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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

O estorvo na lavoura


A árvore, velha gigante, via-se imponente na plantação. O vegetal, por décadas, via-se marca naquele singelo espaço. A revolução agrícola exigiu adaptações e reformulações!
A mecanização, nas potentes máquinas, trouxe empecilhos ao manejo. Os contornos e reviravoltas, no desperdício de área, ocorriam no interior dos inesgotáveis plantios!
O produtor, nesta safra, mostrou-se decidido. O proprietário queria lavoura limpa. Alguns centímetros, na pequena propriedade, viram-se conquistados à natureza!
Mãos à obra foi o jeito. A furadeira, na base do tronco, abriu modesto buraco. A artimanha, no interior da cratera, consistiu em derramar alguma amostra de Roundup (veneno)!
O vegetal, em dias, cedeu à existência. A planta, em lenha, acabou retalhada. Exemplares jovens, nas encostas, morros e pedreiras, asseguraram a espécie no bioma!
Os solos, na agroindústria, veem-se disputados a palmos. Os financiamentos exigem contínua produção. Ganhos permitem honrar débitos. O capitalismo exterioriza as caras!
Os vizinhos, na autoproteção, previnem-se da legislação. O acobertado comunitário, na abstinência de denúncia, funciona no agrado. “Boca fechada não entra mosca!”
A legislação, em situações, mais atrapalha do que auxilia. O bom senso precisa predominar entre preservação e produção!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.e-fazendas.com.br/site2/