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terça-feira, 25 de novembro de 2014

A excêntrica filmagem


           O filho das colônias, na condição de migrante campo-cidade, instalou-se na periferia. O esparso solo, no limitado chão urbano, levou a utilização do descampado. A plantação, no capricho e organização (na cebola), tomou forma no contraste do asfalto e concreto.
            O milagre da terra, na força da criatividade e trabalho, fez brotar magníficos frutos. O diferencial, no conjunto do agrupamento, apareceu notório exemplo. Os olhos, na plantação, instituíram eventual interesse de consumo e saque. O ardil incidiu em conseguir segurança.
            O detalhe, na inibição da apropriação indébita, relacionou-se a garantia. O artifício, na engenhosidade, mostrou-se fruto da experiência e inteligência. O escrito, em salientes letras (no aviso), acabou alojado no viveiro. O letreiro exibia: “- Parabéns! Você está sendo filmado”.
            A realidade, na antecipação de ocorrências, inibiu aborrecimentos e invasões. Os abusados, no propósito, repensaram ações e vontades. A dificuldade, no espaço coletivo, consiste em vigiar patrimônios. A inteligência, no contíguo dos humanos, marca os indivíduos.
            O denodo, na afeição e trabalho, transluz nos produtos. Avançados juízos, no exemplo e exercício, perpetram diferenças nos semelhantes.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://hdw.eweb4.com/search/camera/

A esdrúxula analogia


             A sicrana, nas inúmeras buscas e ensaios, cai no desapontamento e frustração. A fadiga, no conjunto do abatimento, instalou-se no dolorido e gozado corpo. A dificuldade, na qualidade de senhora moça, relaciona-se a cara metade. A busca sucede no inútil.
            O desejo, na classe de comparte e sócio, advém em fazer um chá (no mal estar), dividir recinto (na intimidade), partilhar vivências, tomar tempo (às conversas)... Um sujeito, no passeio e trabalho, incute o anseio do retorno à morada. A qualidade, na vida, entra no gosto.
            Os parceiros, no malogro, abusaram da confiança e vantagem.  Os ensaios, na eleição, avigoraram a frustração. A esperança, no achado do encantado príncipe, carece de abrandar. A vida norteia-se na devotada busca. O acaso, na súbita fortuna, advém no inesperado.
            A relação, no pessoal, liga-se ao protótipo do carpete. Os homens, na prática coloquial, abarcaram o feminino. O tapete, no uso, viu-se desdobrado. Os fulanos, no asseio dos pés, abusaram e chacotearam o bem. O apuro adveio no agudo batido. O velho incidiu no descarte.
            As relações sociais, no contexto da aglomeração, sucedem na amizade e aventura. Os próximos, nos muitos exemplos, externam desencanto e truculência aos íntimos.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.mensagenscomamor.com/frases/minha_cara_metade.htm