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sábado, 31 de agosto de 2013

As milagrosas mãos


Um cidadão, como jovem assalariado, encontrava-se literalmente endividado e quebrado. As dificuldades financeiras, num azar momentâneo, abateram-se no seio familiar!
A mulher, parceria nas privações, recomendou trabalhar numa empresa. A recomendação, como o exemplo do vizinho, consistia em labutar por dois míseros salários!
O camarada, convicto da capacidade e vocação, não deixou por menos. A resposta foi: “- Vou ser um vendedor ambulante! Não trabalho por esse valor! Quero fazer o meu salário!”
A fórmula, depois de bater muito o pé por cidades e ruas, revelou-se acertada. As vendas, em forma de miudezas, viram-se abundantes e lucrativas!
O dinheiro, nas diárias vendas, precisava ser depositado nalguma conta. Um perigo, nos espaços públicos, circular com tão expressivas somas pelas rodovias!
A convivência familiar mudou os ânimos e ares. Os planos e sonhos consistiam em ampliar investimentos, mercados e moradia! A abundância e fartura achegaram-se à família!
O espírito inovador mostra-se uma virtude dos ousados e vocacionados. O cidadão precisa saber das suas reais capacidades e vocações! Uns, com as milagrosas mãos, mostram-se destinados ao sucesso e vitória!

                                                                                          Guido Lang
 “Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.feemjesus.com.br

A dispensa trabalhista


Dois camaradas, num trabalho demorado e judiado, precisaram dar cabo a uma incômoda tarefa. Esta, em boa hora, extrapolou o horário normal de expediente!
O empregado e patrão, numa empresa familiar de entregas, precisaram descarregar o caminhão. O comprador, no interior do mercado, tinha necessidade da mercadoria!
Uma porção de engradados, de forma manual, ganhou a devida destinação. A tarefa consistia em levar as caixas no interior do setor das bebidas!
O contratado, numa altura, cumpriu com sua jornada normal de trabalho. Este, de forma apressada e educada, comunicou o final do horário de expediente!
As necessidades, de atender aos privados compromissos, afastaram-no da labuta! Este, num pré-combinado, não queria fazer nenhuma desfeita à esposa!
O dono, não tendo outra saída, concedeu o direito trabalhista. Ele, a contragosto, obrigou-se a ficar sozinho no encargo da onerosa conclusão!
O encargo, numa aparência de castigo, demorou-se na concretização. O patrão, como chefe e dono, não pode safar-se da obrigação!
Este, ao jovem e moço, externou: “- Fulano! A obrigação sobrepõe-se ao prazer! Quem quer ser abonado e grande não pode submeter-se aos caprichos dos horários”!
Empregados e patrões, em situações, parecem ostentar interesses antagônicos! Empresários e investidores carecem de nortear-se pela jornada das horas no relógio!
Certos encargos não têm como ser postergados. A colaboração e tolerância precisam prevalecer no ambiente de trabalho. Inúmeros labutam por mera necessidade e poucos o fazem em função da realização pessoal!

                                                                                    Guido Lang
 “Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências” 

Crédito da imagem: http://www.marcelinocesar.com.br

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

A galinha do ovo de ouro


Um camarada, na sua desvirtuada consciência, resolveu inovar na colheita. Ele procurou romper o ciclo normal da natureza animal!
O indivíduo, inveterado bebedor de pinga, achegou-se “torto em casa”. Este, com uma fome de cão e em meio à carência alimentar, quis fritar algum ovo!
As três galinhas, da pacata criação familiar, não tinham posto o diário ovo. Elas, de maneira geral, faziam-no depois do meio dia!
Este, fora da sã consciência e numa crueldade ímpar, adicionou pimenta no ânus duma indefesa ave. A ideia exigia a colocação da dádiva de forma imediata!
A infeliz galinha, em poucos minutos, expeliu o fruto da procriação. O cidadão pode degustar o almejado produto e saciar sua excepcional fome!
O problema, nas horas subsequentes, sucedeu-se com a azarada ave. Ela, apesar do belo favor e produto, acabou perecendo no infernal sofrimento!
A burrice, crueldade e ganância eliminaram-na da face terrena! Um belo exemplo daquilo que não se aplica aos indefesos animais!
O idêntico ocorre aos apressados e gananciosos. Estes, em função da imprudência, acabam vítimas da própria pressa. “O apressado come cru”!
A preocupação excessiva, com lucros graúdos e imediatos, ceifa o especial negócio! Uma burrice grande consiste em provocar o auto-prejuízo no próprio bolso!
Os humanos, nas atitudes e posturas, podem revelar-se cruéis com os desprotegidos e fracos! Os animais sofrem na proporção da ganância e ignorância dos donos! O indivíduo costuma resolver um problema e cria logo outro!

