Translate

domingo, 27 de abril de 2014

As necessidades básicas


O filho das colônias fugiu na direção da cidade. A vida urbana redefiniu velhas crenças. Através da compra de domínios, no acumular de bens, deixou de nortear-se no modelo dos ancestrais!
O princípio, de “pão duro” ao extremo, caiu no desleixo. A reserva de patrimônios, no temor dos infortúnios, ganhou reavaliação. “Os tesouros terrenos revelaram-se efêmeros!”
A casa nova, na excepcional localização (em bom terreno), tornou-se preocupação. O pátio amplo proporciona fácil circulação. Os bens duráveis criam facilidades no trabalho!
O carro popular, no básico, encontra-se na garagem. O veículo permite atender as necessidades de locomoção e passeio. Luxos e supérfluos, a princípio, viram-se relegados!
O desejo havia de redimensionar princípios. Os pais, no vigor da idade, trataram de acumular. Instalações e terras, no apego aos tesouros, foram objetivos na existência!
As posses, nos exageros dos encargos, caíram ao desgosto. As pessoas estripam-se no angariar. A manutenção requer “doar o couro”. As posses, no espólio, levam ao “briguedo” (brigas)!  
A solução consiste em satisfazer-se no necessário. Sobras são investidas na formação e lazeres. Os dias, bons e fáceis, ganham a primazia das preferências e preocupações!
A socialização, no capitalismo, decorre da excessiva tributação. A riqueza, na filosofia das reservas, absorve os ganhos e tempo na manutenção!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://3dvm.blogspot.com.br/2010/10/casa-popular-em-parnamirimrn.html