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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

A inçada terra


O filho da paragem, na localidade, comprou depauperado e tradicional potreiro. Este, dominado pelas espinheiras, abrigou pobre e socado solo! O pastoreio exaurira os nutrientes!
A solução, no desuso, consistiu em dar descanso à área. O gado foi separado do espaço. A vegetação viu-se livre da intensa comilança. O alento instalou-se no cenário!
Os espinhos, com máquinas, foram arrancados ou ceifados. A tarefa insana via-se penoso trabalho. Acidentes de percurso sucederam-se no desenrolar das jornadas!
O comprador, na exploração econômica, reforçou o reflorestamento. A excessiva umidade favoreceu o crescimento do eucalipto. A adubação reforçou o desenvolvimento!
As tenras mudas, em meia dúzia de anos, constituíram robustas árvores. A privilegiada localização, no centro do núcleo colonial, espelhou magnífica visão sobre a instituída floresta!
Moradores, nos ciúmes e invejas, externaram falatórios e questionamentos. Estes se ligaram ao impróprio aproveitamento do solo. A reserva importunava através das sombras!
O mato compreendia-se como desperdício e roubo de aráveis e planas terras. A exploração de madeiras, por década, inibia a geração de capitais e trabalho assalariado!
As culturas anuais poderiam produzir alimentos e empregos. O local, na época imprópria, despertou escassa atenção. A fartura atiçou cobiças, ciúmes e ofertas!
As dificuldades, nas pacatas localidades, residem nas concorrências e invejas. A alegria e satisfação podem residir no fracasso e insucesso. O cidadão obriga-se a concentrar no foco!
O indivíduo, nos negócios, precisa saber dos interesses. Milagrosas mãos, a arrasada ou estéril terra, fazem brotar maravilhosos frutos!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://portuguese.alibaba.com/

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