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segunda-feira, 16 de maio de 2016

A aberração


O pedreiro, no emprego, recebe alusões e elogios. As construções, na base ao teto, auferem exato assento. As medidas, na inicial pedra a última telha, acorrem no esquadro. As amostras, no executado de celeiros a moradas, abonam eficácia da aptidão e destreza. O sujeito, na execução íntima, “mora na espelunca”. O casebre, no cerne da linha, expõe feitios de favela. O tempo, na ideação familiar, incide na falta de gerência. O dinheiro, no auferido semanal, aparece consumido e dissolvido nos módicos números. Os vícios, na bebida, fumo e jogo, decorrem na paixão. O ditado, no caso, propõe: “Em casa de ferreiro espeto-de-pau”.

Guido Lang
“Artimanhas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.dn.pt/

O discurso


A docente, em cronista, fadiga no arquivo. A bibliografia, na memória comunitária, afere-se acumulada e resguardada. Os periódicos, em compilações (livros e tabloides), acham-se agrupados. Os milhares, em páginas, atraem zelados na elaboração de artigos e teses. A servidora, no expediente (em escala de horários), descreve dezena de anos. A atuação, na expressão, assinala singular. A leitura, em tomos, despontou nula. Os títulos, na pose pessoal, ficaram estancados nas prateleiras. O exemplo, no hábito da leitura, cai no apego de poucos. As pessoas, na alocução, externam maravilhas e, no exercício, revelam natureza.

Guido Lang
“Artimanhas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://goias24horas.com.br/