                                                                                              Guido Lang
 “Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://www.ifam.edu.br

A anômala solidariedade


Uma migrante, campo-cidade, viu-se com problemas de condução e dinheiro. Esta, moradora doutra comuna, acabou empenhada na calada da noite numa grande cidade!
A preocupação relacionou-se ao retorno à casa. Como encontrar locomoção na ausência de ônibus? O táxi, as suas condições financeiras, possuía “preço as nuvens”!
A senhora, numa esquina, depara-se com algum senhor. Um completo estranho entre os poucos presentes. Este, pelas aparências, parecia ostentar as idênticas origens!
A fulana tratou de conversar e explicar sua complicada situação. O pedido revelou-se da necessidade de alguma ajuda! O camarada, na aparência de boa gente, tratou de ouvir!
O cidadão, outrora outro migrante, passou por situação assemelhada. Este, como cortesia, tratou de levá-la ao seu refúgio. O interessante consistiu em nem dizer o seu nome!
Os dispêndios, com combustíveis e veículo, tratou de absorver do próprio bolso. A extraviada tinha despesas nulas. Ele, como cortesia, procurou não valer da exploração alheia! 
O bem externado multiplica-se e propaga-se em dádivas divinas. A obrigação, para quem pode, consiste em ajudar aos desesperados e necessitados!
Quem nalgum dia nunca precisou duma singela ajuda? O fato de ser anjo revela-se um dom divino! O importante consiste em repassar o bem auferido!
A bondade e solidariedade subsistem aos egoísmos e temores urbanos. A obrigação, do bom e convicto cristão, consiste em ajudar e auxiliar aos próximos. As pessoas bondosas subsistem em todos os ambientes e espaços!      

                                                                                     Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://www.mensageiradapaz.org/anjos.html

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

O desconhecimento do lugarejo


Um munícipe, muito conhecido no meio empresarial e político, ganhou uma nobre incumbência. Este, diante do poder econômico-financeiro, parecia à acertada escolha!
A coligação partidária, como situação, escolheu-o como candidato a prefeito. Este, em função do conhecimento e experiência, parecia à correta escolha dos “caciques do partido”!
As agremiações nanicas, como chupins nos ninhos dos tico-ticos, trataram de apoiar e seguir a determinação da majoritária. Os discursos e falas afinavam as conveniências!
O candidato, no sabor da campanha, deslocou-se ao comício no interior do município. Este, lá nas grotas, desconhecia o lugar exato da concentração partidária!
O político, no caminho, obrigou-se a pedir orientação sobre a localização do lugarejo. Algum eleitor, no comentário junto aos seus, serviu de guia!
O impróprio do desconhecimento, aos quatro ventos, difundiu-se cedo no sabor da campanha. A oposição valeu-se como acirrada crítica! O fato seria um descaso com os locais!
O fulano, nas urnas, acabou levando um vareio de votos. Algum político, com pretensões de ser prefeito, obriga-se a conhecer e reconhecer dimensões e eleitores!
O poder econômico, em momentos, falha na indução dos resultados. A renovação refina o sistema político-administrativo! As mudanças, como anseio popular, mudam caras e procedimentos!
                                                                                      
Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

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O singelo detalhe


A família, depois de anos de economia e sonhos, conseguiu realizar sua ambicionada viagem. O lugar paradisíaco, num recanto natural no litoral brasileiro, mostrou-se a escolha!
A organização, à viagem, sucedeu-se durante uns bons dias. A preocupação consistia em não esquecer nada. O conforto precisava ser auferido e mantido!
Algum vizinho, numa espécie de guarda e segurança, tomou conhecimento do passeio de férias. Este, com plena confiança familiar, ganhou chave e orientação!
A tarefa doméstica consistiu em dar alguma reparada nos cachorros e gatos! Estes, nos vários dias, não poderiam ficar ao deus dará! Alguns tratos viam-se necessários!
A família, depois de uns cinco dias de descanso e lazer, recebeu o imprevisto telefonema. A casa, em função do monitor ligado, originou o sinistro!
O fogo, a partir do superaquecimento, consumiu boa parte do patrimônio! Um vultoso prejuízo monetário. As reformas e restaurações tornaram uma necessidade!
O filho, num descuido, deixou o computador ligado na tomada. O superaquecimento resultou no flagelo. Os pais deixaram de verificar o singelo detalhe!
Os filhos, em função da imaturidade, precisam da orientação e vigilância. Aparelhos ligados, em meio ao desuso, ostentam-se um convite para incômodos e prejuízos. Os singelos detalhes, no desfecho das histórias, fazem uma especial diferença!

