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quinta-feira, 22 de maio de 2014

O touro comunitário


O especial touro, na tradição oral, ganhou função comunitária. Os coloniais, de longas procedências, afluíam com as vacas em cio. A multiplicação era necessidade e obrigação!
O objetivo, na evolução, consistia em criar belas e selecionadas crias. O trabalho, nos primeiros anos, primava pelos terneiros. O bicho via-se nobre exemplar dos machões!
As coberturas, nos bons resultados, levaram a reivindicação comunitária. Os desabonados produtores, no temor da superação, apelaram à autoridade e erário municipal!
A reivindicação, na despesa pública, consistiu em comprar o excepcional animal. O macho, após aprovação dos distintos vereadores, acabou comprado na incumbência! 
As coberturas, no ente coletivo, mostraram-se minguadas. O mandatário, na curiosidade, dirigiu-se ao touro. As explicações, no baixo desempenho, viram-se necessárias!
O animal, curtido nos direitos e instruções, externou: “- Senhor prefeito! Tornei-me servidor. Chega de matar-se no trabalho judiado e oneroso da iniciativa privada!”
A existência mansa, no ganho certo, tornou-se a despreocupação e sina. A vida, na imitação da ficção, ensina experiências. Os contribuintes, no público, adoram “uma boquinha”!
Descaso e desleixo criam má fama. As pessoas, na necessidade do dinheiro, desdobram-se nos ganhos e rendimentos!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://colunas.globorural.globo.com//blogdotiao/2012/10/29/touro-backup-600-mil-doses-de-semen-vendidas-recorde-absoluto/