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terça-feira, 1 de outubro de 2013

O familiar mutirão


A primavera achegou-se nas colônias! A terra, com maior insolação, conhece a generalizada brotação! O florido estende-se pelos ambientes e espaços!
O pátio, junto à moradia, apresenta aparência de brejo. Os inços predominam nos canteiros! Os gramados mostram-se crescidos!  As calçadas revelam-se invadidas pela terra!
O patriarca, junto à esposa e filhos, convoca uma generalizada faxina. Os membros, sem nenhuma exceção, precisam arregaçar mangas e fazer pausa nas privadas tarefas!
Todos, os cinco membros, dedicam-se as arrumações e limpezas. As tarefas, determinadas ou escolhidas, seguem o critério das forças, habilidades e ferramentas!
Uma oportunidade especial de aprender e mostrar o amor ao lar. Os membros enaltecem o vigor ao trabalho. A necessidade de colaborar no deslanchar das obrigações...
O ambiente, em horas, mudou de visual. O milagre da labuta humanizou outro adverso espaço. O eventual bicharedo peçonhento precisou procurar novo lugar de refúgio!
O princípio reforçou-se: “Onde todos colaboram e trabalham ninguém judia-se”. A contribuição e empenho, no capricho e dedicação, desperta o amor e valorização do espaço!
Nenhum membro, numa família colonial, ostenta-se mero hóspede! O amor e apego, às lidas rurais, assimila-se desde tenra idade com a convivência e prática cotidiana!

                                                                                Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.vocesabia.net

O carisma


Um ancião, muito amigo e parceiro por natureza, achegava-se para conversar e cumprimentar. Os moradores, a longas distâncias, conheciam-no pela gentileza e simpatia!
Um forasteiro, podendo ser seu filho, precisou dar sua pitada. Ele falou: “- Beltrano! Terias dado um especial político! Prefeito, no mínimo, seria o menor cargo público!”
Este, admirado e gentil, respondeu: “Inúmeros amigos e conhecidos falaram dessa possibilidade”! O carisma, digno por vocação, brotava do interior da sua d’alma!
O cidadão, em breves e rápidas palavras, explicou as causas da renúncia. Este, dos aborrecimentos e acusações, queria viver sossegado nesta transitória existência!
A administração pública, apesar dos bons e convidativos salários, revela-se motivo de atropelos e inquietações. “O camarada faz dum jeito e logo outros acham equivocado”!
O seio comunitário, em três oportunidades, elegeu-o como presidente da igreja! O ônus revelou-se acentuado numa pacata instituição! Imagina a gerência da cidade grande!  
O autêntico carisma mescla-se com os princípios de vida. O indivíduo faz continuamente escolhas! Certas cobranças e experiências convêm desconhecer ou ignorar!
A correção e honestidade privam uns de serem homens públicos. A História, sem maiores arranhões ou confusões, permite poucos a inscrever um honroso nome!

                                                                                Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.tribunadaconquista.com.br/