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sábado, 30 de novembro de 2013

O mercado dos prazeres


A sicrana, como mera assalariada e separada, possuía dificuldades de concluir a inacabada residência. Ela, bonita e esbelta, valeu-se da esperteza e subterfúgio!
A cidadã, diante das diversas propostas de namoro, inovou com o pedreiro. Ele angariou a divina chance de ostentar a bela dama! O ânimo salientou-se no franco sorriso!
O camarada, como achegado, procurou trabalhar na inacabada obra. O profissional, com conhecimento e habilidade, aproveitou para labutar e investir na obra!
A moradia, em semanas, ganhou ares de mansão. A tarefa, uma vez concluída, trouxe mudanças nos ares e humores do estabelecido relacionamento!
O dedicado trabalhador, na maior surpresa, ganhou “um belo e especial chute na bunda”! Este havia perdido a serventia! A incompatibilidade de gênios fora argumento!
Outro abonado, num premeditado golpe, ganhou a parceria. Os dispêndios interiores, como obrigação, exigiram abrir a mão! As novas compras precisaram ser custeadas!
Os interesses monetários, em quaisquer relacionamentos, assumem ares de negócio. O comércio do corpo sucede-se de inúmeras maneiras no mercado dos prazeres!
As pessoas, de inúmeras maneiras, comercializam os particulares dons. Cada qual precisa saber alguma forma de ganhar a vida!

                                                                      Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Obs.: História narrada por Carlos Alexandre Lang/Bairro Quinze/Igrejinha/RS.

Crédito da imagem: http://fernandamuinhos.blogspot.com.br

O estranho escambo


Os herdeiros, na migração campo-cidade, desentenderam-se no inventário. A questão da herança, sem venda do imóvel, arrasta-se no desacerto e tempo!
O jeito, para ostentar algum proveito, consistiu em estabelecer algum trato com o vizinho. A descendência, a prática de lavoura e pastoreio, cedeu o espaço da propriedade!
Os donos, como benefício, auferiram ganhos e safaram-se da manutenção. Os brejos e matos, em anos, tornariam-se fechados! A derrubada levaria a aborrecimentos e gastos!
O acerto, como inovação, consistiu num escambo. Os herdeiros cedem às lavouras. Os serviços de uso decorrem de singelos ressarcimentos! Trocas diminuem encargos!
O pagamento, conforme as safras, dá-se através de artigos da terra. Os citadinos, a título de exemplo, recebem aipim, carnes, frutas, hortaliças, queijos, verduras...
O fato reduz os dispêndios nas compras dos mercados. O escambo, diante da carência de numerário, atende as necessidades do inquilino e proprietários!
Os vizinhos, regados a frescas águas, revelam-se divina bênção. Quaisquer negócios precisam ser vantajosos às várias partes (caso contrário carecem de sustentação).
Qualquer pedacinho de terra, ao criador e plantador, ostenta ímpar valor de exploração e ganho. No negócio de gringo, quem perde revela-se os cofres do Estado!
                                                  
               Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://come-se.blogspot.com.br