                                                                                     Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

O equívoco dos agiotas


Um senhor, com dinheiro e esperteza, imaginou multiplicar valores. O improvisado banqueiro, aos conhecidos e vizinhos, revelou-se um “quebra-galho” de imprevistos!
O cidadão, avesso a legislação, deu-se a incumbência de ceder dinheiro a juros. O numerário, sob a promessa da devolução e multiplicação, cedeu espaço às provisórias!
Os cem, depois de certo prazo, passariam a valer cento e três. A prática, com os honestos, funcionava a contento! O senhor via ampliado os dividendos!
Os caloteiros, como enforcados e oportunistas, mostraram-se motivos de ímpares aborrecimentos! Estes, com mil e uma ausências e desculpas, faziam o maior descaso!  
O capital, numa altura do negócio, assumia ares de incobrável e perdido. Os malandros, em função de alegados imprevistos, safaram-se de cumprir os assinados!
Os poucos três avolumados, dos bons pagadores, ficavam distantes de cobrir os reais valores dos cem extraviados! Os empréstimos revelaram-se cedo deficitários!
As promessas, de pagamento, renovaram-se a cada data de acertos. O dinheiro vivo, no entanto, carecia de aparecer para pagar os devidos capitais e juros!
As promissórias, como malfadados papéis, careciam de maior aceitação no mercado! O dinheiro, em ter e não, revela-se a real diferença entre as pessoas!
A promessa,  de ganhar três com razão de colocar outros cem em jogo, ostenta-se jogo e risco. Empréstimos revelam-se sinônimo de correrias e desconfianças. Quem empresta a amigos e vizinhos cria margem a aborrecimentos e inimizades!
                                                                                           
 Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://www.imagens.usp.br/

O fogo de palha


Um colonial, em meio ao dia ensolarado e seco, animou-se para finalmente fazer uma retardada faxina. Esta, em função duma visita eminente, visava mudar o cenário particular!
Este, junto à esposa e filhos, consistiu numa generalizada arrumação. Os desleixos, por algum imprevisto, acabaram retardados durante semanas!
Os membros, numa espécie de mutirão familiar, improvisaram generalizada limpeza. Os punhados de folhas, gravetos e palhas ganharam o amontoado no descampado!
O esconderijo preferencial dos bicharedos (animais) peçonhentos vira-se eliminado e queimado. Os restos, no meio do campo, deram origem a uma bela e rápida fogueira!
Um fogo ímpar mostrou-se próprio ao material à combustão. Este, em dezenas de minutos, terminou em cinzas os avolumados e inconvenientes entulhos!
O idêntico aplica-se a certos amores e profissões na flor da idade. Os indivíduos, em suas expectativas e sonhos, possuem belos desejos e fantasias!
As coisas, no primeiro momento, parecem tão fáceis e rápidas! O objetivo consiste em conquistar os altos cumes e montanhas das sociedades humanas!
A realidade, a partir dos limitados capitais e conhecimentos, elimina as fantasias e encantos. As conquistas, no cotidiano das práticas, exigem persistente esmero e trabalho!
A vida, antes do imaginado, mostra-se efêmera e transitória. O belo e elegante revela-se oneroso e trabalhoso. A convivência depara com os limites e privações!

