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domingo, 19 de maio de 2013

O segredo da boa informação



Um modesto morador, qualquer um entre tantos outros, mantinha uma singela prática. Ele adorava andar informado e instruído dos acontecimentos e fofocas comunitárias.
Os amigos, conhecidos e familiares admiravam-se deste vasto conhecimento. Um doutor, na ciência empírica, via-se formado em anos e décadas. Este dificilmente carecia de saber de qualquer excepcional sucedido. Como poderia andar dão bem culto e esclarecido?
A solução consistiu em observar seus hábitos e práticas. O fulano, com uma amizade ímpar, relacionava-se com todo tipo de gente! Quaisquer arigós ou barnabés ostentavam-se suas companhias e parcerias. Os humildes, sem nenhuma exceção, conheciam-no e mantinham conversação!
Outra mania consistia em tirar tempo para sentar e conversar com o pessoal do ponto de táxi. Os taxistas sabiam dos boatos e fatos. Ele, por alguns momentos, sentava para “degustar algumas cuias e a conversa rolava solta”.
Os motoristas, em função de circularem pelos diversos ambientes e espaços, ouviam comentários e falatórios diversos. Cada qual levava e trazia umas e outras boas! O lugar era o ponto das análises e debates das conjunturas! Os casos e piadas nunca faltariam no cardápio!
Cada cidadão possui suas habilidades e segredos! Os modestos e pacatos cidadãos costumam saber dos sucedidos. Astuto e esperto é quem sabe valer-se do conhecimento e trabalho alheio!
                                                                                             
Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://bloglendario.blogspot.com.br

A diluição dos prejuízos



Um forasteiro, em meio ao descuido da vigilância, invadiu o prédio público. O pretexto de usar sanitários foi justificativa para entrada no espaço.
Os armários e gavetas, numa fração de segundos ou minutos, acabaram revirados e vasculhados. As habilidades do malandro mostraram-se coisas de cenário cinematográfico! Este interessou-se meramente pelo item financeiro!
Alguma carteira, da responsável da limpeza, viu-se localizada e subtraída nos valores. Uns cinquenta reais, de imprópria cortesia, sumiram para alegria e satisfação do larápio. As choradeiras e lamúrias abateram-se sobre a necessidade alheia!
Uns amigos, com razão de diluir os prejuízos (numa vaquinha), reuniram valores. Uns parceiros trataram de ajudar em função das amizades e dificuldades financeiras. A sicrana, com minguado salário, precisaria desses reais à sobrevivência.
O curioso ligou a solidariedade! Poucos “dispuseram-se a abrir mão”. A ideia de socializar o prejuízo agradou a escassos interessados. O fato tivesse sucedido nas vantagens “certamente teria chovido gente!” Socializar as vantagens e privatizar os encargos mostra-se uma concepção corrente!
Alguém tratou de dizer: “- Ajudo uma singela parcela! Nada de ressarcir a totalidades dos valores! A sicrana, numa próxima, precisa aprender a cuidar/resguardar melhor seu dinheiro e pertences!” Muitos e a toda hora, numa cidade, são os pedintes de dinheiro!
A impunidade e a oportunidade fazem a desenfreada ladroagem! O cidadão cuida bastante, porém ainda não se mostra o suficiente desconfiado (em meio à tamanha bandidagem e malandragem). As dores de bolso servem como lamurias e lições de vida!

Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://cabecamalandro.blogspot.com.br