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terça-feira, 8 de dezembro de 2015

A lembrança dos fatos


O rural, na impensada propriedade, acorreu na capacidade e oferta da compra. A dezena, em hectares, acabou adquirida no peso do ouro. O afetuoso, na abundância de água e privilegiada localização, entraram no investimento e elevaram importância. O lugar, na qualidade de patrimônio (familiar), dispendeu as economias (em anos de jornadas). As insônias, no débito, acresceram somas (em função de imprescindíveis empréstimos e juros). O imóvel, no ajustado, absorveu sangue e suor. O comprador, no inicial ato (posse), debruçou-se no singelo artifício e marco. A figueira nativa, na adjacência do pátio, viu-se escolhida e implantada. A árvore, no magnífico encanto e espectro, aponta avigorar lembrança dos fatos. A dificuldade, no abuso da aspiração e consideração, incidiu no ônus da aquisição. A planta, no ciclo das gerações, assegura resistir na recordação. A tradição oral, na coexistência, narra e reafirma vivenciado. As insígnias, na herança familiar, sedimentam afeições e apegos.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://virusdaarte.net/