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terça-feira, 3 de setembro de 2013

A admirável vocação


Uma família, de tradição rural, ensinou os filhos na vocação agrícola.  O trabalho rural, a diversas gerações, mantinha-se o meio de sobrevivência do clã!
A dupla de filhos, depois de certa idade, tomou os rumos das escolas. A legislação exigia a necessidade de oferecer formação e oportunidade aos rebentos!
Os pais, de maneira geral, fizeram descaso dos reais conteúdos assimilados. O ensino, no entender particular familiar, era obrigação das instâncias públicas na sua administração!
A surpresa, numa altura, adveio com os conhecimentos de um dos moços. Este, na área da informática, obtivera excepcional formação e vocação!
O fulano, mexendo aqui e acolá em aparelhos, tornou-se um exímio profissional. A etapa inicial, a título de ampliar conhecimentos práticos, consistiu em ser mero empregado!
Este, na etapa posterior, constituiu uma sólida empresa. O trabalho abnegado e persistente tornou-o abonado e conceituado! A fama correu cedo o mundo!
As instalações tornaram-se numa referência no mercado da vigilância patrimonial. Os pais admiraram-se dos dons. Eles desconheciam o ramo e nada disso haviam ensinado!
Os filhos, de inúmeras maneiras, surpreendem os pais. Os genitores precisam deixar os rebentos seguirem suas escolhas. Os dons e vocações afloram na proporção do crescimento, desenvolvimento e necessidade!
                                                                         
Guido Lang
 “Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://www.arcauniversal.com

O retorno às origens


Uma cidadã, saída do pacato interior, formou-se numa universidade. A fulana, como inicial estudante e posterior profissional, ganhou a chance do abonado emprego!
O salário, no grande centro, mantinha-se atrativo. Os ganhos permitiam usufruir dos bens do consumo! O poder de compra permitia adquirir os confortos do capitalismo!
A dificuldade diária relacionava-se ao deslocamento. O trânsito, de manhã, levava duas horas de ida. Os congestionamentos, sob quaisquer percalços, avolumaram-se em instantes!
O retorno, no final do expediente, levava outros três de confusão. O engarrafamento, no caótico trânsito urbano, significava aquele custo e estresse ímpar!
A solução, como paliativo, consistiu em repensar a diária sina. A vida, a cada jornada, incorria em riscos de acidentes e assaltos! A mudança, a área central, uma inviabilidade!
A profissional, com o parceiro, voltou às origens. A instalação e trabalho ocorreram na pacata cidade do interior! O objetivo consistiu em ficar mais perto dos familiares!
Os ganhos mantiveram-se menores. A vida assumia ares humanos. As neuroses e temores urbanos viram-se relegadas ao plano secundário!
A tranquilidade ostenta custos! A existência não pode ser desperdiçada em função da questão monetária. Cada ambiente e espaço possuem suas dores e sabores!
O dinheiro nem sempre compensa os impróprios. Cada profissional precisa saber dos interesses e negócios! O trânsito, nos grandes centros, tornou-se um caos e flagelo diário!

                                                                                   Guido Lang
 “Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://www.informezonasul.com.br/?p=16302