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quarta-feira, 31 de julho de 2013

O sol nasce para todos


Um camarada, na cidade grande, precisou encontrar um meio de subsistência. As escolhas, na área de serviços, mostraram-se diversificadas e variadas!
O fulano, alheio às jornadas pesadas e suadas, escolheu em percorrer esquinas e ruas. Este adorou estar livre e viver em contato com as pessoas!
As neuroses e temores ligaram-se ao enclausuramento no chão de fábricas e linhas de produção. A ideia, em resumo, consistiu em inventar o próprio “ganha pão”! O camarada, como ambulante, procurou vender a sorte grande. Os locais sucediam-se nas tradicionais esquinas e estacionamentos.
Ele, com porção de cartelas em punho da Loteria Federal, encontra compradores. O segredo, para angariar clientes, consiste em estampar a numeração das placas dos veículos!
O motorista estaciona e verifica as cartelas correspondentes a placa. O indivíduo, não querendo deixar passar a sorte (“cavalo encilhado”), adquire parcelas dos sorteios.
Os ganhos, como renumeração pelo serviço, advém das comissões. Os dividendos carecem de deixar rico, porém permitem uma satisfatória subsistência.
Outros vendedores, lá adiante, enveredam no idêntico negócio. Eles, noutros locais, necessitam arriscar e conquistar clientela (fazer o seu lugar ao sol). Espaço há para todos!
A invenção de profissões, na área dos serviços, revelam-se fato corriqueiro nas grandes cidades. Uns ganham a vida na proporção da dedicação e esforço. A criatividade e esperteza, externada nos negócios, facilita a sobrevivência!

                                                                                  Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://wp.clicrbs.com.br

A montanha da vida



O indivíduo, na odisseia de oito a nove décadas, pode comparar a vida. Esta, a semelhança duma montanha, apresenta a subida e descida!
A primeira, num contínuo elevar, inicia com o desabrochar da nascença e estende-se até os aproximados cinquentas anos. A fase, como uma constante festa, mostra-se a época da força e vigor!
O cidadão, na progressiva escalada, acha as coisas uma brincadeira e diversão. As energias, depois duma ceia reforçada e noite bem dormida, encontram-se rejuvenescidas e revigoradas. O período revela-se próprio as aprendizagens, conquistas, façanhas...
A segunda, na proporção da achegada ao cume, sucede-se depois de meio século. O indivíduo, de forma acelerada, inicia a permanente descida. As dores, estresses, neuroses e patologias revelam-se de forma acentuada e frequente!
O indivíduo, com o corpo dolorido e requebrado, encaminha-se ao desfecho. O período, junto aos filhos e netos, ostenta-se próprio aos ensinamentos, histórias, repousos... A consciência aponta análises e avaliações dos acontecidos e trajetória!
O curioso, sem maior esforço, relaciona-se a saúde: qualquer santo ajuda rumo ao caminho derradeiro! O tempo final transcorre ainda mais adoidado! Aconchega-se, mais ou menos hora, em que qualquer dia mostra-se uma bênção e conquista!
O indivíduo, na velhice, pode esquecer a ideia de querer acumular e conquistar patrimônio. Os períodos, nas diversas fases, ostentam suas dores e sabores! Felizes daqueles, com inteligência e sabedoria, conseguem da vida fazer uma festa e obra-prima!

                                                                                     Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Obs.: História narrada por Annilda Strate Lang (1927-2007), Teutônia/RS/ Brasil.

Crédito da imagem: http://www.papeldeparede.fotosdahora.com.br