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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

A bizarra penitência


O moço, na baixa instrução, guia-se no exame dos estranhos. O sincretismo místico, na variedade de religiões, advém como norte. As confusões, na diversidade das aclarações e avaliações, regeram no peculiar. A lorota, no “emprego de arapuca”, assumiu exercício.
O sujeito, no itinerário de aproximados quinze quilômetros, caminha carregado na estrada. A marcha, nas costas, acontece na singular carga. Os estimados trinta quilos, no saco branco, sobrevém num terço do peso do corpo. A demasia, no esforço, acomete os olhares.
O carregador, na fadiga e suor, acaba parado no meio do trajeto. A vizinha, na exagerada curiosidade, estranha as lamúrias e transpirações. A substância apresenta-se verificada. O espanto e surpresa, no inesperado, sobrevêm no carregamento de pedras.
Um religioso, metido na ciência do verbo divino, impingiu a penitência. As iniquidades, no diário e variado dos ambíguos, sucederiam diluídas (na dor e esforço). Os seixos, na marcha e peso, induziriam meditação e pagamento. As árduas forças direcionadas aos parcos fins.
O trabalho espontâneo, no benefício ao carente e próximo, acabaria seguramente em melhor efeito e obra. O bom senso necessita decorrer na gama de atividades e obrigações. Uns procedem no rumo de estonteados. A tolice, na abjeta formação e reflexão, carece de limites.
A inteligência e nobreza transluzem no preceito dos artifícios. A prudência necessita ser abonação e direção.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://gruporuah.com/