Translate

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

As cisternas financeiras


Uma família resolveu mudar-se no interior do lote colonial. Ela, dos fundos da propriedade, mudou-se próximo a estrada geral!
As facilidades de acesso possibilitariam uma série de conveniências. A instalação de luz, facilidades de escoamento da produção e os passeios ágeis foram causas da transferência.
O problema maior, no comprido e estreito lote, residia na carência de água. O líquido, na ausência duma fonte natural, levou a improvisações e investimentos!
O conhecimento humano, na ausência das caixas d’água, precisou pensar e inovar! Criar alguma solução esperta e viável diante da adversidade da carência natural!
O jeito, com a ausência do encanamento da rede comunitário, consistiu aproveitar as intercaladas chuvas. As onerosas cisternas, como sólidos reservatórios, foram edificadas nas instalações e moradia!
O sistema, por uns bons anos, funcionou a contento. A criação da rede comunitária levou a aparente aposentadoria das instalações. As reservas, diante dos eventuais problemas na comunidade de água, mantêm-se valiosos complementos e socorros!
O idêntico aplica-se a sabedoria financeira. A poupança, a semelhanças das cisternas, vêem-se criadas no período das bonanças. Os depósitos, na época das vacas gordas, suprem o tempo dos meses das vacas magras (estiagens).
Algumas reservas mensais, guardados nas cisternas das poupanças, mostram-se prudência às intempéries da existência. Os valores, salvo necessidades inadiáveis, revelam-se um capital inexistente!
Um colchão d’água, como reservatório no cotidiano das despesas, ostenta-se economia, prudência e sabedoria. Um fundo de reserva, às distâncias e madrugadas, evita engrossar filas dos pedintes e usuários nos serviços públicos. A velhice serena e tranquila, no caminho do inadiável infortúnio, requer o socorro das cisternas financeiras!
                                                                                            
Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:  http://ultradownloads.com.br/papel-de-parede/Barra-de-ouro/

O chamado da praça


Um educador, numa praça central da grande cidade, caminha de forma descontraída. Ele, tendo por hábito a pontualidade, preocupa-se com o horário de trabalho!
Um elemento, num estranho trio, chama-o: “- Oh professor! Como vai?” Os dois colegas, parceiros do grupo, dirigem o cumprimento e respeito na direção do pedestre!
O profissional, num impulso repentino, não deixa por menos! Aproxima-se e estende a mão! A admiração e espanto advêm do estado daquele ex-aluno e jovem!
Um moço, com idade aproximada dos vinte e cinco anos, encontra-se chapado e topado. Ele, nem um segundo sequer, descuida e larga o improvisado palheiro!
A doação revela-se completa ao vício! Uma impotência generalizada, com olhos avermelhados e fundos, direciona o jovem velho a continuar na autodestruição!
A profissão, como esperança de continuação e ocupação, liga-se as pinturas de grafite! Alguma sugestão, por procura de auxílio e tratamento, foram certamente em vão!
O antigo mestre ficou numa dor e mal estar: “preciosas vidas jogadas aos porcos”. Este, numa auto-avaliação, questionou-se: “não foram esses os conhecimentos ensinados”. Os jovens poderiam ser um dos seus próprios filhos!
Alguma mudança de rumo, no contexto do embalo festivo e convite fortuito, trouxe a desgraça e miséria! Uma parcela da jovem geração, impulsionada pelo comércio da contravenção, cede e doa-se ao flagelo das drogas!
Uma existência, dedicada ao prazer do vício, promete uma trajetória curta e dolorosa. Certas mazelas, ao cidadão curtido e vivido, dilaceram e machucam o coração. A sensação de impotência, diante duma ardilosa e escamoteada estrutura pelo dinheiro, demostra a crueldade do gênero humano (aos próprios da espécie).
                                                                          
   Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://www.rodrigovianna.com.br