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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Vencerás

  1. Não desanimes.
  2. Persiste mais um tanto.
  3. Não cultives pessimismo.
  4. Centraliza-te no bem a fazer.
  5. Esquece as sugestões do meio destrutivo.
  6. Segue adiante, mesmo varando à sombra dos próprios erros.
  7. Avança ainda que seja por entre lágrimas.
  8. Trabalha constantemente.
  9. Edifica sempre.
  10. Não consintas que o gelo do desencanto, endureça teu coração.
  11. Não te impressiones com as dificuldades.
  12. Convence-te de que a tua vitória espiritual é construção para o dia-a-dia.
  13. Não desistas da paciência.
  14. Não creias em realizações sem esforço.
  15. Silencia para a injúria.
  16. Olvida o mal.

(Fonte Almanaque Iza, ano 1996, pag. 15)

Segredos das Espécies


    Atentas observações e reparações revelam segredos!
   Os colonos, nos primórdios da colonização, adoravam andar pelos matos e terras. Os passeios, como pausa, faziam-se nos intervalos dos trabalhos da lavoura. O objetivo, além de respirar um ar puro e fresco, consistia em inteirar-se dos espaços (para apreciar o patrimônio ambiental existente nos lotes). Queriam, como exemplo, conhecer acidentes geográficos, animais de caça, árvores centenárias, quedas d’água, potencial agrícola, regimes de cursos fluviais...
    Segredos do hábitat natural, nestas idas e vindas, viam-se desvendados. Observaram o comportamento de espécies e, em cima, disso constituíam a lógica agrícola e tomavam resoluções. Pode-se, como exemplo típico, narrar uma história sobre abelhas. A espécie, no interior da Floresta Pluvial Subtropical/Mata Atlântica vivia fazendo ninhos no interior de troncos ocos e fendas de pedras. Os coloniais repararam um detalhe sobre a preferência da espécie selecionada: canela pinho. Outros troncos também abrigavam, porém como primazia optavam por essa madeira. Os colonos apicultores cedo estabeleceram um princípio apícula.
    As caixas, para abrigar as colméias, deveriam ser construídas, para o manejo melífero dessa espécie. Ela, nas suas tábuas, tinha um cheiro próprio e do agrado dos insetos. O fator ostentava-se num empurrão ao êxito produtivo. Volumosos troncos, extraídos de forma manual da floresta própria, tomaram o rumo das serrarias. Os materiais de abelhas, a partir desse momento, recaiam sobre esse recurso natural; caixas e sobrecaixas viam-se fabricadas de forma artesanal/manual  pelos criadores/domesticadores. A abundância do mel, a partir da domesticação selvagem, cedo tomou corpo nas colônias. Os celeiros de produção, típicos das comunidades, mantinham sua razão de ser e não decorriam da mera casualidade. As descobertas, no seio da convivência comunitária, cedo viam-se compartilhadas e seguidores “surgiam a beça”.
  Situações outras ocorreram para conhecer a riqueza de espécies. As madeiras ganharam funções específicas/nobres no interior das propriedades. Os colonos carpinteiros, deparando-se com as características, definiam sua utilidade. Chamou-lhe atenção à fartura e riqueza de recursos! O produto vegetal, nos começos da colonização, carecia de maior valor econômico e o desperdício, com as queimadas, mantinha-se realidade corriqueira. Descobriu-se, como normal geral, que quaisquer madeiras tinham alguma excepcional qualidade para algumas finalidades específicas.
  O idêntico aplica-se ao cotidiano da existência: observações atentas revelam segredos dos empreendimentos. Estes, uma vez conhecidos/estabelecidos, levam a tomar iniciativas à concretização de projetos e sonhos. As entrelinhas, do conhecimento, indicam profissionalismo e fazem a real diferença nos negócios e trabalho.

                                                                       Guido Lang
                                                            Livro Histórias das Colônias
                                                 (Literatura Colonial Teuto-brasileira)

Crédito da imagem: http://vidareal.wordpress.com/2008/03/