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sábado, 14 de fevereiro de 2015

As expensas do jogo


O cara, na fantasia do jogo, enveredou em arriscar a sorte. As apostas sucediam na miragem da riqueza e “vida frouxa”. A abastança, no casual ganho, aboliria as indigências. O sujeito, no sonho, poderia gastar “sem ficar contando as parcas cédulas e moedas”.
O dito cujo, na capitalização, abocanhou um bucólico prêmio. O valor, no acuado na dívida, adveio na alegria e bênção. O saldo findou no depósito na conta. A minúcia, no epílogo, ligou-se ao excessivo abatimento. O rateio, na tributação, brotou em migalhas do produto.
O negócio efetivo adveio ao benefício do estabelecimento e receita. O banco, no resultado, depositou módica importância. Os dispendidos, ao sortudo, acabavam nos descomunais abatimentos. Os apregoados, na mídia, sobrevinham na “persuasão dos tolos”.
As meias verdades, na aturada propaganda, incidiam nas ladainhas. O objetivo, no real lucro, denegria os empenhos do apostador. O sortudo, no real fruto, jazia no nível acessório. O parco retorno, na ocasional sorte, careceu de cobrir os prejuízos das apostas e tempo.
O artifício, na cavalar diferença, calhou na negação dos jogos. O dinheiro, na natureza do dispêndio, foi designado aos afagos singulares. Clubes, cines, livrarias, lojas, restaurantes, viagens auferiram clientela e lucro. A indevida ciência afugenta confianças e tolhe comércios.
A melhoria e sucesso, na doação divina, sobrevêm na retidão. A sorte, ao beneficiário, acompanha na dimensão da invenção do ensejo. O jogo limpo, na clara ciência, advém na beleza e nobreza do gênero humano. A pessoa sucede em ser arquiteto do próprio destino.
As meias verdades, no engano dos ingênuos, conduzem ao esquivo dos afeiçoados. “Melhor um passarinho na mão do que milhares a voar nas alheias mãos”.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://reconciliacioncuantica.com/