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domingo, 10 de maio de 2015

A acessória mãe


O curioso, na apontada casa, achega-se no acaso e milagre. A aclamação (mãos), no habitual urbano, anuncia achegada e chamado. A interrogação, no caminho, foi da localização da morada. Os vizinhos, na elegância e préstimo, versaram em orientar direção.
A idosa senhora, no conjunto do refinado horto, desponta para averiguar. A fulana, no instante, esteve absorvida e encantada na compleição. A reação, na aparência do sujeito, foi no sentido de inacreditar no visto.  A alocução, na saudação, caiu do andante identificar-se.
A réplica, no inimaginado e natural, foi de “rasgar o coração”. As partes, no baque, advieram nos abraços e beijos. A anotação saiu: “Como poderei ignorar a quem acudi e banhei a bunda como nenê?” A passagem, nas recordações, “desenterrou velhos entes e eventos”.
O tempo, em cinquenta e seis anos, havia decorrido no ignorado e separado. Os relatos, na tradição oral, jaziam incógnitos no perpassado familiar. A acessória mãe, na ciência dos acontecimentos, fora reconstituída nas afinidades. A reaproximação incidia no prodígio.
As conversas, nas envelhecidas analogias, seguiram fruto e vulto. Os minutos transcorreram mágicos e sublimes. As semelhanças, no parentesco, incidiram nos aspectos e indiscrições. A jura, na precoce ocasião, consistia em assentar e conversar de delongado feitio.
As mães carecem de esquecer a quem ajudaram a abonar essência. O sujeito, na fartura das vivências, ignora a gama de ocorrências.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.maetogravida.com.br/