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segunda-feira, 29 de maio de 2017

A inversão do expediente

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O vendedor, em morador urbano, rompeu na usual rotina (de trabalho). O sujeito, em horários nobres (próprios ao labor), conserva-se enfurnado (na cama e casa). A circulação, em público, aflui na total negação. A conduta, em “feitio de medo”, exterioriza presunções. As exposições, no eventual, contemplam-se na varanda (da morada). A cátedra, no desenlace da tarde, avulta movimentação e preocupação. O ente, na penumbra, vaga na competição e operação. Os motoristas, em belas conduções, buscam escambo e produto. O contato, no plausível, calha de ligações. As relações, em instantes, advêm em disfarçadas trocas. O expediente, no externo (atravessa noites), ocorre na esquina (em agitada rua). Os residentes, na ausência de contratempos, bancam vistas grossas. O ilusório profissional, em aberração de desempenho, distribui ilícitos. A drogadição, em negócio, abastece clientela. O submundo, no extermínio e roubo (no ardil econômico), abarcam abundantes serviços e rendosos negócios.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: www.alemdaimaginacao.com

A inconveniente troca

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O tolo, em filho das colônias, acolheu convite (do chamego e folia). A família, em esposa e filho (menor), foi abdicada (no domicílio). O convívio, em brigas e problemas, conduziu na aventura. A mulher moça, em jeitosa dama, externou carinho e namoro. A farra, na extensão da grana, nutria-se em alegria e associação. O sujeito, na economia (de duas décadas), torrou no singular ano. A festa, no embalo do convívio urbano, dirigia na exclusiva cobertura. Os bens, no divórcio, foram repartidos e vendidos. O auferido, em novel relação, consentiu dispendido. O namorido, na nova junção, estendeu-se na extensão das posses. O chute, na bunda, adveio na dimensão da falta de grana. O contragolpe, no retorno às origens, conduziu na morada de favor (em mano). A família, em original, recusou achegada e guarida. A roupa, no corpo, afluiu na exclusiva riqueza. As aventuras, no banal, demandam grana e tempo. Os bocós, na ação e sorte (dos ladrões), merecem jus a um Pai Nosso.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: http://ler-ler-e-escrever.blogspot.com.br