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domingo, 23 de novembro de 2014

O massivo proveito


O camarada, outrora filho das colônias, adquiriu chácara. O reflorestamento, na encosta, incorreu na necessidade. O eucalipto, no aproveitamento do campo, ganhou preferência. As dificuldades, entre brejos e espinhos, mostraram-se padecidos no plantio.
O indivíduo, no espaçamento, excedeu na dose. A distância, entre plantas, foi questão de centímetros. A cultura, no declive, parecia semeada. O amontoado caiu na proximidade dos inços. A cerrada vegetação, na analogia do panorama australiano, mudou a paisagem.
A exagerada proximidade dava ideia do massivo proveito. O exagero, na ambição do ganho, acabou nas miúdas e raquíticas plantas. O muito, no fracasso, acabou no escasso lucro. O bom senso, em quaisquer atividades e tarefas, precisa advir no elevado emprego.
A realidade revelou: “- Quem almeja colher o tudo, colhe o pouco”. A natureza, nos espaços, incorre nas limitações de contagens e probabilidades. A ganância humana chega a testar a força da mãe natureza. Os humanos, no imperativo do lucro, avaliam os limites.
A prudência, nos afazeres e lazeres, vê-se necessária igualmente nas criações e plantações. Os excessos, no afoito e cobiça, avultam as demoras e malogros.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://radioterrunha.com.br/