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segunda-feira, 13 de outubro de 2014

A alastrada praga


O agricultor, no propósito de mecanizar a lavoura, requisitou maquinário. Pedras e tocos, no empecilho das culturas, ganharam atenção e retirada. A revolução auferiu vulto!
O amontoado, na destinação, acabou deslocado e enterrado. Os tratores, na propriedade de gerações, investiram na moderna agricultura. Uniformização adveio no campo!
Os frutos, nos intensivos e safras, multiplicaram resultados. A surpresa, no indesejado, relacionou-se ao inço. O “presente grego”, no descuido, adveio no bojo do maquinário!
O indevido, na tiririca, acabou introduzido na lavoura. A máquina, na concha e pneus, trouxe indesejados exemplares. A praga, no mansinho, difundiu-se no outrora asseado sítio!
A daninha, no emprego dos reforçados venenos, sinalizou sobrevida. Singelos exemplares, na espécie, mantinham-se ativos. A reprodução acontecia na acelerada conta!
O idêntico, nas ideias e procedimentos, ocorre no ente público. Classes e mordomias, no discurso do direito, criam-se no aparelho estatal. A erradicação confere absoluto dilema!
Certos grupos e partidos, no núcleo do poder (nas gestões), assemelham-se as pragas. As regalias, na remoção, desafiam a legislação. A coletividade, no ônus, priva-se em serviços!
O Estado, na razão de resolver um problema, costuma criar outro maior. Os embaraços, na carga dos muitos, costumam ser o enriquecimento e sobrevivência de poucos!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: https://mbrudna.wordpress.com