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quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Os clamores ao vento


O operoso, no asseio do entulho, apreciou agonia e risco. O ferido, no dedo, exigiu atenção das infestações e patologias. As poeiras, nos germes, caíam no temor da inflamação. O paliativo, no álcool, incidiu em aplicar substância. O pormenor, na amnésia em fechar recipiente, incidiu na evaporação. O artigo, na transpiração, ocorreu no firme esvaziamento. O teor, no calor, levou no sumiço. Os gastos, no acúmulo, ampliaram necessários em lucro e trabalho. O análogo, na telefonia, advém no caso dos celulares. Os créditos, em contatos e contratos, traduzem-se no ônus. A contribuição, no gasto em serviço, sobrevém na chantagem da algibeira. Os afagos, nos velados bônus, advêm na lábia das empresas. As corporações, no conluio com o fisco (governo), abocanham fortunas nos depósitos e tributações. Os clientes, nas contínuas subtrações, “reclamam ao vento”. A atenção, na astúcia, advém na restrição de uso. O sistema, na cilada, acorre na extorsão dos laboriosos e tolos.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.hiroshibogea.com.br/