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sábado, 18 de maio de 2013

Uma anômala visita


Um morador, durante semanas, fez sua esperada e sonhada viagem ao Brasil Central. Uma necessidade imprescindível, como esclarecido e informado cidadão, consistiu em viajar nesta país continente!
O beltrano, numa viagem de Kombi (nos idos de 1970), pode percorrer centenas de comunidades e milhares de quilômetros. O objetivo consistiu em conhecer lugares diversificados e variados tipos de gente. A visita, a alguns espalhados parentes, incluiu-se no roteiro da viagem!
Este, na proporção da achegada nas comunidades interessadas, mantinha um ímpar comportamento. O conhecimento e a pesquisa, de quaisquer lugarejos começava pelos cemitérios. Uns lugares, na maioria das vezes, rejeitados pelos forasteiros!
As informações, como aberto livro, encontravam-se inscritos nas pedras dos jazigos. Ele, em síntese, queria saber com que gente se encontraria! As leituras, como curiosidade, confirmaram-se na convivência e relacionamentos!
Os dados, a título de exemplos, ligavam-se a confessionalidade, crenças, datas, origens, procedências, riquezas, sobrenomes... As inúmeras informações, inscritos nas lápides, davam a ampla e geral noção do conjunto dos habitantes.
O visitante conhecia um singelo detalhe dos naturais. A consideração e respeito dedicado aos seus entes finados! Os cuidados ou desleixos expressaram o nível cultural e econômico das muitas e variadas famílias. Uns clãs ostentavam acentuado capricho e outros, em contrapartida, extremo descuido!
Cada louco possui suas crenças e manias! O indivíduo procura fazer suas leituras dos acontecimentos e realidades. Quê para uns mostra-se claro absurdo, para outros ostenta-se extrema sabedoria!

Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://cidadesaopaulo.olx.com.br

A anômala competição



Um grupo de familiares, numa festa de virada de ano, reuniu-se à tradicional confraternização. A cervejada, no ambiente festivo, rolava em dúzias e engradados. Uns participantes, como não podia deixar de ser, passaram cedo da cota de consumo!
Dois bêbados, diante da plateia e torcida, improvisaram uma anômala competição. Ela, por alguma dúzia de cerveja (como aposta), versava em fazer o idêntico à concorrência.
O primeiro improvisava tarefas e o segundo refazia-os de forma instantânea. Algum árbitro, de comum acordo, foi nomeado (para desfazer eventuais dúvidas e regras).
Os atos, numa sequência, foram: 1) atravessar a nado o açude; 2) correr adoidado moro acima; 3) incursionar pelo pomar...  A quarta tarefa ficou de ver navios!
O local, das frutas, continha uma comunidade de abelhas. O primeiro, num ato apressado e repentino, alevantou a tampa da caixa. Este, de imediato, sumiu-se entre o arvoredo. O segundo, conforme a regra da brincadeira, aconchega-se para refazer a tarefa.
Os insetos, numa ferocidade ímpar (com a mexida), encheram o lombo de ferroadas do segundo. Ele simplesmente careceu de cumprir o combinado. A obrigação consistiu em pagar a dúzia. As gargalhadas foram à diversão do dia! A história ficou resguardada nos anais dos relatos familiares!
As competições atiçam e cativam o gênero humano. As pessoas bêbadas improvisam absurdos e incorrem em riscos. Quem já não entrou em umas e outras frias?

Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.frutifique.com.br/