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sábado, 24 de agosto de 2013

A opção pelo básico


O colonial, depois de suadas economias e penosos trabalhos, resolveu comprar seu carro novo. O desejo, junto a familiares e mecânicos, foi comentado. Sugestões foram solicitadas!
A interrogação, de imediato, foi pelo modelo de veículo. Uns recomendaram o carro espaçoso e potente. Aquele que tivesse apresentação, conforto, força e ostentação!
O comprador, conhecendo a dificuldade de angariar o dinheiro necessário para efetuar a compra, externou sua lição de economia. Este, com bons argumentos, discordou prontamente das recomendações!
Ele, para o restrito uso, queria uma condução básica e econômica. Aquela que atenderia plenamente as necessidades. Nada de maiores consumos e desperdícios!
As explicações foram no sentido da racionalidade. Por que adquirir algum de cinco a seis lugares? Ele, no máximo, precisava de três!
Quatro portas na proporção de não dar caronas! Máquina para trajetos de rodovias controladas e esburacadas! Bagageiro amplo para escassos carregamentos e viagens!
O comprador, junto a familiares e vendedores, foi categórico: “- Interessa-me uma condução básica e econômica. O indivíduo precisa nortear-se pelas necessidades! Os olhos alheios não pagam tuas contas! Por que custear o valor de dois para ganhar meramente um?”
O planeta, com os limitados recursos, não tem como comportar a exuberância dos desperdícios e necessidades. O bom senso revela-se sinônimo de sabedoria! Quem compreende muito de conforto e luxo costumeiramente entende pouco de economia e finança!
Espertos e sábios são aqueles que valorizam o limitado e suado dinheiro. Uns poucos colocam-se frontalmente contra desperdícios e exageros. Os veículos, no discurso comercial e informal, externam gostos, princípios e riquezas!
                                                                                    
 Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://www.tacarros.com.br

A imprópria escolha


Uma família teve uma esperada e sonhada menina. Ela, desde o útero, ganhou aquele excepcional amor e carinho! Uma bênção divina constituía-se no lar!
Os pais, numa altura, precisaram definir-se por alguma denominação. Ela, como futura cidadã, tinha o direito ao registro cartorial. A certidão a tornaria um ente social reconhecido!
O genitor, em função de algum admirável jogador de bola, insistiu numa homenagem. O nome, com aparente indefinição feminina ou masculina, ganhou o emprego!
A fulana, com os anos, cresceu e frequentou a escola. Os percalços, com as contínuas e frequentes confusões, tomaram vulto. Uma menina via-se chamado como guri!
A senhora moça, depois da maioridade, passou a odiar a infeliz escolha. Esta, na prática cotidiana, constituía-se numa “pedra no sapato” (incômodo)!
Quaisquer interrogações ou perguntas pelo nome revelaram-se aquela via crucis. A vontade, em momentos, constituía-se em alterar ou mudar os registros!
O paliativo adveio com a auto-atribuição de apelido! A alcunha, em pouco tempo, substituiu a original denominação! O nome simplesmente estragava o charme e encanto!
Certas escolhas convém analisar e refletir bem antes da definição. A contínua repetência, como o nome no cotidiano da vivência, interfere muito no estado de espírito!       
Nomes comuns e fáceis facilitam a identificação e os relacionamentos. A invenção de modismos carece de funcionar a contento. O nome interfere deveras na auto-aceitação e satisfação pessoal!

                                                                                       Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://www.aprocura.com.br