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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

A alheia riqueza


O proprietário, no desleixado açude, procurou inovar e repor. O criador procurou reparar a margem e repovoar o ambiente. Dezenas de alevinos somaram-se as águas!
As onerosas rações, com paciência e trabalho, foram lançadas como trato. Os peixes, em semanas e meses, avolumaram peso. O investimento prometia retornos e satisfações!
A surpresa, no imprevisto, sucedeu-se na criação e extração. À distância, residência e reservatório, favoreceram incursões e roubos. As indesejadas visitas somaram-se no lugar!
Os aventureiros, na ausência do criador, valeram-se da situação. Os malandros, à surdina, passaram fina rede. Os peixes, de bom peso, viram-se apanhados e levados!
O desânimo implantou-se no ressarcimento. Os reinvestimentos minguaram no negócio. O deus dará tomou conta do reservatório. A natureza encarregou-se de repovoar!
Os espertalhões, em primeiro plano, preocupam-se em surrupiar o alheio suor. Os instintos primitivos, de caçador e coletor, sobrevivem no subconsciente humano!
As pessoas, no fortuito, possuem disponível tempo. A satisfação de multiplicar e produzir revela-se virtude dos ousados! A malandragem vê-se escamoteado roubo!
Açudes, em chácaras e propriedades, revelam-se sinônimo de aborrecimentos e perdas. O patrimônio, no sucesso alheio, acirra instintos da inveja e pilhagem!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://missalemfoco.blogspot.com.br/

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