                                                                               Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

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terça-feira, 27 de agosto de 2013

O ocasional atraso


Um jovem, numa altura dos estudos universitários, precisou tomar o caminho do estágio. Este, no estudo do curso próprio, acabou deslocado a uma distante cidade!
Vários membros, completos desconhecidos, auxiliaram-no no aprimoramento dos dons e profissão. Os compromissos foram seguidos rigorosamente a risca do receituário educacional!
O estudante, numa oportunidade, precisou realizar mais um dos ofícios religiosos. Este, numa localidade distante e retirada, relacionou-se ao casamento!
O improvisado profissional, nesta exclusiva e única oportunidade, viu-se no atraso de escassos minutos! Um fato impensado, como imprevisto, mostrou-se na vida do jovem!
Este, no deslocamento, demorou-se mais do que o imaginado. O fato, entre os avaliadores, passou como gravíssimo erro. A dedicação e eficiência viram-se questionadas!
O discente, conforme recomendação, deveria refazer parte da aula prática. Ele, de imediato, negou o ato! A solução consistiu em enveredar noutro ramo profissional!
Algum membro, depois de três décadas, comentou o equívoco. A conversa foi: “- Um certo estagiário atrasou-se no casamento. A beltrana e sicrano, como noiva e noivo, precisaram esperar pelo religioso na porta da igreja”!
O ocorrido ficou registrado na história comunitária e familiar! Certos equívocos e males advêm como belo exemplo de aprendizagem! “Deus escreve certo em linhas tortas”!
Um equívoco sobrepõe-se a noventa e nove acertos. As pessoas têm facilidades em gravar e rememorar as alheias falhas! A pontualidade, em quaisquer situações, mostra-se fator essencial de dedicação e eficiência!

                                                                         Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://estudos.gospelmais.com.br

A volatilidade do dinheiro


A inflação, ao longo das décadas, deixa muito trabalhador em maus lençóis. As pessoas, numa época da vida, pensam ter avolumado riqueza!
Um colonial, com avançada idade e enjoado da agricultura familiar, procurou comercializar o patrimônio. Ele, depois da labuta braçal, quis “sentar-se no descanso”!
As terras, plantações, moradia e animais viram-se “passados no troco”. O casal, a primeira vista, pareceu ter ganhado alguma fortuna!
O dinheiro, em parte, foi repartido entre os filhos. Outra metade viu-se aplicado na poupança. O juro, numa ilusão, daria para sobreviver!
O camarada, como manutenção, passou a gastar expressivas somas. Quaisquer artigos, no meio urbano, revelam-se despesas e encargos!
O capital, com acelerada inflação, desacompanhou o ritmo da reposição dos preços. Os recursos volatizaram-se a semelhança do álcool no ar!
O colonial, em duas décadas, ostentou-se literalmente falido e pobre. O dinheiro tinha sumido no ralo. Este, nos dias finais, precisou apelar à bondade e caridade dos filhos!
As terras costumam acompanhar a escalada inflacionária. O dinheiro, como mero papel, escorre entre os dedos das mãos (como a areia seca do deserto). O indivíduo prudente carece de assentar-se em galho seco da árvore.          
                                                             
                  Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

O saber popular


Um senhor, da sua adorada mãe, aprendeu a preparar conservas de pepino. Estas, colocados em quaisquer cardápios e mercados, ganharam a especial aceitação!
O cidadão, numa altura, precisou decidir-se na vida profissional. Ele, com a experiência de assalariado, conheceu as chances limitadas das oportunidades e riquezas!
Este, com a esposa, conversou e pensou numa empresa familiar. Quê começar? Adveio a ideia do especial ensinamento materno. O trabalho, a título de experiência, tomou vulto!
Este, nas sobras das fruteiras e mercados, adquiriu alguma matéria- prima. Outra parcela, dentro das possibilidades, viu-se cultivada na horta familiar!
Os frutos, no espaço da residência, ganharam o segredo do tradicional preparo. O produto, entre amigos e comércio em geral, ganhou a experimentação e venda!
As encomendas paulatinamente avolumaram-se como pedidos. O dinheiro, num singelo capital, possibilitou ampliações. Os investimentos ostentaram-se contínuos!
O resultado acabou na construção de prédio próprio. A empresa, agora com auxílio dos filhos, assumiu ares da diversificação. Os artigos tornaram-se uma referência no consumo!
Os produtos, em décadas, tornaram-se conhecidíssimos nos mercados. A marca, aos consumidores, externava sinônimo de qualidade e sabor!
O zelo, por aquele específico gosto, viu-se continuamente enfatizado! A transmissão, de cargos, chefias e tarefas, mantinha-se uma preocupação para assegurar a sobrevivência!
O modesto e singelo abre perspectivas a grandes conquistas e realizações. Alimentos encontram contínua colocação: as pessoas, em meio às crises, não podem deixar de comer! As soluções, aos problemas, veem-se costumeiramente ao alcance das mãos!

