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terça-feira, 18 de agosto de 2015

O carecido arranjo


O ambiente, no diminuto terreno, advinha na desordem e desperdício. Os entulhos, em ferro-velho, avolumaram-se no lugar. Os bichos, nas aranhas e répteis, caíam no refúgio. O recinto, na impotência dos imbecis, valia pouco. A cidadã, na locada e transitória residência, ocorreu na primorosa mão. O arranjo, na gama de materiais, produziu ganho e utilidade. A guarda, no espaço ocioso, granjeou beleza e rumo. As modestas frutíferas, no amanho, instituíram alimento e produção. Os canteiros, no alumiado chão, ganharam composição e plantação. Os plantios, em chás, legumes e temperos, atenuaram despesa e enobreceram cozinha. A tarefa, no instante, externou aparência da cancha e noção. A inclinação, no solo, institui diferença. O contexto, no criadouro de insetos, caiu na cantilena do possuidor. A faina, na companhia da informação, promove mutações e insurreições. A terra, aos filhos das colônias, compõe esboço de distrações e ganhos.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://siteficaz.net.br/