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quarta-feira, 2 de setembro de 2015

A contínua jornada


Os cunhados e noras, na dezena de manos, advêm na conversa e visita. As famílias, no trivial, aproveitam folgas no breve descanso e distração. A educação, na aderência familiar, cultivou ajudas e entrosagens. O detalhe, nas visitas ao beltrano, liga-se ao excessivo trabalho. O morador, na lida urbano-rural, vive apinhado e ocupado no plantio. As tarefas, no horário habitual, incidem na cidade. Os descansos, no extra do sítio, incidem na produção. O efeito, na falta de tempo, cai na fortuita visitação. As achegadas, no serviço, cometem na péssima atenção e conversação. O artifício, na ocasião, sucede na abstinência e desculpas. A visita, na alargada pausa, flui na circunstância. Uns, na concisa vida, lidam como fossem acrescer e viver ultravida. O princípio do acúmulo, na ânsia de comprar e ostentar, aloca as pessoas no aperto e ocupação. O fisco, nas cobranças e saques, degusta-se em ambições e exultações nas produções. A moderação, na alegria do indispensável, incide na diminuição dos encargos e jornadas.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://economia.terra.com.br/