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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

A bizarra troca


A senhora moça, na associação e companhia, ficou abismada e desprovida. O companheiro, na achegada da terceira idade, correu simplesmente da casa. A cama, mesa e roupa (lavada), na vida mansa, foram desistidas e renunciadas. A morada, no argumento de “encher o saco”, foi trocada na locação e solidão. O baralho, bebida e tabaco, na graça do livre-arbítrio, avocaram primazia e realização. A podridão, no primeiro instante, advém na alegria e fascinação. O anunciado, na promessa de amor, finalizou contido e renunciado. A realidade, no lazer e prazer, delineia conflito de identidade. As pessoas, na abastança e folga, almejam distâncias das diminuições e exigências. Os consórcios, no clássico “toda vida”, balançam nas compreensões e fundações. As discordâncias, na analogia dos corações, fraquejam no tempo (globalização). As facilidades, na circulação e comunicação, originaram alargamento nas cosmovisões e prevenções. O certo, no duvidoso, solicita confiança nos intentos.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: www.marciafernandes.com.br
Imagem meramente ilustrativa.

O abrigo natural


O sujeito, no conjunto do barulhento e valorizado meio, inovou na paisagem urbana. O amplo terreno, no cerne da cidade (regional), abriga resguardado sítio. A horta, jardim, pátio e pomar, na cercania da morada, convivem na harmonia do asfalto e concreto. As conduções, nas adjacências dos serviços, sucedem em ação de instantes. O assombro, no recanto do sicrano, oculta futura agiotagem (predial). O cercado, na dimensão de meia quadra, transcorre despercebido aos transeuntes. Os pessoais, no usufruto dos acrescimentos, afluem na extensão dos convites. A exuberância natural, no anexo dos “arranhas céus”, advém na espécie de “ilha verde” (no mapa urbano). A imitação, no assimilado das colônias, decorre nas reminiscências e vivências. A capitalização, em décadas de trabalho, admitiram atilada aquisição e mimo. A pessoa, na charada do dinheiro, deve enxergar ensejos nas adversidades. O lugar, na resguardada vida, precisa correr no ardor das aspirações e exercícios.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://mybestwish.com.br/

A boa vizinhança


O microempresário, no módico comércio, acorre atento e cuidado. O pão, nas vendas, afere-se resguardado no suado. Os encargos, em coberturas e exigências, verificam-se demasiados e estáveis. A concorrência, no mercado, disputa clientela na “base do tapa”. A dificuldade, no clima do acirrado consumo, advém em cheques e fiados. O dinheiro, na ação e mão, acode na modesta cifra. O sujeito, na desdita, adota preceito e resignação. As relações, no quadro das desconfianças, arrolam-se no “artifício da boa vizinhança”. As brigas e intrigas, no usual do mundo das afinidades e interesses, ruem abolidas em comentos. O receio, na abertura das portas, aflui no acerto e assalto. Os trapaceiros, na desforra, bolam ações e tragédias. O preferível, em certos débitos, advém no ajeitado resguardo das audácias. A chave, no prévio das vendas, acerta em atar acordos e eleger clientes. A vida, no epílogo, ascende na maior dádiva e importância. A pessoa, no curtido, relaciona-se na multiplicidade de gente.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://blogs.odiario.com/

A pobre alma rica

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O senhor, na avançada idade, acolheu acúmulo e guarida do dinheiro. A ampliação urbana, no original distrito e posterior município, apurou imóvel. As extensões, nas outrora roças, acresceram somas (na analogia do ouro). O ente, em aluguéis, loteamentos e moradas, virou afamado e aforado. As cifras, no tempo, instituíram dividendos. A riqueza, nas analogias (sociais), originou ciúmes, invejas e receios. As amizades, no total, caíram na sobra de dedos na mão. A morte, no ensejo do funeral, externou associação e estima dos amigos. A meia dúzia, em gatos pingados, acorreu ao séquito. Os familiares, no arrasto do esquife (ao último lugar), forçaram-se alocar mão. A ausência, em acessórios, revelou-se marcante e melindrosa. O sujeito, em resumo, assistiu-se deveras rico em dinheiro, contudo muitíssimo desprovido em relações. A grana, na subsistência, apresenta-se indispensável, entretanto carece de significar alegria. As pessoas, no comum, abominam e invejam afortunados e sortudos.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.thebrasilians.com/