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domingo, 2 de agosto de 2015

O redobrado embuste



O roceiro, no armazém, deparou-se na companhia do atilado vendedor e viajante. A conversação, no minuto, tomou apreço e atenção. O rural, na aversão da arrogância, procurou medir informação. A mentira, na demandada meteorologia, viu-se impregnada na estação. O reencontro, em póstumos meses, ocorreu no igual recinto. O ambulante, no enlaço, almejou retribuir indevida cortesia. O morador, na ciência singular, desconversou: “- Desculpe-me parceiro! Hoje, na conversa, careço do tempo! O irmão acha-se acamado! A qualquer tempo parece abandonar a vida!” O sujeito, no afoito, tomou porta. O visitante, na achegada e relato do taberneiro, relatou ocorrido. O sujeito, na aclaração, proferiu: “O cara nem sequer tem mano. Aplicou-lhe outra distinta lorota”. O confrade ficou estabanado: “- Inconcebível! Acreditei noutra conversa. Preciso reconhecer competente burrice”.  O conto, no relato, decorreu nas colônias. O sujeito acha-se astuto, porém descobre alguém sempre mais esperto.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://rio-de-janeiro-br.blogspot.com.br/

A volatilização empresarial


A urbe regional, na história, divulgou-se excelência na atividade. O couro, no calçado e curtição, instituíra próspera e sólida indústria. As firmas, nos calçados e curtumes, pipocavam aos quadrantes. O empreendedorismo, na mão de obra barata, atraiu gama de forasteiros. As vilas, nas periferias, disseminaram-se nos sítios. A afluência, na dilatação urbana, induziu melhoras. Os trabalhadores, no aparelho, criaram sindicatos. As aguerridas correntes, na analogia de partidos, tomaram lugar e poder. Os embates, nos dissídios salariais, tornaram-se duelos e praxes. As reposições, na cobiça do fisco e inflação na economia, foram dilema. As empresas, no paredão, foram ordenadas nas intermináveis requisições. Os patrões, na saia justa, foram acusados e alocados. O desfecho, nas décadas de ação, traduziu-se em falências e transferências. As associações, no epílogo, ficaram no exclusivo e quebra. A anexação, no patrimônio, sobreveio as centrais. O bom senso, entre clientelas, empregados e patrões, precisa dominar nas acepções trabalhistas.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://ultradownloads.com.br/

A temerária direção


A fulana, chefa imediata, mandou persistir na tarefa. A pesquisa, na consulta bibliográfica, advinha no cargo e obrigação. O sicrano, no calejado da manha, expôs a contradição. A alocução, na noção do exercício, versou: “- Primeiro finaliza a tua digitação e daí repassa para mim o original conteúdo”. A afoita, na alienação da chefia, almejou abonar cômoda vadiagem. O difícil, no próprio descaso, reside em instituir eficácia. O ente público, na gama de diretores, incide no problema em motivar crédito e modelo. Os servidores, no bem coletivo, assentam-se senhores momentâneos dos empregos e recintos. A atribuição, na casta de dirigente, “cheira no abuso e insulto”. Os comandos, nos conchavos partidários e limites do erário, conferem-se dispendiosos e efêmeros. O exemplo, na confiança e respeito, convém partir dos mandos. As pessoas, na ciência, expressam-se incomuns em cobrar obrigações e desleixar nos encargos. Os exemplos sobrepõem-se ao conjugado de palavras.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://ultradownloads.com.br/