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sábado, 8 de março de 2014

A extravagante pedida



A viúva, dona do tampo de leite, achegou-se ao vizinho. A emergência, na circunvizinhança, suplanta a necessidade. Uma mão lava a outra nas dificuldades e distâncias!
Outro chegado, a título de curiosidade, reforçou a olhada. O alheio afazer serve de alento ao competente. A fulana, no pátio do beltrano, externa a extravagante pedida!
A dona, com vaca em cio, quis a ímpar cessão. A senhora, no ocasional acontecimento, pediu pelo touro. O boi, na fêmea, deveria dar cabo do serviço da cobertura!
A indiscrição, na "segura cá e lá", ocorre nos animais. A mulher conduz à fêmea. O senhor assegura o macho. O eficiente acasalamento, na fecundação, ocorre no previsto!
A inseminação, no valor pago a peso de ouro, vê-se dispensada. A esposa, do proprietário, ficou no constrangimento da intimidade. A sabedoria versa em ficar na vigilância!
Mexericos, na manha, mantém-se realidade nas acanhadas sociedades. Os instrumentos, em certos afazeres, desaconselha-se a cedência. A gentileza e interesses têm limites!
Os cuidados descrevem o segredo do sucesso. As ocasiões favoráveis, na semelhança do santo morro abaixo, promovem a reprodução do plantel!  
A malícia abriga-se naquele de corrompida mente. A brincadeira e implicância, nos estranhos falatórios, observa-se casual humano!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.milkpoint.com.br/