                                                                                   Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

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A pesada mão


O cliente, como de práxis, achegou-se as apressadas compras no armazém da esquina. O procedimento, com o lucro em cima das mercadorias, visa oportunizar o crescimento do estabelecimento!
O horário, próximo ao meio dia, revela-se a razão da tamanha pressa. Os artigos, de última hora, incluem a necessidade de alguma carne!
O consumidor, para o apetitoso e tradicional carreteiro, adquiriu alguma porção de guisado. Umas singelas gramas incluíram-se no bilhete das compras!
O açougueiro, no pronto atendimento, ficou feliz com o pedido. O salário afinal sai das suas vendas! Estas, sendo escassas, resultam em problemas de pagamento no final do mês!
O profissional, num improvisado descuido ou desleixo, esconde aquele velho estratagema. Os clientes, no geral, pedem umas certas gramas ou quilos!
Os pesos costumeiramente ultrapassam os reais pedidos! O açougueiro convive com o constante equívoco. A balança apresenta problemas para cima e difícil para baixo! 
O atendente, com necessidade de vender, costuma enganar-se para cima. Os pesos, de maneira geral, elevam-se aos pedidos dos consumidores!
Os poucos gramas, entre os inúmeros pedidos, fazem excepcional diferença no desfecho do dia, semana, mês e ano. Algumas centenas de animais pagam o “pato” pelo aparente engano!
O comércio, no capitalismo, precisa vender a todo custo. Os lucros advêm na proporção das vendas. O proposital equívoco revela-se artimanha de mercado!
O cliente curtido e esperto pede peso abaixo do almejado. O cidadão cuida dumas artimanhas, porém continuamente caí noutras estratégias. Os negócios, nos competitivos mercados, precisam deslanchar para sobreviver em meio aos encargos!

                                                                                        Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

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domingo, 25 de agosto de 2013

Nome aos bois


Uma funcionária, a mando da chefia, organizou determinado evento comunitário. A dedicação e organização trouxeram o êxito e sucesso!
O público adveio para inteirar-se e ouvir os relatos dos participantes. Estes explanaram experiências e vivências nas inéditas histórias e relatos.
Alguns ouvintes, no final, falaram “valeu a pena em dar-se o tempo de participar”! Noutras oportunidades vamos renovar nossa presença!
Um conhecido, à coordenação, renovou “a rasgação de seda”! Os ecos, das assimilações e elogios, ressoaram pelos cantos e recantos! A fulana, numa eficiência ímpar, sentiu-se feliz e realizada!
O curioso transcorreu em interrogar pelo “nome dos comentaristas”. O parceiro, “escorregadio como molhado sabonete”, saiu-se “na tangente dos detalhes e explicações”!
O fulano, de forma simples e sincera, disse: “- Colega! Nada de dar o nome aos bois! O indivíduo carece de comentar as falas e ideias do beltrano, fulano e sicrano”.
As pessoas, na sua santa ingenuidade, poderão ir para cobrar explicações e satisfações. O cidadão discreto e pacato almeja distância de equívocos e intrigas!
“Macaco velho não mete a mão na cumbuca”! A vida, na sutil educação, ensina lições e tarefas do gênero humano! A prática cotidiana, na convivência comunitária, revela-se nobre e sábia escola!
Os astutos e espertos contornam aborrecimentos e problemas. Os comentários e falatórios, em ambientes de trabalho, revelam-se ardilosos e precavidos. O profissional, a partir das entrelinhas, conhece o gosto e preferência das companhias e parcerias!

                                                                                      Guido Lang
”Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://www.ruadireita.com

A extrema dó


Um comerciante, instalado nas grotas, fazia esporádicas carneações. As miudezas, chamarisco da cachorrada, viam-se descartadas em lavagem aos suínos!
O carneador, diante da astúcia e ousadia canina, passou a ter frequentes invasões. Os animais, das alheias propriedades, afluíam às dezenas nas caladas da noite!
O bicharedo, até a manhã, atacava e revirava o ambiente e recipientes! Um cenário de desorganização e prejuízos! A bagunça via-se instalada!
O vendedor, numa altura, indignou-se com aqueles constantes ataques e confusões. Ele, enraivado e indisposto, pegou alguma graúda pedra!
O artefato, como improvisada arma, viu-se arremessado com ímpar força. A peça, em cheio, acertou a pata dianteira do azarado animal da primeira vizinha. O estrago foi à completa fratura do membro!
O domesticado lobo, com a parte fraturada e pendurada, passava diversas vezes diante do estabelecimento. O cenário via-se de dor e pesar!
O autor e clientes, nas idas e vindas, deparavam-se com a esdrúxula e dolorosa cena! O cidadão, nalgumas noites de insônia em meio ao peso da consciência, lembrara-se da desgraça originada!
A vizinhança, nos seios familiares, comentava e repassava o sucedido! Os desconhecidos interrogavam sobre a autoria de tamanha bestialidade! 
Cuidado! O indivíduo, em meio à extrema fúria e raiva, incorre em concretizar injustos atos. Estes, no íntimo e no transcorrer do tempo, veem-se numa dor imprópria pior do que a própria dor acarretada às vítimas!
Os bichos, de criação e estimação, carecem de culpa pelo descaso e dificuldades dos donos. Os animais, mesmo bem cuidados e tratados, seguem a lógica dos instintos. A vida, nalgum momento e situação, prega-nos inusitadas e ousadas peças!

