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domingo, 30 de dezembro de 2012

Aristóteles


  1. O prazer no trabalho aperfeiçoa a obra.
  2. A felicidade não se encontra nos bens exteriores.
  3. A cultura é o melhor conforto à velhice.
  4. O homem solitário é uma besta ou um deus.
  5. A vitória mais árdua é aquela sobre si mesmo.
  6. A beleza é a melhor carta de recomendação.
  7. A primeira qualidade do estilo é a clareza.
  8. A dúvida é o princípio da sabedoria.
  9. Ter muitos amigos é não ter nenhum.
  10. Ama-se mais o que se conquista com esforço.
  11. A esperança é um sonho do homem acordado.
  12. A natureza não faz nada em vão.
  13. Todos os homens, por natureza, desejam saber.
  14. O reconhecimento envelhece depressa.
  15. A felicidade é para quem se basta a si mesmo.
  16. Nosso caráter é o resultado da nossa conduta.
  17. O conhecimento é o ato de entender a vida.
  18. O verdadeiro discípulo é aquele que supera o mestre.
  19. Em todas as coisas da natureza existe algo de maravilhoso.
  20. Nenhum obstáculo é grande demais quando confiamos em Deus.
  21. Em tudo  que fazemos, temos em vista alguma outra coisa.
  22. O segredo do sucesso é saber algo que ninguém mais sabe.
  23. O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete.
  24. A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces.
  25. Nunca existiu uma grande inteligência sem uma veia de loucura.
  26. O sábio nunca diz tudo que pensa, mas pensa sempre tudo que diz.
  27. A amizade perfeita apenas pode existir entre os bons.
  28. A felicidade e a saúde são incompatíveis com a ociosidade.
  29. Os bens que provém geralmente do acaso é que provocam a inveja.
  30. O objetivo principal da política é criar a amizade entre membros da cidade.
  31. Se as mulheres não existissem, todo o dinheiro do mundo não teria sentido.
  32. A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las.
  33. Para nos mantermos bem é necessário comer pouco e trabalhar muito.
  34. A sabedoria é um adorno na prosperidade e um refúgio na adversidade.
  35. Sê senhor da tua vontade e escravo da tua consciência.

Fonte: Livros e site da Internet.

Aristóteles (384 a. c. – 322 a.c.), filósofo grego.

Crédito da imagem: http://palavrastodaspalavras.wordpress.com/2010/03/19/de-platao-a-aristoteles-por-alexandre-araujo-costa/

Os periquitos


Algumas famílias coloniais, em meio aos lares, criavam seus papagaios e periquitos (aves da fauna silvestre). Estes, no interior dos matos e roças, viam-se apanhados jovens. Os filhotes melhor podiam ser cuidados e treinados. As preocupações constantes eram as caçadas e ousadias dos gatos. A domesticação, antes do rigor da legislação ambiental (constituição de 1988), mantinha-se prática rotineira. Um mimo, no conjunto das criações e plantações, possuir “algum bicharedo pronunciante” de vozes humanas.
Uma certa família, através dos filhos Afonso e Bernardo, achou um esconderijo (num louro oco, nos fundos da propriedade, no interior da Floresta Pluvial Subtropical/Mata Atlântica). Alguma espécie, olhando-se de baixo prá cima e numa altura de aproximados trinta metros, via-se entrando e saindo do buraco. Os coloniais, de imediato, pensaram tratar-se d’alguma ninhada  de aves (prováveis papagaios ou periquitos).
A dupla de jovens, na primeira oportunidade (após alguma chuva de verão), apanhou a comprida e pesada escada. Percorreu, em meia a estrada de roça, uma enorme distância (carregando o pesado artefato). A dupla, numa altura, achegou-se mato adentro entre árvores, cipós e pedras (numa encosta). Avançaram e enfiaram-se, no ermo, a localizar o tronco.  O propósito obcecado, no interior daquela cavidade oca, consistia em apanhar alguma ninhada de aves (os almejados papagaios ou periquitos). O Afonso, mais franzino, teve a nobre missão de escalar a escada. O Bernardo, mais pesado, de segurar, de forma firme, o artefato. Algum saco, como precaução, consistia para ensacar os inocentes seres/aves.
O Afonso, bastante afobado e curioso, enfiou, na primeira oportunidade, a mão naquele orifício (em meio a excrementos e folhagens). Este, para sua surpresa, escutou um chiado diverso e sentiu uma sensação fofa. Procurou, às pressas, encher e tirar a mão. Apreciou, de imediato, os frutos da ousadia e trabalho. Muitíssimo assustado e surpreso exclamou: “- Bernardo! Aqui tu tens os teus almejados/desejados periquitos!” A mão encontrava-se tomada de morcegos. Podia, num azar maior, ter tido a mão mordida por nalgum bicharedo peçonhento. Ele, em meio a maior frustração, aprendeu outra dura lição de vida: “- O indivíduo, num ambiente ignorado, não costuma enfiar qualquer membro!”
Certos ensinamentos assimilam-se unicamente no peso da decepção ou dor. Algumas tarefas dão um tremendo trabalho e os resultados mostram-se inexpressivos. A natureza, em meio a aparente esperteza humana, esporadicamente aplica algumas boas e únicas. As pessoas tem a tendência de enxergar os erros alheios e não os próprios.

Guido Lang
                                                       “Singelas Histórias do Cotidiano das Colônias”  

Crédito da imagem: http://meusperiquito.blogspot.com.br/2010/09/origem-dos-periquitos.html