída. A mulher, ao amigo e prestigiado doutor, incidiu no pedido da cura da dor e consentir tamanho/volume no inchaço. A subtração, na agonia, necessitaria fazer-se apenas necessária. O profissional, na extensão do aceitável, acatou almejado e requerido. A bitola, em ocasiões e situações, perpetra derradeira diferença. O sujeito, no jovem e senil mundo, pensa ter visto tudo, porém ilude-se deveras. A ignorância, no gênero humano, carece de ostentar barreiras e fronteiras.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

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terça-feira, 6 de outubro de 2015

As clássicas plantações


As famílias, no inserido das colônias, alimentam apreço e inclinação. O caso, no decurso das ceifas, cai nos clássicos cultivos. A safra, na quantia do consumo, abrevia porção de gasto de mercado. O autoconsumo, na ausência do uso em agrotóxicos, advém no exercício. A produção, no passado, permitia gênese e sustento da dezena de filhos. As áreas, no propício dos solos, mantêm-se reservadas às culturas. As lavouras, no trivial, calham na abóbora, aipim, batata, banana, feijão... Os artigos, no principal, afiançam sustento. As crises, na agitação da economia, podem advir. O agricultor, no alimento, depara-se protegido da bulimia. A galinha e o porco, no fundo de quintal, abonam caldos e carnes. O pomar complementa frutas. A horta abastece temperos. Os contraídos, no particular, advêm no açúcar, arroz, café, sal... O “bico”, no custeio da luz, assegura cobertura. O alvedrio, em dono do próprio nariz, cai na alegria e riqueza. Raros sujeitos, no vaivém do sistema, resistem às ambições e miragens.


Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

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segunda-feira, 5 de outubro de 2015

A esdrúxula comparação


O ancião, no posto público, buscou alento e cura. A enfermidade, na avançada idade, abateu-se no curtido corpo. O médico, na estirpe filho das colônias, achava-se no empregado e procurado. A conversa, na afinidade e lisura, incidia no decurso da patologia. O profissional, no atributo de clínico, externou alegoria e imprecisão. A pessoa, na corrosão do tempo, adotaria analogia. A conformação, no estropiado e padecido caminhão, caía na semelhança. As peças, no desgaste dos metais, sobrevinham na condução. O análogo, no lidado corpo, cairia na pessoa. O doente, no instante, compreendeu alegoria (figura de linguagem). A expectativa, na cura ou melhora, calhava na parábola. O doutor, no tratamento, foi suspeito de subtrair esperanças. Outro clínico, na dúvida, acabou esquadrinhado. Distintas fórmulas e invenções, na medicina, saíram aplicadas e preconizadas. A melhoria, no pequeno tempo, proporcionou alento e sobrevida. O exagero, na lisura, assume aparência de afronta e suspeita.

Guido Lang
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domingo, 4 de outubro de 2015

A antiga alegoria


A meteorologia, na alternância das estações (inverno-primavera), caía no exagero das chuvas. Os ambientes, nos torós, advinham no mofo e umidade. As pluviosidades, em parcas horas, suplantaram as centenas (milímetros). Os “humores de São Pedro”, no apregoado das formigas, agradavam gregos e execravam troianos. A família, no fincado habitual (domínio e linha), norteou-se na manha dos antigos. Os afazeres, no começo dos plantios, apareciam acrescidos e fartos. A saída, na adversidade, versou em acautelar-se nas estações. As tarefas, na tambo e trato, caíam no ativo e cuidado. O lavado, nos frequentes aguaceiros, umedecia corpos e trajes. Os residentes, no apregoado dos velhos, versaram em aguardar melhoras. Os coloniais, na memória dos estrelenses (Estrela/RS), imitaram na lenda do usual. A espera, no compasso do aguardo das alterações, ocorreu na acolhida dos abrigos. A saída, no imutável, incide na calma e inteligência. O funcional, no camponês, ajusta-se as estações e situações.

Guido Lang
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sábado, 3 de outubro de 2015

A insinuação da fragrância


A dita cuja, no clima dos bailados, avaliava aglomerado de aspirantes e parceiros. As vivências, na presteza da conversa e dança, criaram astúcia e instrução. Os conjugues, na dimensão de três, caíram na coexistência e experiência. Os másculos, no chamego e lábia, exteriorizaram apinhados e delirantes convites e mentiras. Os trajes, no exame, revelaram condição e cultivado. As peças, na exceção da regra, calhavam na denúncia e falação. Os sujeitos, no aroma do corpo e trajes, apontaram condição nupcial. Os embusteiros, na deficiência do amaciante e braseiro (vestes passadas), caíam na ausência ou desquite. A busca, no barato, sucedia em achar distinta concubina e consorte. A pretensão, no prosaico, incidia no risco do “artefato de cama e mesa”. O interesse, na faina gratuita, versa em fisgar alguma dócil e submissa associação. As mulheres, na antevisão, avalizam conhecimento e presságio. O apropriado par, na afinidade e companhia, harmonizam amor e interesse.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

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sexta-feira, 2 de outubro de 2015

A clássica atitude


O sujeito, na laia de mercador e residente, instalou-se na pacata linha. Os coloniais, no estranho e vizinho, alocaram conversas e olhares. Os comércios, na ocasião, adentraram na avaliação e restrição. A firma, na cátedra de madeireira/serraria, acabou denegrida e devassada. Os falatórios, na cobiça e receio, assumiram fato. As mentiras, no mais abonado (no lugarejo), aferraram boicotes e ciúmes. O renome, no ambicioso e oneroso, difundiu-se na paragem. O enxerido, na imputação, juntou cartaz de buliçoso pagador. O vizinho, na menção, instituiu fama de mentiroso... O caso, nas colônias, delineia expressões da triste e velha sina. O progresso e sucesso, na acumulação (patrimonial), atiça arranca-rabos e rumores. O ativo, no olho gordo, vê-se avaliado e tratado. A expressão, dentre consanguíneos, incide em confusão e maldição. A arma, nos fracos de espírito, calha na falação e inveja. Os moradores, no acúmulo e atitude, aspiram no abastado e influente.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

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