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quarta-feira, 6 de maio de 2015

As memoráveis moradas


Os pioneiros, alocados nas encostas dos morros e vales da selva, caíram na derradeira dificuldade das propriedades. A massiva faina, na instituição dos pastoreios e roças, incidiu na inicial obrigação. As edificações, em galpões e moradas, adicionaram-se nos dilemas.
A minúcia, nas deficiências, transportou ao comum emprego dos recursos. As argilas, madeiras e pedras, em materiais, caíram no aturado proveito. O rústico, na faina braçal, ocorria no arranjo e manejo dos artefatos. As disseminadas rochas auferiram estima e locação.
O curioso, no amontoado de seixos, ligou-se as acanhadas unidades. Os basaltos, nos estirados (lavras e matos), saíram apostos nas instalações. As bases, na destreza, deram origem as memoráveis moradas. Os porões, em guardados, auferiram expressão e serventia.
As brutas peças, no grosso modo, foram medidas e polidas na conveniência. O caso, na derradeira humildade, induzia ao embaraço. A disponibilidade financeira, nos anos subsequentes, conduziu na coberta do reboco. O alvo era submergir os vestígios da indigência.
Os tempos, no decurso das proles, redimensionaram começos. O antigo e rústico, nas ondas das modernizações, mostrou-se redescoberto. O rebocado aprontou retirado. O original, na voga, viu-se revelado. A informação, no esmero dos pioneiros, adveio no encanto.
A exposição, na extrema ciência e eficácia, externa evolução das épocas e dos espíritos. As majestosas ações, na modéstia e técnica, conduzem a admiração e consagração.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_Ambi%C3%AAncia_Casa_de_Pedra