                                                                                                 Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.casadolabrador.com/PASTOR/Pinicio.htm

sábado, 24 de agosto de 2013

A opção pelo básico


O colonial, depois de suadas economias e penosos trabalhos, resolveu comprar seu carro novo. O desejo, junto a familiares e mecânicos, foi comentado. Sugestões foram solicitadas!
A interrogação, de imediato, foi pelo modelo de veículo. Uns recomendaram o carro espaçoso e potente. Aquele que tivesse apresentação, conforto, força e ostentação!
O comprador, conhecendo a dificuldade de angariar o dinheiro necessário para efetuar a compra, externou sua lição de economia. Este, com bons argumentos, discordou prontamente das recomendações!
Ele, para o restrito uso, queria uma condução básica e econômica. Aquela que atenderia plenamente as necessidades. Nada de maiores consumos e desperdícios!
As explicações foram no sentido da racionalidade. Por que adquirir algum de cinco a seis lugares? Ele, no máximo, precisava de três!
Quatro portas na proporção de não dar caronas! Máquina para trajetos de rodovias controladas e esburacadas! Bagageiro amplo para escassos carregamentos e viagens!
O comprador, junto a familiares e vendedores, foi categórico: “- Interessa-me uma condução básica e econômica. O indivíduo precisa nortear-se pelas necessidades! Os olhos alheios não pagam tuas contas! Por que custear o valor de dois para ganhar meramente um?”
O planeta, com os limitados recursos, não tem como comportar a exuberância dos desperdícios e necessidades. O bom senso revela-se sinônimo de sabedoria! Quem compreende muito de conforto e luxo costumeiramente entende pouco de economia e finança!
Espertos e sábios são aqueles que valorizam o limitado e suado dinheiro. Uns poucos colocam-se frontalmente contra desperdícios e exageros. Os veículos, no discurso comercial e informal, externam gostos, princípios e riquezas!
                                                                                    
 Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://www.tacarros.com.br

A imprópria escolha


Uma família teve uma esperada e sonhada menina. Ela, desde o útero, ganhou aquele excepcional amor e carinho! Uma bênção divina constituía-se no lar!
Os pais, numa altura, precisaram definir-se por alguma denominação. Ela, como futura cidadã, tinha o direito ao registro cartorial. A certidão a tornaria um ente social reconhecido!
O genitor, em função de algum admirável jogador de bola, insistiu numa homenagem. O nome, com aparente indefinição feminina ou masculina, ganhou o emprego!
A fulana, com os anos, cresceu e frequentou a escola. Os percalços, com as contínuas e frequentes confusões, tomaram vulto. Uma menina via-se chamado como guri!
A senhora moça, depois da maioridade, passou a odiar a infeliz escolha. Esta, na prática cotidiana, constituía-se numa “pedra no sapato” (incômodo)!
Quaisquer interrogações ou perguntas pelo nome revelaram-se aquela via crucis. A vontade, em momentos, constituía-se em alterar ou mudar os registros!
O paliativo adveio com a auto-atribuição de apelido! A alcunha, em pouco tempo, substituiu a original denominação! O nome simplesmente estragava o charme e encanto!
Certas escolhas convém analisar e refletir bem antes da definição. A contínua repetência, como o nome no cotidiano da vivência, interfere muito no estado de espírito!       
Nomes comuns e fáceis facilitam a identificação e os relacionamentos. A invenção de modismos carece de funcionar a contento. O nome interfere deveras na auto-aceitação e satisfação pessoal!

                                                                                       Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://www.aprocura.com.br